tag:blogger.com,1999:blog-63598169782158260552024-02-07T17:56:10.030-03:00Juventude ÀS RUAS!Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.comBlogger447125tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-79277293335266402512015-05-20T02:41:00.002-03:002015-05-20T02:41:50.459-03:00Quem são nossos inimigos? Quais são suas armas e como nos atacam?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSnNO8j_LMilVOWrqLTUT10xlWIppLco8hguLd068rF5Dr1nx3RUtqbVtfeTo2sQXvgvVAU3EJztbJLrUTTWJ_ZmefD8H6miCuwjMOIRKzLKcrAsj2GB6qFpislfmuZIBVv03ZLSQOC0E/s1600/1_junho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSnNO8j_LMilVOWrqLTUT10xlWIppLco8hguLd068rF5Dr1nx3RUtqbVtfeTo2sQXvgvVAU3EJztbJLrUTTWJ_ZmefD8H6miCuwjMOIRKzLKcrAsj2GB6qFpislfmuZIBVv03ZLSQOC0E/s1600/1_junho.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>Juventude Às Ruas USP</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Estamos em meio a uma grande crise que se expressa nos
campos econômico, político, ideológico e que apresenta à juventude de todo o mundo
uma perspectiva nada agradável para o futuro. As certezas que existiam na
Europa, por exemplo, com as políticas de bem-estar social já desmoronaram de
todo. As promessas dos governos populistas de toda a América Latina se provaram
grandes ilusões e já não convencem setores massivos que se enfrentam fortemente
com os aparatos repressores em todo o continente. No Brasil, a idealização do
‘país do futuro’ caiu por terra e todos os falsos avanços dos anos de governo
PT se chocaram com os limites impostos pelos interesses do Capital. Em todo o
mundo crescem assustadoramente os índices de violência, principalmente ligados
à repressão a movimentos sociais e às opressões, em um claro avanço de
ideologias conservadoras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A crise de representatividade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O Brasil viveu um momento singular de lutas em junho de
2013, com as ruas sendo tomadas por milhões em todo o país. As revoltas, cujo
estopim foi a questão da tarifa do transporte público, se mostraram grandes
desfiles heterogêneos de indignações de uma juventude que assiste aos seus
poucos direitos serem retirados, sofre com a precariedade dos serviços públicos
e sente no bolso os efeitos de uma crise econômica mundial, ao mesmo tempo em
que vê grandes escândalos de corrupção ocorrerem sem que a casta privilegiada
de políticos sofra qualquer tipo de represália. Com gritos dos mais diversos
presos na garganta, milhões de jovens reencontraram na ação coletiva um espaço
para que sua voz fosse ouvida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A partir das Jornadas de Junho e dos seus ecos no país a
ideia de uma <i>crise</i> <i>de</i> <i>representatividade</i>
se escancarou. Talvez a única linha que realmente tenha perpassado todas as
vozes de junho seja a descrença naquilo que está posto, a compreensão de que a <i>política</i>, no sentido mais corriqueiro do
termo, da forma como se faz hoje não dá conta de atender às necessidades da
população e que quando falta de um lado, sobra de outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O mote “não me representa” apareceu e aparece na maioria
das campanhas por demandas dos mais diversos tipos, principalmente no que tange
a questões tabu, defendidas a unhas e dentes pelos setores mais conservadores
da sociedade – como é o caso de políticos extremamente reacionários com grande
destaque na mídia, como Jair Bolsonaro e afins, defendendo políticas opressoras
e violentas. Em consequência, aos poucos foram surgindo as respostas pela
positiva, elevando determinadas pessoas a símbolos de lutas. É o caso de
algumas figuras públicas de posicionamento mais à esquerda e também com certo
destaque midiático, apesar de muitas vezes levantarem bandeiras que ficam aquém
da necessidade real da população e que não têm condições de atingir, ou sequer
discutem, as reais causas dos problemas, como ocorre com o Deputado Jean
Willys, do PSOL. Indo um pouco mais além, percebe-se o aumento de campanhas que
se articulam em volta da ideia do “somos todos...”, em um movimento de ocupar
simbolicamente o espaço vazio deixado por esse regime cuja representatividade
está sendo posta em xeque – campanhas que podem causar enormes polêmicas, como
no caso do atentado ao Charlie Hebdo, já que se trata realmente de uma disputa
sobre qual o caráter da mudança que deve ser feita em relação a esse regime que
se critica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A grande questão, no entanto, é: que representatividade é
essa que está sendo questionada, quem a questiona e quem ocupa o espaço dessa
representação? Não à toa esse debate não está na mídia que alardeia a tal <i>crise</i>. Não interessa a ela dissecar o
regime para que compreendamos de fato quem são os sujeitos políticos envolvidos
no processo, muito menos assumir que a crise, mais do que de
representatividade, é de regime. Mas essas relações não são abstratas e a
indignação que levou milhões às ruas, ainda que por pautas diversificadas, não
foi uma coincidência ou um surto coletivo de subjetividades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A democracia dos ricos não nos representa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A
descrença total na casta dos políticos pela compreensão acertada de que estes
são privilegiados em detrimento da esmagadora maioria da população e de que
governam para os próprios interesses é uma constante em todo o mundo, mas os levantes
que a tomam como premissa não têm dado conta de alcançar suas reivindicações.
Isso se dá porque toda a crítica tem sido direcionada aos <i>políticos profissionais</i>, ignorando que estes governam seguindo
determinadas regras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Retomando
Marx, “O poder do Estado moderno não é senão um comitê para gerir os negócios
comuns de toda a classe burguesa.”<a href="file:///D:/Downloads/CONTRIBUICAO%20SOBRE%20REGIME%20-%20III%20CONGRESSO%20DA%20ANEL.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Ou seja, este Estado que
hoje está posto em todo o mundo é um grande balcão de negócios para a burguesia
e responde aos interesses dessa classe, e não de outra, consciente e
atentamente, sempre disposto a alterar as suas formas de maneira a garantir a
sempre crescente exploração sobre a classe trabalhadora. A essas <i>formas</i> chamamos regimes – democracias,
ditaduras, monarquias -, e todas as diferenças que existem entre eles respondem
às necessidades momentâneas do capitalismo de flexibilizar as próprias
dinâmicas para garantir a exploração. Em outras palavras, são diferentes
aspectos da mesma ditadura do capital sobre os trabalhadores, que se utiliza de
aparatos como as forças armadas e polícias, a justiça, a Igreja, a mídia e toda
sorte de instituições para garantir a dominação burguesa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
Brasil vive a sua fase mais duradora sob um regime “democrático”. Este chega ao
Brasil e ao resto da América Latina como instrumento para uma ofensiva
neoliberal sobre esses países. Ou seja, a implementação de uma dita
“democracia” se dá por interesse da burguesia em um Estado que intervenha cada
vez menos na economia, mas que garanta o direito à propriedade de modo a
garantir o livre mercado, e que possa utilizar, ou melhor, utilize por via de
regra os seus aparatos repressores para conter toda e qualquer tentativa de
desvio da ordem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tomando
como exemplo a postura do PT diante do ascenso operário das décadas de 70-80,
que teve seu caráter bastante desviado pela separação das lutas econômicas e
políticas que criaram o melhor cenário para o neoliberalismo se firmar na
década de 90, vemos como a democracia burguesa se dá, necessariamente, na
contramão dos interesses da classe trabalhadora. Para se firmar como
alternativa eleitoral dentro do regime, o PT teve de incentivar fortemente e
com êxito a conciliação de classes, enfraquecendo a organização pelas bases e
tirando do horizonte a perspectiva revolucionária – o que ecoa ainda hoje. Os
únicos beneficiados por esse movimento, obviamente, são os burgueses que
conseguem avançar no seu projeto de superexploração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para
além da dominação econômica, a dominação ideológica é fortíssima, e nisso a
democracia burguesa é muito eficiente. Mascarado pela ideia de liberdade de
expressão, igualdade legal, direitos civis, concessões dadas a partir de
pressão de mobilizações pontuais e o próprio processo eleitoral, onde grande
parte da população efetivamente vota a cada dois anos, esse regime em nada é
democrático. Os representantes escolhidos “pelo povo” governam, não para quem
os elegeu, mas para os donos do capital. Nessa “democracia”, a política
econômica fica a cargo de funcionários de confiança de empresários e
banqueiros, já que não há nenhum tipo de eleição para definir quem vai gerir
instituições como o Banco Central ou a Receita Federal, por exemplo. O
orçamento público não é debatido a fundo no parlamento e não está nas mãos do
povo decidir se quase metade dele realmente deve ser utilizado para o pagamento
de dívidas interna e externa. O parlamento brasileiro é caríssimo, redundante e
não há nenhum esforço em se esconder a aviltante lista de privilégios dos
parlamentares, desde salários absurdamente altos (que os próprios têm direito
legal de aumentar) a benefícios de todo tipo, e isso pensando apenas naquilo
que está dentro da lei – cuja maior parte é elaborada, não pelo legislativo,
mas pelo executivo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
formação do parlamento é outra farsa da democracia burguesa. Apesar de existir
a possibilidade teórica de um partido organizado desde as bases conseguir
eleger parlamentares que exercessem seus mandatos em defesa da classe
trabalhadora e com a perspectiva de denunciar o jogo de interesses burgueses, a
realidade torna essa situação praticamente impossível de acontecer. A disputa
com os partidos da ordem dentro dos meandros do regime é impraticável para um
partido realmente comprometido com os interesses dos trabalhadores e com
independência financeira, já que este é um jogo que envolve milhões – fora a
visível disparidade entre, por exemplo, o alcance e o tempo da propaganda
eleitoral entre partidos “grandes”, ou melhor, altamente comprometidos com os
interesses burgueses, e “pequenos”, dentre eles os partidos da esquerda
tradicional, como o PSTU.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esse
regime “democrático” também se apoia nos aparatos judicial e policial, além do
parlamento, para manter a dominação burguesa. O dito “país da impunidade” só
permite que saiam impunes os privilegiados; ao setor mais pobre, e principalmente
negro, da população a lei é aplicada duramente, superlotando os presídios
(sendo que boa parte da população carcerária já cumpriu toda a sua pena ou
sequer foi julgada), matando cotidianamente nas periferias em nome de uma
pretensa “guerra às drogas” e, agora, desejando encarcerar adolescentes de 16
anos por meio da aprovação da redução da maioridade penal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Todo
esse quadro nos aponta claramente: a democracia em que vivemos é uma democracia
dos ricos. Em nada nos beneficia, não porque ainda não é madura o suficiente,
como tentam nos fazer pensar, mas porque nunca teve essa perspectiva. Ela surge
e se articula unicamente para garantir uma maior exploração sobre a classe
trabalhadora. A burguesia a defende não por ser uma classe “defensora da
liberdade”, mas, pelo contrário, porque é a melhor maneira de seguir podando a
liberdade da maioria esmagadora da humanidade e de seguir espoliando aqueles
que tudo produzem no mundo e que nada possuem além de sua força de trabalho,
cuja venda está diretamente relacionada à sua existência em meio à ditadura do
capital. Ao menor sinal de que não há mais para onde expandir seus lucros dentro
desse regime, os burgueses não terão pudor algum em destruir a dita
“democracia” que construíram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por uma juventude revolucionária<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A juventude deve se colocar à disposição das fortes lutas
que se apresentam e se apresentarão. E para essas lutas serem efetivamente
vitoriosas é preciso ter clareza: não devemos ter nenhuma confiança nos
governos, sejam eles assumidamente reacionários, sejam os travestidos de
“populares”, que se utilizam hipocritamente de um discurso de “mal menor”
quando implementam ataques dantescos à classe trabalhadora e à juventude. Dos
partidos da ordem nada podemos esperar, e não virá de nenhum deles uma “nova
política”. A pretensa polarização que hoje se apresenta no país é uma falácia:
governam todos em prol da burguesia e seus interesses, e a disputa é apenas
entre quais serão os agentes dos ataques – eles virão independentemente da
sigla que os acompanhe. O rechaço à corrupção e aos corruptos não pode abrir
espaço para que se deposite qualquer tipo de esperança em outros atores do
mesmo teatro burguês.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Por dentro da
democracia burguesa a juventude e a classe trabalhadora não encontrarão nenhum
espaço para melhoria efetiva de suas condições de vida. Qualquer aparente
avanço que possa ser arrancado com muita luta gerará alguma perda em outro
canto. Também não há nenhuma vitória efetiva que a juventude possa alcançar
sozinha: sem se aliar à classe operária em nada avançaremos. O sistema que nos
nega direitos básicos tem como premissa o lucro sempre crescente, e isso se dá
por meio de uma exploração cada vez maior daqueles que tudo produzem. O sujeito
da transformação radical desta sociedade é a classe trabalhadora, e a juventude
que deseja essa transformação deve construir uma forte aliança com ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> As Jornadas de Junho nos dão uma lição: a juventude tem,
sim, força e vontade para se levantar. Mas se levantar, apenas, não basta, é
preciso ter um programa que oriente essa luta: um programa revolucionário. As
soluções para os problemas que se apresentam e nos indignam não existem dentro
do sistema capitalista; é preciso lutar pela <i>derrubada violenta das condições sociais existentes</i>. E pra isso é
preciso que a juventude, aliada fortemente com a classe trabalhadora, tome para
si a convicção e a ambição que Trotsky tão brilhantemente nos colocou: “A vida
é bela. Que as futuras gerações a livrem de todo mal e opressão, e possam
desfrutá-la em toda sua plenitude.”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///D:/Downloads/CONTRIBUICAO%20SOBRE%20REGIME%20-%20III%20CONGRESSO%20DA%20ANEL.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> MARX
e ENGELS. “Manifesto Comunista”, São Paulo: Boitempo, 2010. In: LANFREDI, Leandro.
Apontamentos para avançar da crítica aos “políticos” à crítica da democracia
dos ricos. Luta de Classes – Revista de política e cultura, no2, 2014.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-18179630313277315942015-05-20T02:14:00.001-03:002015-05-20T02:14:24.099-03:00Legalização das drogas já! Sob controle operário e popular!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPkvdBrsP2XcS0lgSn-qs3Rbhx1S7zgVSTwAgBweYSPsklynsW2W61cWVTb3OO7EIilu-Y44KJnukf_j0EMkLIU2gvaHXc0DbkG4ZYtQNF5NyoeGWNcKX8D17zV6_FMSLrNxAtVeKcUVI/s1600/Legaliza%25C3%25A7%25C3%25A3o+das+Drogas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPkvdBrsP2XcS0lgSn-qs3Rbhx1S7zgVSTwAgBweYSPsklynsW2W61cWVTb3OO7EIilu-Y44KJnukf_j0EMkLIU2gvaHXc0DbkG4ZYtQNF5NyoeGWNcKX8D17zV6_FMSLrNxAtVeKcUVI/s400/Legaliza%25C3%25A7%25C3%25A3o+das+Drogas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Juventude Às Ruas USP</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Constantemente vemos os governos dos ricos interferirem em nossos corpos e não permitirem que tenhamos autonomia <span class="il">sobre</span> o que fazemos com aquilo que somos. A liberdade mínima e democrática de sermos livres para decidir o que fazer com nossos corpos, como a liberdade de alteração de consciência através do uso de substâncias psicoativas, é limitada tanto por padrões morais quanto por leis conservadoras que proíbem determinadas substâncias.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A farsa da proibição</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> A proibição das <span class="il">drogas</span> tem um processo histórico mundial de opressão e exploração. Desde o fim do século 19 a burguesia imperialista passou a fazer uma ampla política de controle social <span class="il">sobre</span> os povos que eram explorados pela produção capitalista a partir do novo processo de industrialização e divisão internacional do trabalho. Aquela erva fumada pelos latinos e asiáticos, aquele pó que os africanos cheiravam, o ópio dos orientais, tudo isso era propagandeado como uma grande ameaça à sociedade branca e cristã, especialmente norte-americana imperialista. Porém, a proibição não passava de controle cultural, social e político <span class="il">sobre</span> os povos oprimidos que eram explorados nas fábricas do império, sustentada pela propaganda ideológica <span class="il">sobre</span> as massas dos “males das <span class="il">drogas</span>”.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O grande discurso do “combate às <span class="il">drogas</span>” não passa de uma retórica hipócrita por parte do imperialismo estadounidense para vigiar as semicolônias como o Brasil, e a partir desta “guerra ao narcotráfico” encontrar o seu plano ideológico para financiar a repressão e massacre nestes países. As burguesias nacionais, incapazes de qualquer distanciamento do império, são grandes interessadas em tal processo repressivo, e historicamente vêm usando o combate às <span class="il">drogas</span> e aos seus traficantes como principal discurso para a militarização das periferias e favelas, que tenta legitimar o genocídio da juventude pobre e negra. A violência existe por conta da proibição política destas substâncias, e não por conta das substâncias em si.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O mercado lucrativo do narcotráfico</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Através da lógica proibicionista colocada em prática há tantos anos, os poderosos encontraram uma fórmula para ao mesmo tempo em que reprimem os pobres com a desculpa do combate às <span class="il">drogas</span>, também terem como de lucrar com todo o comércio ilegal do narcotráfico. Sabemos, por exemplo, que o comercio das grandes fabricantes de armas passa em grande parte pelas rotas do comércio ilegal de <span class="il">drogas</span>, financiando as guerras e genocídios ao redor do mundo, especialmente nos países mais pobres. O mercado clandestino das <span class="il">drogas</span> também é onde os grandes empresários lavam seu dinheiro sujo, com contas bilionárias nos países de paraíso fiscal.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Existe ainda uma divisão internacional da produção bem definida entre os capitalistas do mercado de <span class="il">drogas</span>, em que na Europa é comum que se produzam as <span class="il">drogas</span> com mais tecnologia agregada, enquanto que em países como Colômbia, Afeganistão e Brasil se localizam as plantações de <span class="il">drogas</span> de baixo valor agregado. Os capitalistas, aliados aos seus políticos corruptos, desenvolvem todo um sistema de comércio ilegal de <span class="il">drogas</span> em que na “ponta” estão parte de suas vítimas, afinal, o “aviãozinho” das favelas brasileiras, ou a juventude pobre e negra que passou por amplos processos de desemprego e encontrou no tráfico uma atração econômica, tem como resposta desta mesma sociedade que o criou, a morte ou prisão por parte das forças repressivas do Estado. No Brasil, o genocídio tem números dentre os maiores do mundo e a política reacionária avança com as recentes tramitações da redução da maioridade penal no congresso, que propõe o aumento da população carcerária que já figura entre as três maiores do mundo, propondo também um fim cada vez mais rápido à vida da juventude pobre e negra do país.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Devemos considerar ainda o controle técnico e científico que possuem os grandes capitalistas <span class="il">sobre</span> a produção de <span class="il">drogas</span> mundial, onde, por exemplo, a patente da heroína pertence a Bayern e a do LSD à Roche, duas das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, que se utilizam disso para obter o controle das pesquisas e técnicas de produção dessas substâncias. Tal controle estar longe das mãos dos trabalhadores resulta no que vem sendo a política de <span class="il">drogas</span> nas ultimas muitas décadas: uma limitação irracional do desenvolvimento de possibilidades medicinais e recreativas dessas substâncias e o uso sem conhecimento dos efeitos e propriedades de cada <span class="il">droga</span> por parte da classe trabalhadora. Este distanciamento do produto faz com que possam surgir <span class="il">drogas</span> de controle populacional e extermínio, como o Crack. Caso o conhecimento, a produção, distribuição e consumo estivessem sob controle dos próprios trabalhadores, não faria sentido existir <span class="il">drogas</span> de destruição, mas sim, poderíamos avançar em uma utilização saudável das substâncias psicoativas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O desconhecimento das substâncias por parte dos trabalhadores e da juventude faz com que nos pareça normal a legalidade do álcool, cigarro, café, açúcar e diversas outras substâncias psicoativas, mas não a maconha, cocaína, LSD etc. Podendo racionalizar esta produção, veríamos também os efeitos destruidores que o álcool provoca na sociedade, com as brigas de bar, acidentes de transito, problemas graves de saúde e etc. Enquanto que por outro lado, sabemos de alguns efeitos bem menos nocivos nos casos da maconha ou do LSD, por exemplo. Porém, a medicina e suas pesquisas de hoje não querem saber de bem-estar, mas sim, buscam apenas o lucro e a mera sobrevivência do trabalhador, para que ele possa ter a saúde mínima para continuar produzindo. Portanto, <span class="il">drogas</span> que são contraditórias ao ritmo de produção capitalista, <a href="https://www.blogger.com/null" name="14d63619211c2596__GoBack"></a>ou que podem ser utilizadas para ajudar que alguns tratamentos sejam menos nocivos ao corpo, não interessam aos olhos de lucros dos grandes capitalistas, que regem a proibição junto de seus políticos e enriquecem com o tráfico mundial.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Legalizar, estatizar e controlar!</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É por conta de todo este cenário absurdo do proibicionismo mundial, por conta do genocídio aos povos oprimidos ao redor do mundo, e para lutar contra o lucro de sangue destes capitalistas, que devemos lutar pela imediata legalização das <span class="il">drogas</span>, não mais nas mãos da propriedade privada e dos grandes monopólios, mas controlada pelos trabalhadores e pela população, através de comitês de base que definam a produção, distribuição, preço e educação <span class="il">sobre</span> as <span class="il">drogas</span>. Precisamos construir uma forte aliança entre os estudantes das universidades para o desenvolvimento de pesquisas junto aos trabalhadores do setor farmacêutico, em busca das melhores soluções medicinais e recreativas dessas substâncias. Uma aliança também dos estudantes que possam prestar atendimento social, médico e psicológico para todos os dependentes de<span class="il">drogas</span> produzidas para dizimar o povo pobre, que viciam as pessoas por conta da própria miséria material e subjetiva que o capitalismo os impõe. É necessária uma ampla mobilização anti-imperialista que retire as bases norte-americanas da América latina e coloque em prática um processo de expropriação dos bens dos grandes traficantes e cartéis de <span class="il">drogas</span>, revertendo o dinheiro para a pesquisa e desenvolvimento da produção estatal sob controle operário e popular, dando um basta aos governos aliados dos grandes cartéis do tráfico mundial, como no caso mexicano. Para conquistarmos este programa, devemos lutar pelo fim das polícias, impondo um fim ao genocídio da população pobre e negra em nosso país.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12.8000001907349px; line-height: 19.2000007629395px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ANEL, que é uma entidade nacional independente dos governos e da burguesia, tem a importante tarefa de lutar pela legalização das <span class="il">drogas</span> sob controle operário e popular. Convidamos todos ao congresso da ANEL em Campinas, a partir de 4 de Junho, para também debatermos as questões das <span class="il">drogas</span> e organizamos a luta pela legalização. Assim como convidamos para a Marcha da Maconha de São Paulo, a ser realizada no próximo dia 23 de Maio, no vão do MASP.</span></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-39800627107929302462015-05-20T01:54:00.000-03:002015-05-20T02:19:23.523-03:00Posicionamento da Juventude Às Ruas sobre cotas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyj4SPAGWrwg1tKVyIUaL7wC5Z5xnS248kREMo9sw3iGPA66Kg4GNXLPAA8XNyxOepL5-o7NeqBdTfwxYG3_BEQ2r4UcRpEAzsxuE2WHMLvTQ1rQjsoZ8b46LjCvjjmwowhF0ydLelr0U/s1600/Cotas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyj4SPAGWrwg1tKVyIUaL7wC5Z5xnS248kREMo9sw3iGPA66Kg4GNXLPAA8XNyxOepL5-o7NeqBdTfwxYG3_BEQ2r4UcRpEAzsxuE2WHMLvTQ1rQjsoZ8b46LjCvjjmwowhF0ydLelr0U/s1600/Cotas.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">A mobilização que os
estudantes negros e negras, juntamente com o conjunto do movimento negro vem
tocando há anos e nesse momento ganha mais força, escancara o racismo
estrutural presente na USP: uma universidade elitista e branca onde ofensas racistas
são pichadas no banheiro da EACH, professores na sala de aula ainda transmitem,
em pleno século XXI as teorias do racismo científico, dizendo que os negros têm
uma capacidade cognitiva menor, onde os negros ocupam os postos mais precários de
trabalho e somos nós os mais atingidos pelo desmonte que o reitor e o
governador pretendem implementar. Uma universidade fundada pelos filhos da
elite cafeeira do estado, uma classe dominante que faz homenagens aos
bandeirantes que caçavam índios e escravos no meio da floresta e que não tem
uma homenagem aos grandes heróis negros e negras. Logo, a primeira função que a
reivindicação de cotas raciais cumpre é a de desmascarar o racismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">É impossível
compreender até o fim o racismo por fora de encará-lo como uma política que é
imposta e propagada pela burguesia que, por um lado, impõe a dinâmica econômica
que a favorece concomitantemente à ideologia que a sustenta no poder. Por outro,
os trabalhadores que, carregados da ideologia burguesa, vende sua força de trabalho
e luta pela sua sobrevida. No mundo capitalista, nada existe a não ser que gere
exorbitantes lucros. O racismo institucional impede formação mais qualificada
de negros e negras, delegando-os postos de trabalhos precários e mal
remunerados e rebaixa os salários de conjunto dos trabalhadores, já que há um
enorme mercado de homens e mulheres que podem trabalhar por um preço muito
menor. Se não houvesse lucro sobre o racismo, este não se manteria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">A mobilização por cotas raciais nas
universidades públicas é um exemplo de como o racismo pode se deixar esconder
por traz de um falso mito de democracia racial, transferindo o resultado de uma
política de mais de 500 anos de genocídio e descaso social em mera
incompetência do povo preto. A USP é de longe a universidade mais racista do
país, se recusa implementar até mesmo a chamada Lei de Cotas, programa federal
de cotas nas universidades públicas. Há pouquíssimos negros estudando na nossa
universidade devido a anos de educação precária e a um filtro social altamente eficaz:
o vestibular. Dos que entram, menos ainda seguem seus cursos, uma parcela ainda
mais minoritária avança para a pós graduação e raros chegam a ser professores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">A maioria dos negros da
USP só entram na sala de aula para limpar o nosso chão e servir estudantes e
professores, como trabalhadores terceirizados, em sua maioria mulheres. O
trabalho precário dentro da universidade aumenta conforme avança sua crise financeira,
via sobrecarga dos trabalhadores efetivos que permanecem e via terceirização. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">A atual conjuntura
nacional de crise na educação se expressa também pra dentro dos muros da maior
universidade do Brasil através de cortes nas bolsas de moradia e pesquisa, na
dificuldade enorme de se conseguir vaga no CRUSP, demissão de 1500 trabalhadores,
no fechamento de um bandeijão, nos cortes de serviços do HU, não abertura de
vagas nas creches, salas de aulas super lotadas, na precarização no regime de
contratação de professores... Os resultados podem ser sentidos por todos que estudam
e trabalham na USP, seja na qualidade de seus estudos, nas condições pra se manter
estudando, na sobrecarga, doenças e assédio moral sofrido pelos trabalhadores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Mas o setor de
estudantes que mais sofrem os efeitos do desmonte da universidade e sucateamento
da educação são os negros e negras. São aqueles que, mesmo com as dificuldades
impostas por uma sociedade machista, racista e lgbtfóbica conseguem furar o filtro
social do vestibular, conquistam uma vaga e logo de cara vêm seu sonho de ter
uma educação de qualidade ir por água abaixo, ao passar pelo segundo filtro social,
a falta de permanência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Neste cenário de
boicote histórico as nossas demandas, nós estudantes negros e negras resistimos
e damos voz aos milhões de negros, negras e indígenas que financiam a
universidade na qual nunca adentrarão sem que lutemos. Neste sentido, cotas
raciais representa o mínimo necessário e urgente para a reparação aos irmãos e
irmãs que permanece insistentemente sem ser efetivada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Desde o começo do ano a
Ocupação Preta vem protagonizando a luta pelo direito dos negros à educação
pública de qualidade impondo através de ocupações nos espaços acadêmicos a
discussão de cotas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Nós da Juventude às
Ruas acreditamos que a luta por cotas raciais é uma demanda extremamente
necessária e deve estar diretamente ligada à luta pela defesa de uma
universidade pública, gratuita e de qualidade a serviço da classe trabalhadora,
pois essa corre risco de extinção. É uma luta que precisa ser levada com força
por meio da unidade dos estudantes e os trabalhadores, que colocam esta
universidade pra funcionar em sua maioria, negros que sofrem na pele todo dia o
racismo velado, explícito e institucional. Devemos nos organizar em torno de
pautas e interesses em comum para golpear a reitora e o governo do Estado num
só punho. A ocupação do Conselho Universitário no dia 14/05 foi uma
demonstração importante da força de nossa unidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Uma luta sem unidade só
pode nos conduzir ao isolamento político dentro e fora da universidade e
repressão aos lutadores por parte da reitoria, como pretende fazer agora o reitor
Marco Antonio Zago, ao ameaçar punir estudantes e funcionários que estavam presentes
no dia da Ocupação do Conselho Universitário, reivindicando que fosse feito a discussão
sobre Cotas. É fundamental que o movimento dê uma resposta a esse ataque e não
deixe que a reitoria continue implementando sua política de repressão aos lutadores.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Estamos ao lado do
movimento negro no combate aos setores de direita que organizam campanhas
contra as cotas e entendemos a importância do movimento negro organizado que
elaborou o programa de cotas da Frente Pró Cotas. Apesar de acharmos, diante do
atual cenário do país, ser extremamente necessário reivindicar cotas, entendemos
isto como o princípio de uma reparação histórica aos negros que não se esgota
na educação tampouco na universidade, pois cotas apenas não resolvem os problemas
dos negros que sequer completam a educação básica. Ou seja, cotas deve estar
atrelada às demandas de democracia universal, como educação para todos. Por isto
levantamos um programa de cotas raciais que se choca diretamente com os interesses
da burguesia e nos leva a questionar a lógica capitalista na educação que a tem
como mais uma mercadoria, defendemos o fim do vestibular e estatização das universidades
privadas sob controle dos funcionários e estudantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Nas universidades se
faz necessário levantar um programa de cotas proporcionais ao número de
negros/negras e indígenas de cada estado brasileiro não só para que contemple
um maior número destas populações, sobretudo os mais marginalizados, mas, acima
de tudo, para impor no espaço da universidade a contradição que se expressa em toda
a sociedade. Contradição que, ao colocar a mesma proporção de negros e brancos,
acirra a disputa do conhecimento produzido pela universidade. E a
auto-declaração é um incentivo à afirmação do povo negro para procurar disputar
o espaço acadêmico e combater o racismo estrutural que se expressa desde a
composição social de trabalhadores e estudantes até o currículo que nega nossa
história de luta e resistência e a pesquisa e extensão que não serve aos
interesses dos trabalhadores e sim das empresas privadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">O movimento estudantil
precisa retomar seus métodos de luta baseados na democracia operária tomando
pra si as demandas daqueles que não podem sequer pisar na universidade.
Impulsionar a luta dos negros por reparação, colocada hoje mais explicitamente
pela via das cotas, é cumprir este papel de tribuno do povo. Pois pela precarização
do trabalho, o povo negro está furtado da possibilidade de organizar suas demandas
através de um aparato político centralizador, passando por dentro da luta de classes.
E esta situação pode nos fazer confiar e nos aliar a setores da sociedade que não
estão ao nosso lado. Pode a burguesia entregar aos negros e negros, depois de séculos
de expulsão do ensino básico para forjar mão de obra semiescrava para o trabalho
precário, ensino laico, gratuito e de qualidade desde a infância até a vida
adulta? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Entretanto, devemos ter
plena consciência que fazer justiça aos pretos e pretas significa fazer uma
transformação radical na sociedade, que vai desde a reforma agrária e urbana
até o fim da violência policial e do sistema prisional. E a luta por melhores condições
na educação para os pretos não pode estar desligada de todas as outras, porque
a falta de moradia, o genocídio da população preta, principalmente de sua juventude,
seu encarceramento, a necessidade de trabalhar desde cedo, a ocupação dos cargos
mais precarizados, etc, fazem parte do conjunto de fatores sociais que tiram os
jovens pretos e pretas das escolas desde a cedo e que não permitem que os
mesmos entrem nas universidades, ou sequer vejam o ensino superior como algo
possível. Temos que seguir o exemplo de Zumbi dos Palmares, Malcolm X, Panteras
Negras, e tantos outros que se armaram contra a opressão ao povo preto. É
preciso entender que nós, pretos e pretas, devemos lutar pelo necessário, não
pelo possível na legalidade de um poder que nos aprisiona, e que nossa luta
deve ter como norte a certeza de que só seremos livres com a libertação de toda
a humanidade, com o fim da exploração da classe trabalhadora.<o:p></o:p></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-27455499292868296452015-03-31T17:57:00.002-03:002015-03-31T17:57:51.512-03:0026M na USP: aliança entre estudantes e trabalhadores dos bandejões<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><i>por Denis Kawano</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO0c9WwOf-OALDdPmz6hE01wbD1Z2zpZqaSrt3uB4S3RKRGTD1TwOaFZtYsm8vuAqftH_qWubZlOQvuamu20DqhV1A2VaZRIZtC03HCHu1LxcJ7OcCJauA4l87tWt-J2ybZt9gVhU6YWI/s1600/11012872_1632573633641726_5367890850793886608_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO0c9WwOf-OALDdPmz6hE01wbD1Z2zpZqaSrt3uB4S3RKRGTD1TwOaFZtYsm8vuAqftH_qWubZlOQvuamu20DqhV1A2VaZRIZtC03HCHu1LxcJ7OcCJauA4l87tWt-J2ybZt9gVhU6YWI/s1600/11012872_1632573633641726_5367890850793886608_o.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Na última
quinta-feira, dia 26, como parte das atividades do Dia Nacional de Luta pela
Educação, cerca de 200 estudantes da USP realizaram ato em frente ao Bandejão
Central exigindo mais recursos para a permanência estudantil, a reabertura
imediata de um dos restaurantes universitários (que foi fechado no início do
ano, o que tem provocado filas ainda maiores), e reabertura das vagas cortadas
nas creches. O protesto denunciou o desmonte da universidade que vem sendo
realizado pelo reitor Marco Antônio Zago e pelo diretor da SAS
(Superintendência de Assistência Social), Waldyr Jorge, que chegam ao absurdo
de fechar leitos e ambulatórios de especialidades no Hospital
Universitário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O Plano de Incentivo
à Demissão Voluntária (PIDV), implementado pela reitoria no início deste ano,
diminuiu o número de trabalhadores em todas as unidades da USP,sendo que alguns
dos lugares mais afetados foram os bandejões. Antes do PIDV, os funcionários
dos restaurantes já estavam sobrecarregados, tendo que realizar tarefas muito
além do que é humanamente possível (cerca de 70% dos trabalhadores possuem
algum tipo de lesão por esforço repetitivo). Agora, com menos efetivo, o
trabalho nos restaurantes foi ainda mais precarizado, e a pressão e assédio das
chefias só aumentam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Diante desse quadro
de dificuldades para os trabalhadores, o ato dos estudantes adentrou o bandejão
e se solidarizou com essa luta. Por meio de jograis, dialogamos com os que
estavam ali almoçando, lembrando os cortes na educação realizados pelo governo
federal e a situação da USP. Sob gritos de "Trabalhador, pode lutar! O
estudante tá aqui pra te apoiar!", um grande exemplo de união foi
dado: diversos estudantes ocuparam as bancadas, a cozinha, as pias, e passaram
a realizar as tarefas dos trabalhadores! Estudantes serviram uns aos outros,
lavaram as bandejas e os talheres, retiraram o lixo, limparam as mesas. O olhar
de surpresa dos outros estudantes ao verem seus colegas servindo a comida, por
vezes se transformou em ajuda concreta; muitos que não estavam no início do ato
procuravam uma vassoura, um pano ou outra forma para colaborar. Os
trabalhadores assistiam e orientavam o que devíamos fazer, enquanto as
nutricionistas e outras chefias acompanhavam atônitas que os estudantes
apoiavam quem elas cotidianamente assediam. A alegria de realizar essa
demonstração de apoio aos funcionários contrastava com a triste constatação de
como a situação é insalubre, de como a precarização da universidade afeta
física e emocionalmente os que para ela entregam seu suor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Os trabalhadores
aplaudiram e se emocionaram com a iniciativa. Um exemplo de solidariedade
diante dos ataques da reitoria, indicando que somente uma aliança entre
estudantes e trabalhadores poderá construir uma mobilização forte, que arranque
a contratação de mais funcionários, a reabertura do bandejão da prefeitura do
campus, a reabertura de vagas nas creches e de leitos no Hospital
Universitário. A ação do movimento estudantil escancarou a gritante falta de
funcionários e deu um recado para a burocracia da universidade: trabalhadores e
estudantes estão unidos contra a precarização!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-88919715579948794062015-03-11T03:29:00.002-03:002015-03-11T03:29:46.534-03:00Quarto de despejo: um relato atual.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi48fgYHjKROxejCKLo_JB8cVHsJG2PLh2fTI_m4jZ2AD4Ud317Ns9-j7vgViNxRM_kpfTg9phHzB937Fy933T0xjqe_9lLSS1lXM__vsM0WrdrRHca1oKswJuG0KAXznxv7TQ9zy6ELvQ/s1600/FOTO-CAROLINA-MARIA1-590x407.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi48fgYHjKROxejCKLo_JB8cVHsJG2PLh2fTI_m4jZ2AD4Ud317Ns9-j7vgViNxRM_kpfTg9phHzB937Fy933T0xjqe_9lLSS1lXM__vsM0WrdrRHca1oKswJuG0KAXznxv7TQ9zy6ELvQ/s1600/FOTO-CAROLINA-MARIA1-590x407.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O grupo de estudos Cultura e Marxismo realizou no
dia 24/02 uma atividade de calourada sobre literatura e sociedade tendo como
viés a questão da mulher. Foi usado o livro <i>Quarto
de Despejo</i>, da autora Carolina Maria de Jesus. Usamos alguns dos dias do
diário de Carolina para apresentar o livro aos estudantes e problematizar as
questões políticas que ele abarca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A primeira problemática a ser debatida se deve ao
fato de ser um livro de extrema importância por denunciar as contradições da
sociedade da época como também por expor aspectos fundamentais da cultura e
organização social brasileira que vêm sendo reproduzidas até os dias de hoje e
não estar presente na academia. Como é selecionado o cânone que lemos na
universidade e porque foram questões abordadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É evidente o caráter de classe ali exposto. A
autora relata seu cotidiano como moradora negra da favela do Canindé e dá
início a um debate de qualidade sobre aspectos cruciais da vida
em comunidade. O fato de ser mulher, mãe de dois filhos – sendo eles de
gêneros diferentes – abriu a oportunidade de pensarmos a vida de uma catadora
de lixo na sociedade capitalista e como a marginalização, já tão naturalizada,
tem consequências materiais e subjetivas. Seus relatos denunciam as opressões,
como o racismo, apontando seus desdobramentos e consequências desde a
escravidão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi possível discutir a sociedade de classes, a
questão negra, o patriarcado e o machismo escancarado em algumas relações
marcadas pela violência doméstica. Traçar paralelos entre o passado e o
presente do Brasil dado a infeliz continuidade desta realidade que assola a
população. Concluímos não só as questões políticas e sociais passíveis de análise
pela incrível obra de Carolina Maria de Jesus como a necessidade de intervir
para modificar e erradicar questões como a fome, tão tratadas na obra, comuns a
milhares de famílias como a da autora. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-right: 23.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 23.25pt 7.5pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nossa
proposta com o grupo de estudos é discutir a sociedade em que vivemos e o que
faz com que alguns dos aspectos mais delicados e fundamentais para sua
constituição sejam negligenciados nas recorrentes discussões teóricas em sala
de aula e quais suas consequências na formação política dos alunos. Chamamos,
portanto, todos e todas para as discussões semanais. Política pode e deve ser
feita dentro e fora da sala de aula.</span><b><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></b></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-48764076100664567412015-03-09T11:42:00.000-03:002015-03-10T12:38:39.273-03:00PAZ SEM VOZ NÃO E PAZ E MEDO – RESISTENCIA DO COMPLEXO DA MARE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZwNlMMouXYZXMCyxQR1Ni5uGN1SYngMTI0e-zgSXQ8MNF2t8_xpkVsXkZOT_4Ou9CVcICxGtWeYgWNxQKltw_dcpqL0nA-YghW-sZQUfXLHobFsPpVMR1vNfcweE8ZJ6Ne8PrK7IUxeM/s1600/ocupa%C3%A7%C3%A3o+na+mar%C3%A9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZwNlMMouXYZXMCyxQR1Ni5uGN1SYngMTI0e-zgSXQ8MNF2t8_xpkVsXkZOT_4Ou9CVcICxGtWeYgWNxQKltw_dcpqL0nA-YghW-sZQUfXLHobFsPpVMR1vNfcweE8ZJ6Ne8PrK7IUxeM/s1600/ocupa%C3%A7%C3%A3o+na+mar%C3%A9.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">PAZ SEM VOZ NÃO E PAZ E MEDO – RESISTENCIA DO
COMPLEXO DA MARE<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span lang="PT-BR">Faby, militante da Juventude às Ruas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Na segunda feira (23/02), centenas de
moradores realizaram um ato contra assassinatos de moradores, ações abusivas e
invasões em moradias ocorridas nas ultimas semanas promovidas pelas forças
militares. A invasão militar da Maré pelos aparatos do Estado como o Exercito,
Marinha e suporte da Aeronáutica a mando do governo do PT de Dilma completara 1
ano em abril, e coleciona denuncias de violações dos direitos mais elementares
como ir e vir, dormir a noite, realizar festas ou ate mesmo reuniões, ate casos
de torturas, agressões nas ruas, abusos de poder, invasões noturnas em
moradias, fuzilamento de veículos e assassinatos. Durante a campanha de Dilma
para o segundo mandato em debate com o PSDB na televisão, a candidata falou com
orgulho dessa ocupação como exemplo para segurança nacional, desmascarando a pratica
desse governo de passar por cima dos direitos e dos corpos dos trabalhadores,
dos negros e do povo pobre. No dia 21 de fevereiro um pedreiro foi fuzilado na
Maré, outro trabalhador negro e pobre, outro Amarildo. Companheiros meus de
universidade me relatam o medo diário dos tanques estacionados em suas portas
com dezenas de soldados fazendo estardalhaços, entrando nas casas de madrugada,
que não apagam mais as luzes para dormir e me questionam Se entrarem na minha
casa e se depararem com um negro de short dormindo:! Será que vai valer os
livros na estante como defesa:! Diariamente inúmeras questões tomam esses
moradores, medo, impotência, coragem, vontade de lutar, alegria de estar vivo
mais um dia, superação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Enquanto moradora negra de uma favela com UPP
(Unidade de Policia Pacificadora), política de segurança do governo Cabral do
PMDB com incentivos privados e federal, compreendo as particularidades de cada
território, de cada ocupação e as diferenças de ter seu espaço invadido pela
policia militar e pelas forças nacionais. Procuro expor aqui minha
solidariedade e disposição para lutar lado a lado, nossa luta e uma só, nossos
inimigos são vários e nossas forças infinitas. Ser favelado e favelada, ser
favela significa resistência cotidiana, somos a resistência negra, feminina,
nordestina, pobre, lgbt, trabalhadora nos quilombos urbanos. A decisão de me
organizar, de militar veio depois de assistir o filme “O Estopim” na Rocinha
que mostra toda a tortura e assassinato de Amarildo e relatos de como praticas
como essa são cotidianas. Precisava de meios e ajuda para lutar cotidianamente
para modificar a realidade de milhares assim como eu. Busquei um programa
coerente com o que precisamos, temos pressa! Não queremos uma “UPP social”como
alguns setores de esquerda defendem, não queremos uma policia “desmilitarizada”
que terá a mesma atuação assassina pelo papel de classe que cumpre na sociedade
capitalista, racista e elitista. Como exemplo da atuação da Civil temos a Core
que mata e tortura tanto quanto a Bope. Temos necessidade de uma nova
sociedade, não uma nova policia, de um Estado construído e dirigido pela classe
trabalhadora majoritariamente negra e feminina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">A situação na Maré a cada dia assume escalas
mais graves, moradores temem uma chacina como represália aos levantes que eles
vem protagonizando. Tornar publica todos os ataques sofridos, o debate sobre
Estado e policia são cada vez mais gritantes numa cidade como o Rio de Janeiro
que vem assumindo o papel de um “Estado de policia”, a cidade modelo para todo
mundo que mais mata negros e negras pobres. Nas ultimas semanas tivemos morte
de um moto taxista no Complexo do Alemão e um ato de seus companheiros de
trabalho com moradores e familiares fortemente reprimido pela UPP, jovens que
filmaram os momentos de seu assassinato pela policia militar na Palmeirinha no
Complexo do Lins desmascarando as farsas dos autos de resistência, adolescente
assassinado com 3 tiros nas costas também no Complexo do Lins, tiroteios
constante no São João, São Carlos e Jorge Turco. Que todos nos levantemos
contra a criminalização da pobreza e a militarização dos territórios favelados!
Tudo que vem ocorrendo comprova para os mais entusiastas com o projeto de
intervenção militar que esta fadado ao fracasso, especialmente para quem mora e
constrói cotidianamente esta “cidade maravilhosa”. A favela deve pertencer aos
moradores, que nos tenhamos autonomia nas decisões sobre nossas vidas, através
de decisões democráticas como assembléias e com mecanismos como associações que
de fato funcionem. Não, eu não quero ter que escolher entre “bandido” e
“bandido de farda”, e só isso que a sociedade e o Estado capitalista tem a me
oferecer:! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Ate quando permitiremos e nos calaremos frente
a isso e a todos os ataques cotidianos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Pelo fim da invasão militar no Complexo da Maré
e nos demais territórios favelados!!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Basta do genocídio da juventude negra, pobre e
periférica!!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Basta de estar nas estatísticas dos 80%
assassinados pela policia! Basta de estar massivamente fora das universidades,
queremos cotas proporcionais e o fim do vestibular! Chega de silenciarem nossa
cultura!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Pelo fim da UPP e das demais formas de
militarização dos territórios!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Pela dissolução de todas as policias!!!<o:p></o:p></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-28826429418109981822015-02-28T04:41:00.002-03:002015-02-28T05:35:02.481-03:00NOTA DE APOIO À LUTA DAS E DOS ESTUDANTES DA EACH EM DEFESA DOS ESPAÇOS ESTUDANTIS<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"> Quarta-feira 25/02, dezenas de estudantes da EACH USP (USP
Leste) organizadas/os em assembleia decidiram pela ocupação do espaço da
incubadora no campus. As/Os estudantes reivindicam um espaço estudantil
que atenda as suas demandas, já que o espaço que eles tinham foi
desapropriado pela direção em pleno período de férias do início do ano
(dia 27/01), sendo essa a terceira vez que a direção ataca os espaços
estudantis nos últimos 3 anos. Não é de hoje os esforços do movimento
estudantil do campus de dialogar (sem resposta) com a direção em seus
órgãos representativos exigindo que se debatesse essa questão que vem se
arrastando há tanto tempo, por isso consideramos essa uma luta legítima
em seu conteúdo e método.<br /> Os espaços estudantis (e de
trabalhadores) são de extrema importância para a organização política e
socialização. Por isso, nós da Juventude Às Ruas! nos colocamos lado a
lado a esses lutadores e lutadoras, apoiando e construindo a mobilização
junto com esses que já começaram o ano em movimento, e em plena
calourada estão se mobilizando.<br /> Apenas com a luta poderemos arrancar
os nossos direitos, não somente o espaço estudantil, mas também a
descontaminação da EACH, verdadeiros programas de permanência e tantos outros problemas
vivenciados pelo conjunto dos setores que realmente constroem a
universidade. Chamamos a todas as organizações e entidades a apoiarem
política e financeiramente essa luta legítima.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhirTV6QKjPeALUlS972kvgCMn4fn6LwDVGkmoFguflK-lqWC09elZjTFvZdsYTA_WiBBXY4KAN1ccFhbx2DtsmM8Gw5SyfXJwHlFlWwOLF0ztlYzpt3p6XZiGG_AHWSINddclfhgOk-Uc/s1600/apoioeach.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhirTV6QKjPeALUlS972kvgCMn4fn6LwDVGkmoFguflK-lqWC09elZjTFvZdsYTA_WiBBXY4KAN1ccFhbx2DtsmM8Gw5SyfXJwHlFlWwOLF0ztlYzpt3p6XZiGG_AHWSINddclfhgOk-Uc/s1600/apoioeach.jpg" height="300" width="400" /></a></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-17085040107374555612015-02-27T11:57:00.001-03:002015-02-27T20:07:25.659-03:00Juventude Às Ruas realiza importante oficina na USP<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJWHA-kpHJRJNSa5i4fNgXRXqA5C4M8Yn4dzPcrOAef3eVOMS5eeZItcy6Z1EF5ji4k_ZgNwXng1hqxm9ywkPfzsbCozGFU6RWjoWvy3hrCfU_nLQkeqPiwfEVLtKOxLmxqN9fZl9Htd4/s1600/arton5190.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJWHA-kpHJRJNSa5i4fNgXRXqA5C4M8Yn4dzPcrOAef3eVOMS5eeZItcy6Z1EF5ji4k_ZgNwXng1hqxm9ywkPfzsbCozGFU6RWjoWvy3hrCfU_nLQkeqPiwfEVLtKOxLmxqN9fZl9Htd4/s1600/arton5190.jpg" /></a></div>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesta quarta-feira,
dia 25/02, ocorreu a primeira atividade da Juventude Às Ruas da USP em 2015,
onde realizamos uma oficina com o tema "Nem água na torneira, nem pátria
educadeira".</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em formato de roda
de conversa, a discussão foi aberta por Odete, estudante de Letras da USP, que
nos forneceu um completo panorama das lutas que se apresentam na universidade
hoje, onde os cortes dos governos já começam a ser sentidos e os problemas tendem
a se aprofundar, como é o caso da crise hídrica que já atinge também as
universidades e pode ter graves consequências para seu funcionamento.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os cortes do
governo precarizam a universidade também com as recentes demissões de
trabalhadores, em que o REItor Zago deu inicio ao Programa de Demissão
Voluntária que já teve mais de mil e quatrocentos funcionários adeptos sem que
seus postos de trabalho sejam preenchidos por novas contratações, o que gerou
fechamento de bandejões, não abertura de vagas nas creches e uma crescente
precarização das condições de trabalho na USP.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Também pudemos ter
mais acesso às informações sobre este sucateamento das condições de trabalho na
universidade com o relato de Babi, trabalhadora do Hospital Universitário, que
além de nos contar sobre as importantes batalhas que fizeram na greve do ano
passado para defender a saúde pública da região, o que unificou os
trabalhadores e lhes deram força para vencer, também nos apresentou a situação
degradante em que os trabalhadores se encontram hoje no HU, por conta dos
ataques da REItoria e do governo que buscam sua privatização e sucateamento.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Outro importante
debate que fizemos em nossa oficina, com a presença da Patrícia, trabalhadora
da FFLCH, foi o caso da Biblioteca da faculdade, que nesta semana de calourada
se encontra fechada por causa de contaminação cancerígena em alguns de seus
livros. Isso levou os trabalhadores a terem que enfrentar a direção de Sergio
Adorno para que os livros fossem isolados e os funcionários não sofressem mais
com os problemas de saúde que a contaminação já vinha gerando. Patrícia nos
relatou a força que os trabalhadores vinham tendo neste conflito, assim como a
intransigência da direção, que não queria retirar os livros contaminados da
biblioteca mesmo sabendo do risco à saúde eles representam.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contamos em nossa
roda de discussão com professores da rede estadual de ensino, que nos
apresentaram a calamidade que se encontram as escolas devido a não contratação
de professores neste ano. Com salas superlotadas, professores desempregados, e
o ensino público atacado como um todo, as professoras presentes nos deram a
perspectiva de que a categoria entre em greve já na sua primeira assembleia do
ano, dia 13/03. Isto será um primeiro momento importante de luta contra os
ataques do governo, onde os professores de São Paulo poderão seguir os
professores do Paraná, que deram verdadeiras aulas de como se luta contra os
cortes: fazendo greve, indo às ruas e ocupando assembleia legislativa para
barrar os pacotes de ajustes que o governo de lá queria implantar.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os ingressantes
saudaram a oficina como um espaço muito importante de discussão, apresentando a
vontade de levar aquelas informações para todos os que estão entrando na
universidade esta semana, reforçando a perspectiva de que este ano será
necessária uma ampla unidade entre nós estudantes, com profundos debates, para
que possamos fazer frente aos ataques dos governos à educação pública e às
condições dos trabalhadores em geral.</span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-75083064573800400462015-02-02T15:46:00.001-02:002015-02-02T15:46:04.091-02:00A crise da UERJ precisa de uma resposta à altura<i>Por Carolina Cacau, coordenadora do Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ e militante da Juventude Às Ruas</i>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6aVJGI-mSUBe2No4LyJevO-z2IY-TG_hqVLZ3RtMAORSxVSJNGXvtpHFdDEj0t9UZOrmg9QaoMjntP0nAmtx5g6XTP-4PST6QllYrlfDJO7po4VVIwROeIRPfnWw0dwddldty2tzbQco/s1600/uerj+sinal+red.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6aVJGI-mSUBe2No4LyJevO-z2IY-TG_hqVLZ3RtMAORSxVSJNGXvtpHFdDEj0t9UZOrmg9QaoMjntP0nAmtx5g6XTP-4PST6QllYrlfDJO7po4VVIwROeIRPfnWw0dwddldty2tzbQco/s1600/uerj+sinal+red.jpg" height="144" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
A UERJ está em uma imensa crise. Atrasam bolsas estudantis e dos residentes, atrasam salários dos técnicos e professores contratados, constantes quedas de energia, salas de aula sem climatização em meio a um verão com recorde de calor, déficit de professores e neste momento a escandalosa situação de centenas de famílias que passam fome pelo atraso de já dois meses nos salários dos terceirizados da limpeza, manutenção e segurança. E esta situação, se não a derrotarmos tende a se repetir e piorar nos próximos meses.<br />
<br />
<br />
Esta precarização da universidade atinge a toda educação e a saúde da população atendida pelo Hospital Pedro Ernesto, mas antes de mais nada atinge os negros. Justamente na universidade que era um símbolo nacional por ser a primeira universidade a ter cotas, quem fica sem salários são os terceirizados, em sua maioria negros, e os bolsistas, que são em uma grande parcela justamente os negros cotistas. Ou seja esta precarização da UERJ é também sua elitização e “embranquecimento”.<br />
<br />
<br />
Quem faz estes ataques? O reitor Vieiralves que atua de forma ditatorial na universidade, fazendo tudo via decretos e sem a menor discussão com a comunidade universitária sobre o que deve ser priorizado, como ela deve funcionar. E isto é feito sob as ordens do Governador Luiz Fernando Pezão que está implementando um corte em todo o funcionalismo. Ele anunciou um corte de 25% no orçamento de custeio em todas as áreas no Estado do Rio de Janeiro. Com a queda da arrecadação no estado do Rio de Janeiro pretendem arrochar os salários, cortar verba nos serviços públicos, como na saúde e educação, aumentar várias tarifas e impostos, como luz e transporte, ao mesmo tempo continua milionárias isenções de impostos às grandes empresas e continuam as obras faraônicas das Olímpiadas, entre outras.. Na UERJ, UEZO e UENF, o ataque vai atingir maiores proporções: na última semana Pezão declarou que cortará 144 milhões das estaduais. Ou seja a atual situação da UERJ só tende a piorar. <br />
<br />
<br />
Um ataque neste nível exige uma resposta à altura: a perspectiva que estudantes, trabalhadores e professores construam uma grande greve massiva, que mobilize dezenas de milhares em cada unidade e curso para barrar este ataque. É preciso que uma forte greve de todos os setores da universidade que permita defende-la mas também reorganizá-la, democraticamente, escolhendo sua forma de funcionamento, financiamento, etc. Para avançar em organizar uma força e perspectiva como esta que nós propomos todos os setores da universidade: estudantes, funcionários, professores, terceirizados, trabalhadores do Hospital Universitário Pedro Ernesto, e CAP à construir um Congresso da UERJ que debata a luta que precisaremos travar e um programa com o conjunto da universidade para responder a crise. Um espaço como este é fundamental para a construção da luta e que fortaleça com uma saída de fundo a greve em unidade desde a base de todos setores.<br />
<br />
<br />Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-58960658838128272442015-01-19T13:34:00.001-02:002015-01-19T13:34:09.128-02:00Os encochadores e o machismo de cada dia<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<i>por Letícia Oliveira</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAdxnRaq6YvmX8xeBSNELdgffPMO-Fd4YwzAdfJgdrPlP5CCtZLs_1Ziwkv_-Ifm7AmSvs9fbuMbBcydYj41kZ0Cy_9j-Y2QD-MUJi3qLnJCsngm3EWKN_KYZGz5yvmXEPnP6OJK8gEps/s1600/arton4926.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Foto UOL" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAdxnRaq6YvmX8xeBSNELdgffPMO-Fd4YwzAdfJgdrPlP5CCtZLs_1Ziwkv_-Ifm7AmSvs9fbuMbBcydYj41kZ0Cy_9j-Y2QD-MUJi3qLnJCsngm3EWKN_KYZGz5yvmXEPnP6OJK8gEps/s1600/arton4926.jpg" title="" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 18.75pt; text-indent: 35.4pt;">Nos últimos dias recebemos a denúncia de que havia um grupo
público do Facebook intitulado "Encochadores" divulgando matérias e
histórias repugnantes de casos de assédio sexual nos transportes públicos. Tal
grupo defende e propagandeia essa prática livremente pela web sem nenhum tipo
de punição ou investigação.</span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Os
encochadores e o machismo de cada dia</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Após horas e horas de
expediente de trabalho, mulheres em todo o país são forçadas pela péssima
qualidade do transporte público a pegar ônibus, trens e metros extremamente
lotados. A prática de assédio sexual, a qual faz referência esse grupo do
Facebook, é um dos maiores medos de cada trabalhadora em nosso país. É certo
dizer que quase toda mulher já passou por isso em uma ida ou volta ao trabalho,
e que sentiu-se totalmente indefesa para evitar tal abuso. De fato, o que se
pode fazer? Em um transporte tão lotado, não há muito para onde fugir, e por
vezes diversas mulheres, como me foi testemunhado a partir das denúncias que
abrimos no Facebook, desistem de fazer qualquer coisa e torcem para que o abuso
da "encochada" acabe o mais rápido possível.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Os
"encochadores" relatam livremente a sua repugnância: "meu junior
durasso pra fora da cueca... só sei que na plataforma da estação anhangabaú eu
já estava cutucando a polpa da bunda esquerda dela bem a vontade esfregando de
leve... quando entramos lá dentro me posicionei e já mergulhei meu pau deitando
no meio da bunda dela... a que sensação d bem estar maravilhoso... rs... dai eu
deixei ele reto e entuxava no meio dela a calça entrou mais ainda... rs... ela
quieta o tempo todo até a estação carrão na saida apertei a bunda dela...
aaaahhhhhhh... fiquei com essa ecochada até agora no pensamento... rs".<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Independentemente das denúncias
realizadas por uma série de mulheres, o Facebook mantém a página ativa,
alegando que "não fere os princípios de comunidade do Facebook".<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Ao fazer uma alegação
como essa o Facebook nos leva a compreender ainda melhor uma triste realidade:
no machismo de cada dia, que perpassa todas as relações, principalmente as de
trabalho, abusos como este estão muito longe de ser considerados por qualquer
empresa ou grande corporação como uma violência como de fato é.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">O prazer que estes
homens sentem não é nem de longe um desvio social. É apenas uma expressão mais
aguda do que a sociedade nos educa todos os dias através das relações de
trabalho e da ideologia dominante presente em cada filme, novela, propaganda ou
jornais produzidos pelas grandes corporações de imprensa. Aprendemos em todos
esses espaços que a mulher vale muito pouco ou quase nada, recebendo em média
2/3 do salário de um homem, e se for negra, menos da metade do salário de um
homem branco.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Reagir
ou não reagir, eis a questão</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">As mulheres vivem todos
os dias de sua vida com a ameaça constante de algum tipo de violência moral,
sexual ou doméstica. O Brasil lidera os rankings de casos de violência, tendo
totalizado no primeiro semestre do ano passado mais de 260 mil denúncias de
violência doméstica. No ano passado, o IPEA revelou que a cada 90 minutos uma
mulher é assassinada no Brasil vítima de violência doméstica. Em 2013, o
Sistema Único de Saúde brasileiro recebeu cerca de 2 mulheres por hora com
sinais de violência sexual, totalizando mais de 2300 casos, sem contar as
mulheres atendidas no sistema privado e as multidões de mulheres que por
vergonha deixam de procurar auxílio médico nesse tipo de situação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Por essa realidade, não
são poucas as mulheres que evitam andar sozinhas durante a noite, usar roupas
curtas ou envolver-se com pessoas desconhecidas. Apesar de corretas em sua
prevenção, essas medidas dão a entender que o problema da violência sexual é
culpa da própria mulher. Que seus hábitos e vestuário são os grandes culpados
por aquele trauma, quando na verdade o culpado por toda essa violência que
sofremos é um sistema econômico que desenvolve uma ideologia machista
totalmente favorável a sua dominação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Ao convencer o conjunto
dos trabalhadores de que as mulheres são inferiores, facilitam a super
exploração de metade da humanidade e economizam com serviços que, se não
cumpridos pelas mulheres, sairiam bastante caros para esses que precisam de
tanto lucro, como são os serviços de lavanderia, cuidado de filhos e idosos,
alimentação etc.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Contra a sua própria
responsabilização sobre cada um desses casos de violência, o Estado burguês nos
culpabiliza ao passo que cria Globelezas e mulheres submissas em suas novelas
e, se durante o dia rouba nosso dinheiro, à noite tenta nos fazer escandalizar
nos jornais com os casos de estupro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Nenhuma mulher deve se
envergonhar ao ser assediada nos transportes ou em qualquer outro lugar. A
vergonha deve ser carregada por esses homens e pela burguesia que lucra todos
os dias com a nossa opressão, inclusive com os transportes cada vez mais
lotados que pagam suas festinhas privadas e seus ganhos extras com corrupção.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">É
possível que o transporte seja um lugar agradável?</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Sim! A vontade de todo trabalhador ao sair do trabalho é pegar
um metro, um trem ou um ônibus sem estresse. A qualidade de vida de uma
realidade dessa é impensável para nós hoje em dia. A única justificativa para
que o transporte siga sendo assim é o fato de que é gerido e administrado pelos
que não usam o transporte como meio de locomoção e que dele não extraem nada a
não ser os lucros exorbitantes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Durante as recentes
jornadas do transporte e as que colocaram o Brasil no cenário da juventude
internacional em junho de 2013 já defendíamos que a única saída para que o
transporte fosse de fato público, de qualidade e atendesse às necessidades dos
trabalhadores era a partir da estatização sob controle dos trabalhadores e
usuários.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Nesse espaço, a partir
da clareza de que a opressão à mulher não deve ser reproduzida pelos
trabalhadores pois a nós de nada serve essa ideologia, é possível que as
mulheres trabalhadoras e usuárias do transporte possam pensar medidas efetivas
de combate ao assédio sexual nos trens, metros e ônibus. Não houve por parte
das administradoras públicas e privadas nenhuma medida efetiva de combate a
essa prática a não ser campanhas estéreis e esparsas que jamais passaram pela
solidariedade entre as trabalhadoras e as usuárias ou em campanhas de
vigilância dos próprios usuários para denunciar e repreender cada caso que
presenciassem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Os
homens são parceiros na luta contra o assédio?</span></strong><span style="color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Neste tipo de discussão
é comum que as mulheres passem a encarar todos os homens como seus inimigos na
luta contra a opressão. A verdade é que os homens, apesar de parcialmente
beneficiados pelo machismo dentro de suas casas e pelo direito que recebem de
nos insultar na rua, tocar em nossos corpos ou nos violar, não são os que
verdadeiramente ganham com o machismo. Apenas a burguesia - proprietária dos
meios de reprodução da vida como as fábricas, os bancos e outros - ganha
qualitativamente não apenas com a opressão às mulheres, mas também com o
racismo, a homofobia, a transfobia, a xeonofobia e todas as possíveis formas de
opressão. Esse é o melhor caminho que ela encontra para dividir e enfraquecer a
classe trabalhadora e lucrar mais ao determinar postos de trabalho mais
precários para aqueles que não obedecem o padrão "homem, branco,
heterossexual".<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Portanto, a melhor luta
contra a opressão é aquela que se faz lado a lado, trabalhadores e oprimidos,
numa luta unitária contra toda forma de opressão e exploração, negando a
divisão das fileiras operárias e abraçando a causa de todos aqueles,
trabalhadores ou não, que sofrem cotidianamente da opressão de gênero, raça,
etnia ou nacionalidade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Assim, é possível
reconhecer que em cada vagão de metro, trem ou em cada ônibus em todo o mundo
as mulheres encontrarão nos trabalhadores e nas outras mulheres solidariedade
para interromper o assédio que estiverem sofrendo, e que a tarefa de cada uma
dessas mulheres é lutar para que possa, junto aos seus irmãos de classe e
oprimidos, determinar o que será feito de cada um desses vagões e ônibus
através de um controle operário e popular dos transportes.<o:p></o:p></span></div>
<strong style="font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; padding: 0cm;">Registros de telas usados
para a denúncia de conteúdo feita ao Facebook</span></strong><br />
<strong style="font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; padding: 0cm;"><br /></span></strong>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_aGu8aqHrjrEiO-VtlCEd_lBR2ZfB1q0g7OucHAo7F2zuVexg97UMb3PU6eac_42pvf8BqkNMdmTXkr_Dst6432n3SQCAt4ilZTHwTZkae4yXMQ8eyTUIwAXcgxO1os7Ldo-5c7Ubyk/s1600/den%C3%BAncia+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_aGu8aqHrjrEiO-VtlCEd_lBR2ZfB1q0g7OucHAo7F2zuVexg97UMb3PU6eac_42pvf8BqkNMdmTXkr_Dst6432n3SQCAt4ilZTHwTZkae4yXMQ8eyTUIwAXcgxO1os7Ldo-5c7Ubyk/s1600/den%C3%BAncia+1.jpg" height="236" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRIoKcqCNl8qr7lxhSTHoU1jyT6dV_aQ1ZrvtgnVKlw8xwkbGXZvAC4uiRsjW_-37hSIt9ahyDttR-wi1vv5WbUPfCSK7zGRi7TxycOw8fPlWW0jNWVMpCTBwt0RQSBtnUrRukv4uDb0k/s1600/den%C3%BAncia+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRIoKcqCNl8qr7lxhSTHoU1jyT6dV_aQ1ZrvtgnVKlw8xwkbGXZvAC4uiRsjW_-37hSIt9ahyDttR-wi1vv5WbUPfCSK7zGRi7TxycOw8fPlWW0jNWVMpCTBwt0RQSBtnUrRukv4uDb0k/s1600/den%C3%BAncia+3.jpg" height="236" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw48tEAfiCxwHCYhhJagUbMsGmTHCSP1xqPZ1haWLDoSl4GvQorGICMJz9x6x4TRBi77iPT_Ui4tZ8A_eU4oioaXKVj61B9jwm3M69VtgEltvcDTyVcQM5q9NdcAKtomygNOvjzDxHPvQ/s1600/den%C3%BAncia+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw48tEAfiCxwHCYhhJagUbMsGmTHCSP1xqPZ1haWLDoSl4GvQorGICMJz9x6x4TRBi77iPT_Ui4tZ8A_eU4oioaXKVj61B9jwm3M69VtgEltvcDTyVcQM5q9NdcAKtomygNOvjzDxHPvQ/s1600/den%C3%BAncia+5.jpg" height="236" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<strong style="font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; padding: 0cm;"><br /></span></strong>Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-91765498914357753352015-01-19T01:54:00.001-02:002015-01-19T01:54:17.603-02:00Ato contra o aumento da tarifa em SP: Mesmo sendo reprimidos novamente, seguimos em luta!<div style="text-align: right;">
<i>por Guilherme Kranz, estudante de Letras da USP</i></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEbwi0zMcQ_qH-5yq-WnCnGdqCCm9ekj-mwWZYkmi-7dSd1-1h_dyfS7Gr01AHM-gcMlR4lM43HAYHzhFTkI1OGiFGtcrxFB0bf8jCZEX3vbeBdVJwpaYvlq-6l2kSk4vtAFGAbOkTIaw/s1600/Ato+contra+o+aumento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEbwi0zMcQ_qH-5yq-WnCnGdqCCm9ekj-mwWZYkmi-7dSd1-1h_dyfS7Gr01AHM-gcMlR4lM43HAYHzhFTkI1OGiFGtcrxFB0bf8jCZEX3vbeBdVJwpaYvlq-6l2kSk4vtAFGAbOkTIaw/s1600/Ato+contra+o+aumento.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Não, não tem arrego! Contra a tarifa eu vou pra rua o ano inteiro!"<br />Esse é o clima que dá o tom para esse início de ano!</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O
aumento das tarifas de ônibus e metrô na cidade de São Paulo e nos municípios
ao redor tem desencadeado uma série de protestos. No dia 16 de janeiro milhares
de jovens e trabalhadores foram ao centro da cidade de São Paulo protagonizar o
segundo grande ato contra o aumento da tarifa. Uma vez mais a população se
rebela contra esse ataque desferido pelo governo de Geraldo Alckmin e pelo
prefeito Haddad para demonstrar toda a indignação daqueles que sofrem no
transporte público todos os dias. Janeiro de 2015 já está sendo um mês de luta
e a resposta dos governos têm sido a mesma de sempre a todos que se levantam
contra o atual estado de coisas: repressão brutal.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ocupando o coração da cidade,
caminhando da Av Consolação até a prefeitura da cidade, os milhares de
manifestantes foram reprimidos constantemente pela Polícia Militar. Como se não
bastasse o policiamento ostensivo antes do ato começar, com revistas a inúmeras
pessoas que caminhavam pelas proximidades, a polícia reprimiu gratuitamente os
manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, efeito moral e balas de borracha.
Diversos ativistas foram feridos em frente a prefeitura e pelo menos 13 foram
detidos, já liberados.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A polícia que reprime as manifestações
é a mesma polícia que reprimiu violentamente a greve dos metroviários no ano
passado que lutavam por seus direitos e pela redução da tarifa (e que hoje mais
de 40 seguem demitidos pelo governo Alckmin). É a mesma polícia que mata
cotidianamente nas periferias o povo pobre e negro. A polícia do Estado de SP é
uma das polícias que mais mata no mundo. Sabemos que enquanto levamos balas de
borracha no centro da cidade, na periferia a polícia mata desenfreadamente. Por
isso devemos lutar contra a repressão, não apenas nos atos e nas greves como
também nos morros. É tarefa nossa lutar pela readmissão imediata dos
metroviários demitidos por lutar. Trata-se de uma perseguição política
inadmissível que indigna a todos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Mas nem a chuva nem a repressão vão
conseguir frear nossa vontade de mudar. Mesmo debaixo de um calor desigual, a
população de SP mostrou que está com disposição para lutar. Os manifestantes
atravessavam o centro da cidade entoando "Não, não tem arrego! Contra a
tarifa eu vou pra rua o ano inteiro!". Esse é o clima que dá o tom para
esse começo de ano. Sabemos também que a redução da tarifa não é suficiente
para resolver os problemas do transporte público hoje. Apenas com a aliança
entre os trabalhadores dos transportes e a população usuária é possível retirar
das mãos dos grandes empresários, verdadeiros mafiosos, e estatizar todo o
sistema de transporte colocando-o sob controle operário. Apenas com essa
aliança conseguiremos efetivamente dobrar os governos do PSDB e do PT e acabar
com o privilégio daqueles que lucram em cima da população esmagada como
sardinhas no transporte público todos os dias.<span class="apple-converted-space"> </span>Na terça feira, dia 20 de Janeiro, às
17h na Praça Silvio Romero, próximo à estação Tatuapé, haverá o terceiro grande
ato contra o aumento da tarifa. Chamamos toda a juventude e os trabalhadores
para participarem deste ato e aumentar o caldo desta luta que está apenas
começando. Amanhã vai ser maior!<o:p></o:p></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-27765150171697749242015-01-19T01:45:00.000-02:002015-01-19T01:45:17.148-02:00Uma matemática que só o filho do prefeito entende<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<i>por Nelson Fordelone Neto, estudante de Letras da USP</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVTCKSWgRM6zbJUWeQZX-AOoOG0Pu9szm25xr_MQRpMYBPszfL2JszPM3wJ0erTn5YCpCzpbmm89lW8SJ_HCruwhAHMWOJ9YmdQCggHm_Fg9VQ2AIvbX3Jia-4Atzu3MNDsL_jGuZQN30/s1600/Haddad.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVTCKSWgRM6zbJUWeQZX-AOoOG0Pu9szm25xr_MQRpMYBPszfL2JszPM3wJ0erTn5YCpCzpbmm89lW8SJ_HCruwhAHMWOJ9YmdQCggHm_Fg9VQ2AIvbX3Jia-4Atzu3MNDsL_jGuZQN30/s1600/Haddad.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Frederico
Haddad, filho do prefeito Fernando Haddad, escreveu, há poucos dias, um extenso
texto de polêmica sobre o passe livre, defendendo o aumento da passagem para R$
3,50.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A título de exemplo, falemos apenas da
Viação Santa Brígida, que atende a região Noroeste e teve lucro líquido de R$
7.346.690 (sete milhões, trezentos e quarenta e seis mil, seiscentos e noventa
reais) em 2012. É um exemplo ainda modesto, se comparado ao lucro de R$
39.680.300,00 da Viação Campo Belo no mesmo período.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Seus modelos urbanos mais recentes,
como o Caio Millenium Vip, são de 2003, o que no varejo custa cerca de 50 mil
reais. Para efeito de absurdo, estimemos cada um a 100 mil reais. Este valor,
portanto, cobriria 73 novos ônibus apenas em 2012. Consideremos que o lucro
caia pela metade, e ainda seriam 36 novos ônibus, renovação de cerca de 5% da
frota. Quem pega ônibus lotado sabe a falta que fazem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Seus motoristas e cobradores, que
consomem nas palavras de Haddad, 50% do orçamento, têm média salarial de R$
1.541,70, em valores atualizados com o reajuste de 2013. 4.764 trabalhadores
com esta média salarial, portanto, poderiam ser custeados em seus salários
novos apenas pelos lucros antigos. 2.382, se pensarmos nos encargos
trabalhistas os quais o empresariado tanto lastima. Mais de 1300, se a taxa de
lucro fossem os "desejados" 10% (o valor que o prefeito Haddad
declara que busca que as empresas aceitem diminuindo do valor atual). A Santa
Brígida possui aproximadamente 3.500 colaboradores, ao todo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para Haddad, é absolutamente natural
que um punhado de acionistas detenham o equivalente a supostamente um quinto do
que é gasto em salários. É desejável que a sexta parte do valor pago ao total
dos trabalhadores corresponda ao orçamento de pouquíssimos proprietários que
não utilizam o serviço, não organizam as linhas, não conhecem os percursos, nem
o equipamento e não representam, enfim, nenhum interesse para além do lucro ao
mediar - ainda sob a forma de monopólio - o direito à cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Haddad acha razoável que a população
não tenha acesso aos valores e detalhes das transações realizadas, as
licitações, salários e contratos diversos. E sem nenhuma cerimônia, dá como
verdade a correção da auditoria realizada por técnicos que sabem melhor do que
nós o que é ou não aceitável na administração de nossos interesses, embora não
nos ofereçam claramente nem seus critérios, nem seus resultados. À
contrariedade, respondem com bombas, tiros e difamação pública.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em matemática simples, se o aumento é
de aproximados 16% e o lucro gira em torno de 18%, sem acrescer um único
centavo nos gastos públicos, sem congelar salários, sem demitir ninguém, ainda
sobrariam R$ 816.298,89 limpos na mão de meia dúzia de parasitas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-stretch: inherit; line-height: 18.75pt; margin: 0cm 0cm 18.75pt; outline: 0px; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Estamos iniciando uma nova onda de
lutas contra os ataques promovidos pelos empresários e seus governos. A única
saída para garantir aos jovens e ao povo pobre o direito à cidade, aos
hospitais, à arte, diversão e à vida, enfim, é nos lançarmos em aliança com os
trabalhadores contra a corrupção e os lucros, tomando em nossas mãos o controle
do transporte estatizado e em nossos dentes a primavera.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-48626083975131178182015-01-03T22:25:00.003-02:002015-01-03T22:25:57.741-02:00Fuvest: o filtro social que fecha a USP<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><span class="im" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #500050; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><div>
<br /></div>
</span><div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Nos dias 4, 5 e 6 de janeiro será realizada a segunda fase da Fuvest. Mais de 30 mil inscritos para pouco mais de 11 mil vagas. Todos os anos o filtro social do vestibular impede que milhões de alunos por todo o país tenham acesso a uma educação pública e de qualidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A apreensão e o nervosismo na hora da prova são só alguns dos desafios que os candidatos precisam enfrentar. O vestibular foi criado para selecionar e para excluir a maioria dos jovens do acesso à educação. Não é a mesma coisa para um aluno que estudou a vida inteira nos “colégios de ponta” fazer a Fuvest do que é para um aluno de escola pública. E apoiando-se nos poucos que conseguem furar esse filtro, superando todas as dificuldades encontradas, que a universidade sustenta que o vestibular é o meio mais democrático de acesso ao ensino superior. Afinal, se você se esforçar e se dedicar, passará pelo vestibular. O mérito individual se sobressai e o Estado não garante um direito democrático mínimo: o acesso à educação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A juventude excluída da universidade através desse filtro chamado vestibular é majoritariamente negra e filha da classe trabalhadora e a USP hoje, uma das universidades mais racistas e elitistas do Brasil, procura se fechar cada vez mais em si mesma e nem ao menos discute demandas mínimas como as cotas raciais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A grande maioria dos alunos das escolas públicas nem sequer se inscreveram para a Fuvest. A dura realidade desses alunos, quando conseguem se formar já que os números de evasão escolar são altíssimos, passa longe de uma universidade pública. Na maioria das vezes tudo o que eles almejam é passar em uma universidade privada, cuja graduação é totalmente voltada para o mercado de trabalho e a produção de conhecimento para atender os interesses do capitalismo. Para pagarem sua formação, trabalham em empregos precários e deixam grande parte do seu salário com os grandes capitalistas que lucram fazendo da educação uma mercadoria.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A educação é um direito básico e é dever do Estado garantir que todos tenham acesso a esse direito. Contudo em uma sociedade dominada pelos interesses do capitalismo, onde a educação não passa de mercadoria para atender os interesses dos grandes magnatas do ramo, esse direito é negado a maior parte da população. Mas para que todos tenham acesso à educação é preciso lutar uma democratização radical da universidade através das cotas proporcionais ao número de negros do estado e rumo ao fim do vestibular! E essas reivindicações não bastam! É preciso também lutar também pela estatização de todo o sistema de ensino, sob controle dos estudantes e trabalhadores. Essa é a única forma de garantir esse direito básico para toda população.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<br class="Apple-interchange-newline" /></div>
</span><div class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-60278409944816120962014-12-05T13:42:00.001-02:002014-12-05T13:42:31.573-02:00Carta da Juventude do PTS aos jovens mexicanos: todos somos #43!<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em nome da Juventude do PTS na Argentina saudamos e nos solidarizamos
com as e os jovens e trabalhadores que se colocaram de pé em todo o México, contra
este verdadeiro crime de estado, levado a frente pelos partidos dirigentes, o
PRI, PAN e o PRD, encarnados hoje na figura de Peña Neto, com a cumplicidade
com as forças de segurança, estatais e paraestatais e os cartéis de
narcotráfico.<br />
Nos somamos a luta e protesto internacional exigindo a aparição com vida dos 43
estudantes “normalistas”, contra as desaparições forçadas e pela liberdade dos
presos políticos que Peña Neto e a “justiça” desta democracia assassina está
encarcerando em seus cárceres desde o 20N e antes.<br />
Ayotzinapa atravessou fronteiras, destapando uma realidade de dar calafrios.
Contabilizando-se desde 2006 até agora se estima que houveram, segundo
organizações civis, de familiares e de direitos humanos, 40 mil pessoas
desaparecidas. Também se registram 120 mil assassinatos e 300 mil
desaparecidos. Dados alarmantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Os normalistas de ayotzinapa são jovens estudantes que aspiram ser professores,
lutam contra a reforma educativa e a repressão. Por isso este ataque foi direto
contra os lutadores sociais, tocando assim as “fibras” mais profundas e
sensíveis de todo um país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
A indignação aumenta a cada minuto. Já são dezenas de milhares os que nas ruas
do México e todo o mundo reivindicamos a aparição com vida dos 43 estudantes
normalistas desaparecidos. São dezenas de milhares os que gritam “Basta”! É um
povo inteiro que se levanta contra os governos opressores mostrando ao mundo
uma lição valiosíssima de luta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
A partir de nossa organização irmã no México, o Movimento dos trabalhadores
socialistas (MTS) viemos sendo parte ativa deste enorme grito internacional!<br />
<br />
Os jovens que se revelaram e ocuparam a praça Tahrir no Egito durante a
primavera árabe em 2011 contra uma ditadura de outrora; os indignados que
tomaram a Praça do sol no Estado Espanhol e enfrentaram os planos de ajuste de
Zapatero e o regime; a juventude “sem medo” chilena, são os mesmos que hoje
gritam: VIVOS OS LEVARAM, VIVOS OS QUEREMOS! FOI O ESTADO! FORA PEÑA NETO!<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">São os “Yanques” de sempre<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span></b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta realidade que vive o povo do México, não somente é responsabilidade
do governo mexicano atual, como é planejada pelos Estados Unidos, sempre
interessado em manter a América Central e Latina como seu jardim dos fundos,
usando sua hegemonia no mundo para impor governos e políticas que estejam a seu
serviço em todo continente. É o imperialismo norte-americano que sustenta o
estado assassino e o regime mexicano.<br />
A raiva que mostra a juventude do México é a mesma que expressam os jovens nos
Estados Unidos que se levantam contra o racismo e querem justiça por Mike
Brown. A juventude indignada sai as ruas, mas também reivindica moradia,
trabalho e saúde. Luta para acabar com a repressão policial, a perseguição e
amedrontamento da população afro-americana e latino-americana. Não acreditamos
que um presidente negro fosse expressão de mudanças na vida dos explorados e
oprimidos nem nos EUA, assim como tampouco no resto do mundo; e as condições de
vida dos negros e latinos, assim como as políticas militaristas e de invasão da
Ásia ou América Latina são prova disso.<br />
<br />
Na Argentina, um jovem é assassinado pelas forças repressivas a cada 28 horas.
A polícia hostiliza e persegue a quem se negue a roubar e trabalhar para eles,
como o caso de Luciano Arruga, assassinado pela polícia de Buenos Aires que
desapareceu pela segunda vez com Julio López, testemunha nos julgamentos contra
os genocidas da última ditadura militar, que levou a desaparição de 30 mil
companheiros; pelos quais seguimos lutando de maneira incansável, junto a
organismos sociais e de direitos humanos independentes, exigindo memória,
verdade e justiça, denunciando a cumplicidade do governo do momento e do
estado.<br />
É a mesma maldita Polícia no México, Argentina e nos EUA. Porque nãos e trata
de um policial, mas de toda a instituição, aqui e no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">6D: que o grito pelos estudantes normalistas se escute em “Argentinos
Juniors”<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em nosso país, no entanto, não temos assistido a mobilizações massivas.
O descontentamento que atravessa os jovens e trabalhadores vem se expressando
de maneira paciente mas sustentada. A partir da Juventude do PTS, como parte da
Frente de Esquerda, colocamos todas nossas forças para organizar os jovens
estudantes e trabalhadores nos locais de estudo e trabalho. Lutamos para
construir centros acadêmicos de estudantes, militantes, nas principais
universidades do país, assim como em secundaristas e “terciários”, mostrando a
unidade operária-estudantil nas ruas junto dos indomáveis operários e operárias
de LEAR, assim como de Madygraf, ex-Donneley; questionando o caráter de classe
da universidade e impulsionando atividades culturais, aonde participam centenas
de estudantes. Somos os que bancamos as duras repressões do Governo na
“Panamericana”,que lutamos nas fábricas contra as burocracias sindicais amigas
da presidenta Kirchner (como o SMATA) ou do resto dos partidos dos governantes.
Somos as jovens que nos organizamos em nossos locais de estudo, trabalho ou
bairro e cercamos as ruas contra a violência contra as mulheres e pelo direito
ao aborto legal, seguro e gratuito e por isto uma delegação do Pão e Rosas de
mais de 1200 companheiras disse “PRESENTE” no Encontro Nacional de Mulheres
este ano em Salta. Desde a Juventude do PTS, como direção dos Centros
Estudantis da Faculdade de Filosofia e Letras e a Faculdade de Ciências Sociais
da UBA (Universidade de Buenos Aires), demos a luta e conseguimos que suas
autoridades se pronunciassem pela aparição com vida dos 43 estudantes
normalistas. Nos identificamos no Congresso e legislaturas com nossos deputados
da Frente de Esquerda como Nicolas Del Caño, que dão estas lutas nesta cova de
ladrões para que a voz dos trabalhadores, jovens e as mulheres chegue ali,
assim como também se enfrentam com a polícia nas repressões e se mobilizam
junto a nós.<br />
<br />
Seria um orgulho para nós se nossxs irmãs e irmãos mexicanxs fossem parte do ato
no dia 6 de dezembro em “Argentinos Juniors”, para fechar um ano repleto de
iniciativa política em todos os terrenos, mas com objetivos claros: preparar
esta força poderosa de trabalhadores, jovens e mulheres que, organizados em um
partido revolucionário, se disponha a conquistar a todos nossos direitos e
neste sentido, como diria Marx, nos preparar para tomar o céu de assalto. Os
esperamos!<br />
<br />
Um abraço Fraternal<br />
Xs Companheirxs da Juventude do PTS- Argentina/2014<o:p></o:p></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-29641277410014189642014-12-03T10:08:00.001-02:002014-12-03T10:14:01.767-02:00UERJ DCE - Varrer o governismo do DCE<div class="WordSection1">
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: right;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe"
filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_8" o:spid="_x0000_s1029" type="#_x0000_t75"
alt="LOGO JAR" style='position:absolute;left:0;text-align:left;margin-left:-7.8pt;
margin-top:-15.6pt;width:175.8pt;height:61.55pt;rotation:1272352fd;z-index:251658752;
visibility:visible'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Maira\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"
o:title="LOGO JAR"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="font-size: x-large;"><span style="mso-ignore: vglayout; position: relative; z-index: 251658752;"><span style="height: 156px; left: -18px; position: absolute; text-align: center; top: -58px; width: 250px;"><br /></span></span><!--[endif]--><span style="color: #222222; font-family: "Impact","sans-serif"; font-size: 47.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Impact, sans-serif;"></span><br /></span>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Impact, sans-serif; font-size: x-large;"><span style="font-family: Impact, sans-serif;">VARRER </span><span style="font-family: Impact, sans-serif;">O </span><span style="font-family: Impact, sans-serif;">GOVERNISMO DO DCE</span></span></div>
</div>
<div align="right" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: right;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #222222; font-family: "Impact","sans-serif"; font-size: 28.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span>
</span><span style="color: #222222; font-family: "Impact","sans-serif"; font-size: 28.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"><b><span style="font-size: x-large;">ALIADO DO PEZÃO E DA REITORIA </span></b><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t32" coordsize="21600,21600"
o:spt="32" o:oned="t" path="m,l21600,21600e" filled="f">
<v:path arrowok="t" fillok="f" o:connecttype="none"/>
<o:lock v:ext="edit" shapetype="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="_x0000_s1027" type="#_x0000_t32" style='position:absolute;
left:0;text-align:left;margin-left:3.75pt;margin-top:.95pt;width:566.8pt;
height:0;z-index:251656704' o:connectortype="straight" strokeweight="2.75pt"/><![endif]--><!--[if !vml]--><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="mso-ignore: vglayout; position: relative; z-index: 251656704;"><span style="height: 5px; left: 0px; left: 3px; position: absolute; top: -1px; width: 760px;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><br /></span></span><!--[endif]--><b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 34.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"></span></b>
<b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 34.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"><b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 34.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span></b></span></b>
<b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 34.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span></b>
<b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 34.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">VOTE NA
PROPORCIONALIDADE<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 70%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1030"
type="#_x0000_t32" style='position:absolute;left:0;text-align:left;
margin-left:10.75pt;margin-top:27.1pt;width:566.8pt;height:0;z-index:251659776'
o:connectortype="straight" strokeweight="2.75pt"/><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="height: 4px; left: 0px; margin-left: 12px; margin-top: 34px; mso-ignore: vglayout; position: absolute; width: 760px; z-index: 251659776;"><br /></span><!--[endif]--><b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 34.0pt; line-height: 70%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">PARA
DEMOCRATIZAR O DCE<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">QUE O DCE CONVOQUE ASSEMBLEIAS
PARA ORGANIZAR A LUTA!</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Citizen Dick"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">
<o:p></o:p></span></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Citizen Dick"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection2">
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection3">
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Começaram as campanhas de chapa para o Diretório
Central dos Estudantes (DCE) UERJ. DCE este, que por quase 2 anos esteve nas
mãos de setores da base governista (PT), sendo totalmente invisíveis para nós
estudantes, sem pautar nossas demandas e sem organizar a BASE através de
assembleias. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Neste período de gestão fantasma convocaram um conselho de CAs,
depois de serem pressionados por parte de setores da esquerda que
organizaram de forma independente uma reunião ampliada de centros acadêmicos e
estudantes com mais de 150 pessoas e uma assembleia estudantil para debater a crise
da UERJ com mais de 200. Sumiram esse tempo todo só voltaram estabelecer o calendário eleitoral
vigente. Estão de costas para os estudantes porque tem rabo preso com a
reitoria e os vetos do Pezão, do mesmo jeito que estavam de costas para as
manifestações de Junho, porque tinham rabo preso com Cabral! <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Enquanto o REItor junto ao Pezão atacam os
professores, colocando em risco o ano letivo de vários cursos, sobra dinheiro
para a folha de pagamento de funcionários fantasmas, e até hoje não sabemos para
onde foi o dinheiro de quando o REItor transformou a UERJ em estacionamento da
FIFA!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span></b>
<br />
<div class="WordSection4">
<div style="background: white; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black","sans-serif"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">CONTRA O VETO DOS 6% DO PEZÃO E O
PLANO DE SUCATEAMENTO DA UERJ PELAS MÃOS DO GOVERNADOR E DA REITORIA, ÉSTE
PROCESSO ELEITORAL TEM QUE SERVIR PARA QUE OS ESTUDANTES TOMEM DE VOLTA O DCES
E OS CAS. A CRISE DA UERJ É A REITORIA AUTORITÁRIA, QUE GOVERNA POR
DECRETO. <o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span></b>
<br />
<div class="WordSection5">
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A partir de 2015 enfrentaremos no Brasil os
efeitos da crise, Dilma já anuncia ajustes na economia, corte na saúde e a
educação pública será um dos primeiros setores a sofrerem ataques do governo. A
atual gestão do DCE, que abandonou o mandato depois de quase 2 anos sem fazer
nada é aliada da REItoria, do Governador
Pezão e do governo Dilma, na contramão da luta necessária contra a precarização da UERJ. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Precisamos nos organizar para barrar os
ataques que virão. Por isso queremos arrancar estes burocratas do DCE, e tornar
esta entidade uma ferramenta para as lutas do movimento estudantil, ao invés do
freio que tem sido até hoje. O DCE precisa estar à altura dos desafios
colocados pela realidade. A antiga gestão governista vem agora tentando se
passar como novidade, a Chapa 1 Por Todxs: O NOVO PEDE PASSAGEM nada mais é que
uma nova configuração da chapa governista com as velhas posições, porém, com
novos militantes. Virá com o discurso de “serem novos”, de que não tem nenhuma
relação com a gestão anterior, porém não
faz nenhuma critica a esta e se mantém alinhado com a mesma política. Não
podemos esperar nada de novo da Chapa 1, sabemos que na
prática e no discurso suas ações seguirão as mesmas: de costas viradas para os estudantes e
trabalhadores da UERJ, aliados da REItoria em nome de um dialogo que é
atropelado pela estrutura de poder. Defenderão também a majoritariedade
para que apenas sua posição política seja expressa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Este processo eleitoral tem se dado de forma
antidemocrática, devido ao pouco tempo para aprofundamento dos debates e
posicionamentos dos estudantes, visto o calendário super corrido que não permite
nenhum envolvimento dos estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Isso funciona para manter os estudantes
alheios ao processo de disputa do DCE, por fora da construção desta entidade
que é fundamental para articulação e conquistas estudantis, que deve organizar
a luta de todos os campis, Maracanã, São Gonçalo, CAP, Caxias, Friburgo,
Teresópolis e os demais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> Não é uma tarefa simples reverter anos
de imobilismo construído pelas diferentes gestões da entidade, mas queremos
aproveitar o processo para armar os estudantes com ideias que ajudem a tomar de
volta o DCE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: -webkit-center;"><img border="0" height="5" src="file:///C:/Users/Maira/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image005.gif" v:shapes="_x0000_s1028" width="760" /></a></span></div>
</div>
<br />
<div class="WordSection6">
<div align="center" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: x-small; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">VOTE NA PROPORCIONALIDADE<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; line-height: 70%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 36.0pt; line-height: 70%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="font-size: large;">PARA
DEMOCRATIZAR O DCE</span></span></b></div>
</div>
<br />
<div class="WordSection7">
<div style="background: white; text-align: justify;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="background-color: transparent; clear: right; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="5" src="file:///C:/Users/Maira/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image005.gif" v:shapes="_x0000_s1028" width="760" /></a></div>
</div>
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6359816978215826055" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span><br />
<br />
<div class="WordSection8">
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Defendemos que todas as chapas que concorrem à entidade
componham proporcionalmente a gestão,
com direito à um número de integrantes proporcional ao número de
votos que recebeu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A majoritariedade só beneficia os que estão aí há 2 anos e
não fizeram nada, deixa o caminho livre para mais um ano de DCE omisso e
pelego, expressando apenas uma única posição. As entidades têm que ser
democráticas, e desta forma buscar representar todas as posições, mesmo as
minoritárias, devem poder se expressar democraticamente para que os estudantes
façam experiência com as distintas concepções políticas e tomem parte
ativa na política da entidade ao longo do ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Para que isto ocorra, também é necessário que o DCE organize assembleias
gerais e nos cursos, e sirva de ferramenta efetiva, de organização dos
estudantes na UERJ. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A PROPORCIONALIDADE é
a melhor forma de varrer o governismo, mas para ter um DCE de luta
também é necessário atuar em cada curso, construindo na base a luta dentro
e fora da universidade. A única forma de reorganizar o Movimento Estudantil
para lutar pela permanência estudantil e para colocar a universidade a serviço
da classe trabalhadora e do povo pobre é a organização desde a base, para que
esta controle as entidades. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Temos a ambição de levar os exemplos que construímos junto às
integrantes da gestão do CASS, para o DCE e todo o movimento estudantil da UERJ,
buscando implementar o programa pelo qual fomos votados e construindo na base
com assembleias que atingem quase metade do curso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Não comporemos a formação de chapa da esquerda tradicional, organizada
na Chapa 2 UM NOVO DIA VAI RAIAR, que
não construiu com peso nenhuma luta dos estudantes desde que saiu do DCE. E
que agora voltam também com todo peso para a
disputa no DCE.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<!--[endif]--><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> Não vemos exemplos
práticos nas gestões de CAs, que comprovem o programa que vão cumprir o que
estão prometendo. A oposição de esquerda que se adapta ao revezamento na
entidade com o governo, que se coloca como novidade, mas são os mesmos
de gestões passadas do DCE e não fazem nenhum balanço da greve de 2012 e de não
terem construído nenhuma luta na UERJ este tempo todo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.85pt; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">O Inimigos do Rei, que se coloca no
campo da oposição da esquerda, defende a majoritariedade, facilitando com
isso para o lado do governo, porque não estão preocupados em tomar a
entidade de volta para os estudantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.85pt; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Só o movimento estudantil
organizado junto aos trabalhadores da universidade pode dar uma
resposta para a Crise da UERJ, para a luta por permanência estudantil,
varrendo o governismo do DCE. Para nós a proporcionalidade é o
mínimo elementar que deve ser defendido para aproximar o DCE das diferentes
posições que existem no Movimento Estudantil, deixando de ser monopólio de um
grupo só. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.85pt; margin-bottom: 16.2pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Além disso, para o DCE se torne realmente uma
ferramenta de luta, será preciso que as diferentes oposições de esquerda mude o
que tem sido sua prática até então, colocando a entidade à serviço de convocar
assembleias para organizar a luta. Por isso, queremos com esta campanha fazer
um chamado aos estudantes que estão participando ativamente do processo
eleitoral à se comprometer com a construção de um movimento estudantil democrático
de luta e pela base! </span><b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Nós da
Juventude às Ruas Fazemos um CHAMADO a todos os estudantes que concordem que
para construir uma forte luta, para resistir à crise da UERJ, em
defesa da permanência estudantil, contra essa estrutura de poder corrupta que é
a REItória do VieiraAlves, e derrubar o governismo do DCE, o primeiro passo é a
luta pela vitória da PROPORCIONALIDADE. CONSTRUIR A LUTA CONTRA A CRISE DA
UERJ, PELA PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES E CONTRA A CORRUPÇÃO DA REITÓRIA COM
ASSEMBLEIAS DESDE AS BASES!!</span></b></div>
</div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-13255048419504628122014-11-28T21:26:00.004-02:002014-11-28T21:26:48.961-02:00Panfleto UFRJ: BASTA DE DCE OMISSO!!!<div class="WordSection1">
<div align="center" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Impact","sans-serif"; font-size: 36.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">BASTA DE DCE OMISSO!!! <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Impact","sans-serif"; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">ALIADO DOS GOVERNOS E DA REITORIA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Impact","sans-serif"; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Arial;">POR UM DCE PROPORCIONAL DE LUTA,
DEMOCRÁTICO E PELA BASE<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection2">
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Estudar na UERJ hoje significa aprender a driblar os
obstáculos impostos pelos ataques que precarizam a educação pública. Faltam
bolsas no valor adequado para se viver nesta cidade, faltam professores, e por
isso turmas inteiras de alguns cursos correm o risco de perder semestres, é
constante a falta d'água nos bebedouros e banheiros. Enquanto isto, Pezão
blindado pela REItoria, veta o repasse de 6% do orçamento que deveria ser
investido nas universidades do Estado. Esta casta corrupta de políticos não
está a serviço para gerir a universidade pública, mas para desmontá-la, são
responsaveis diretos pela crise da universidade. Beneficiam os
interesses dos empresários, tem salários exorbitantes, estão envolvidos em
escandalos de contratação de funcionários fantasmas. Cedeu espaço da
universidade à Globo para que cobrisse a Copa do Mundo, assim como colocou a
UERJ à serviço de ser estacionamento da FIFA. Até hoje não sabemos onde está a
dinheiro desta grande negociata feita às costas dos estudantes, dos técnicos e
dos professores, mas já sabíamos há muito tempo que não seria para aumentar o valor
das bolsas de assistência e das condições mínimas para estudar, mas sim para
encher os cofres<o:p></o:p></span></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 5.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection3">
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A CRISE DA UERJ É
ESTRUTURAL, é a REItoria aliada com o governo do Estado do Rio de Janeiro, que
prefere investir bilhões nas UPPs que matam Amarildos e Cláudias todos os dias,
enquanto os negros e os estudantes de baixa renda tem que dar o seu suor para
se manter dentro da UERJ.<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection4">
<div style="background: white; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">A partir de 2015 enfrentaremos no Brasil os efeitos da
crise, Dilma já anuncia ajustes na economia, corte na saúde e a educação
pública será um dos primeiros setores a sofrerem ataques do governo. A atual
gestão do DCE, que abandonou o mandato depois de quase dois anos sem
convocar eleições é aliada da REItoria, do Governador Pezao e do governo Dilma,
aliança contra os estudantes que vão resistir à estes ataques. Por isso
queremos arrancar estes burocratas do DCE, e tornar esta entidade uma
ferramenta para as lutas do movimento estudantil, ao invés do freio que
tem sido até hoje. O DCE precisa estar à altura dos desafios colocados pela
atualidade<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Nós da Juventude Às Ruas que construímos o CASS
junto à vários independentes, Defendemos os que as entidades tem
que ser democráticas (PROPORCIONALIDADE), para que todas as posições
possam se expressar democraticamente. Que o DCE se coloque a tarefa de
organjzar pela base, com assembleias democráticas que sirvam para organizar os
estudantes para lutar por permanência estudantil, para que os estudantes
sejam sujeito da própria luta contra a reitoria e os governos. Temos a ambição
de levar os exemplos que construímos junto as integrantes da gestão do CASS,
para o DCE, e todo o movimento estudantil da UERJ.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection5">
<div style="background: white; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Nós da Juventude às Ruas colocamos a
PROPORCIONALIDADE como primeiro passo pra derrubar o governismo do DCE. É
Fundamental construir essas fundações necessárias para começar tornar as
entidades estudantis mais democráticas e colocá-las a serviço do conjunto dos
estudantes e trabalhadores da UERJ. As bases escolheram proporcionalidade.
Chamamos a todos os estudantes a votarem pela PROPORCIONALIDADE entre os dias 9
e 11 de dezembro.<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<br />
<div class="WordSection6">
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">É <b>FUNDAMENTAL</b> que toda a esquerda faça
esta campanha, caso contrário, serão CONIVENTES com a vitória do governismo na
nossa entidade, deixando o caminho livre para mais um ano de DCE omisso e
pelêgo. Sofreremos os ataques do governo completamente desarmados.A melhor
forma de varrer o governismo é atuar em cada curso, construindo na base a luta
dentro e fora da universidade. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Por
isso não comporemos a formação de chapa da esquerda tradicional, que não
construiu com peso nenhuma luta dos estudantes, no entanto, agora darão todo
peso para a disputa de cadeiras no DCE. não vemos exemplos práticos nas gestões
de CAS dirigidas pela esquerda tradicional. Só o movimento estudantil
organizado pode dar uma resposta para a luta por permanecia e para varrer o
governismo do DCE.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span></b>
<br />
<div style="background: white; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Nós da Juventude às Ruas Fazemos um
CHAMADO a todos os estudantes que concordem que para construir uma forte luta
contra essa estrutura de poder corrupta que é a REItória do VieiraAlves, o
primeiro passo é a luta pela vitória da PROPORCIONALIDADE.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="right" style="background: white; text-align: right;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">POR UM DCE PROPORCIONAL, DEMOCRÁTICO,
QUE CONSTRUA A LUTA PELA PERMANENCIA DOS ESTUDANTES E CONTRA A CORRUPÇÃO DA
REITÓRIA COM ASSEMBLEIAS DESDE AS BASES!!!<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="right" style="background: white; text-align: right;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div align="right" style="background: white; text-align: right;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype
id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t"
path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="_x0000_s1026" type="#_x0000_t75" style='position:absolute;
left:0;text-align:left;margin-left:343.1pt;margin-top:7.4pt;width:210.55pt;
height:52.5pt;rotation:200093fd;z-index:251660288'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Maira\AppData\OICE_15_974FA576_32C1D314_ECA\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"
o:title="LOGO JAR"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="height: 86px; left: 0px; margin-left: 455px; margin-top: 2px; mso-ignore: vglayout; position: absolute; width: 286px; z-index: 251660288;"><br /></span><!--[endif]--><b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: PT-BR;">REUNIÃO
QUARTA FEIRA 26/NOVEMBRO 18H HALL DO 9ª ANDAR<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="right" style="background: white; text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
www.juventudeasruas.blogspot.com.br<o:p></o:p></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-16052954303287509662014-11-28T21:25:00.003-02:002014-11-28T21:25:45.298-02:00Uma segunda onda de mobilizações da juventude no mundoNas últimas semanas, México, França e Hong Kong estiveram no centro das mobilizações de juventude de todo o mundo. Desde a eclosão da crise capitalista em 2008, a juventude vem cumprindo um papel social e político de protagonismo entre os que saem a enfrentar as consequências desta. É um dos setores mais atingidos pelas políticas de precarização do trabalho, pelas consequências dos cortes, pelo desemprego e pela pobreza. Com diferentes alcances e limites, poderíamos tomar estas últimas mobilizações como uma nova onda após as grandes manifestações que haviam tido forte presença da juventude: os jovens da Praça Tahrir, os indignados do Estado espanhol, Occupy Wall Street, o movimento da juventude antifascista na Grécia e as enormes manifestações nas ruas do Brasil no início deste ano. Além disso, foi a juventude negra nas periferias de Missouri que enfrentou a polícia militarizada após o assassinato de Michael Brown, nos Estados Unidos.<br /><br /><b>México. Os estudantes acenderam o pavio.</b><br /><br />Sem dúvida, o desaparecimento dos 43 normalistas em Ayotzinapa se transformou em um problema estatal e geopolítico de magnitude, não só para o governo mexicano, mas também para os Estados Unidos, que compartilha com esse país milhares de quilômetros de fronteira. O desaparecimento dos jovens desencadeou um profundo sentimento de insatisfação de amplos setores da população que adotaram o grito de #YaMeCansé para expressar o profundo rechaço deles ao regime. O grito que pede a aparição dos normalistas "Vivos os levaram. Vivos os queremos" foi aos poucos se misturando com a denúncia dos responsáveis políticos pelos desaparecimentos: “Fora Peña Nieto” e uma fogueira com sua figura no centro do Zócalo, em uma manifestação de centenas de milhares de pessoas, foi um exemplo de que é o conjunto do regime político e sua decomposição que aparecem no centro do questionamento.<br /><br />O ataque aos jovens normalistas que estavam se mobilizando para arrecadar fundos frente à comemoração do massacre de Tlatelolco acabou abrindo uma rachadura de difícil conserto para o governo, sendo que o fenômeno de juventude/ estudantil nas mobilizações, com demonstrações importantíssimas como as assembleias massivas na UNAM, começa a confluir com o conjunto dos setores que se puseram em movimento: professores, pais, funcionários públicos, camponeses e setores médios.<br /><br /><b>França. Nos temem porque não tememos</b><br /><br />O medo parece estar empurrando algumas decisões do governo francês.<br />O assassinato no sul do país do jovem Rémi Fraisse, militante ambientalista que protestava contra a instalação de uma represa detonou uma série de manifestações, passeatas e protestos que receberam uma resposta contundente do governo: proibição das manifestações, repressão aberta, 21 detenções e 16 processados. Algumas universidades até foram fechadas para evitar a confluência dos estudantes e dissipar as tendências à organização. A política de Hollande frente ao incipiente mas decidido movimento dos estudantes secundaristas que tinham começado uma série de ocupações de institutos passou da esfera educacional; agora quem está cuidando da questão é a mesma polícia dando caminho à aberta militarização dos distritos populares da "Grande Paris". A polícia montada transitando pelas ruas de Saint-Denis é uma imagem crua da firme decisão do governo de enfrentar a mobilização juvenil com mão pesada tentando evitar um possível "efeito de contágio". Aqueles que se lembram das manifestações de 2006 e da radicalidade dos protestos na Banlieu Parisina, quando se incendiava os carros policiais colocando em questão a "ordem" em Paris, perceberão a preocupação do governo em conter o protesto.<br /><br /><b>Hong Kong. Fecham-se os guarda-chuvas?</b><br />Após quase 8 semanas de protestos, os guarda-chuvas parecem estar se fechando nas ruas de Hong Kong. Depois dos primeiros momentos em que milhares de manifestantes lotaram as ruas com seus guarda-chuvas abertos, resistindo às tentativas de dispersão por parte da polícia e gerando um impacto no centro do gigante asiático, parece que as manifestações estão entrando em um certo refluxo. A estratégia de ocupar as ruas começa a mostrar os seus limites e agora são só alguns acampados os que ficaram no centro da cidade. A estratégia do governo foi apostar no desgaste, sabendo que, ainda que houvesse objetivos comuns que davam vida ao movimento, não estava clara qual era a política dos jovens dos guarda-chuvas para conquistar suas demandas. Nos últimos dias, o grau de desaprovação dos protestos e ocupações chegava a 70% da população de Hong Kong.<br /><br /><b>Da ação às conclusões políticas</b><br /><br />Ainda que com muitos limites, tanto nos objetivos que se propõem quanto nos meios para alcançá-los, as manifestações de diferentes setores da juventude continuam expressando de forma distorcida e não linear, uma resposta – ainda que elementar – às consequências da crise capitalista dos últimos 6 anos. Pela própria dinâmica da crise e os limites ao desenvolvimento de seus traços mais catastróficos, as respostas ainda são limitadas, mas marcam uma tendência ao questionamento de diversos aspectos do regime e dos governos. A onda anterior de mobilizações – de maior intensidade e impacto político global – em que a juventude havia sido um ingrediente essencial teve rumos diferentes, ainda que em todos os casos estas caracterizassem-se pelo objetivo "negativo" de suas reivindicações. No momento, os fenômenos juvenis estão fazendo uma experiência política em uma situação onde o movimento operário ainda não aparece à frente das reivindicações e demandas de setores sociais mais amplos.<br /><br />O lema dos indignados contra a casta política e contra a monarquia, que foi canalizado pelo PODEMOS como fenômeno político no Estado espanhol, é uma mostra de que as experiências políticas e de luta que a juventude está fazendo ao redor do mundo ainda têm um longo caminho a trilhar no que diz respeito à luta de estratégias. Em certo sentido, as respostas de setores da juventude mostram que se encontra politicamente muito mais atrasada do que expressam suas tendências para a mobilização, coordenação, confronto com a polícia, etc.<br /><br />Na Argentina, onde não assistimos à manifestações massivas, a insatisfação que atravessa os jovens e trabalhadores vem se expressando de maneira muito mais paciente, mas com mais força política e clareza sobre quais são as alternativas para superar "pela esquerda" os problemas do momento. O fato de que os setores que rompem com o governo encontram uma esquerda revolucionária, expressa no PTS e na FIT, com alguns pontos de apoio em locais de trabalho e estudo, com deputados e com presença nacional, faz muito mais simples a tarefa de apontar uma via de organização a uma juventude que, por mais que ainda não seja um ator de grandes demonstrações de força, vem fazendo uma experiência sustentada com os principais conflitos operários que ocorreram nos últimos tempos. O fortalecimento objetivo e subjetivo do movimento operário, e de uma esquerda que é parte fundamental desse desenvolvimento, deve ser considerado dentro do "capital" com o qual conta a juventude trabalhadora e estudantil para conquistar suas demandas, e mais em geral, para propor-se a construir uma força revolucionária com chances de cumprir um papel central em momentos de maior crise.<br /><br />Parte dos problemas postos para uma nova geração de jovens de todo o mundo parece uma obviedade, mas não é. O problema da revolução como uma saída para os grandes problemas que a crise capitalista põe em questão, deve voltar ao centro dos debates dos movimentos e organizações de juventude em todo o mundo.Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-31552937289762457342014-11-19T13:07:00.002-02:002014-11-19T13:07:45.310-02:00Na Filosofia-UFMG os estudantes votaram pela continuidade de uma entidade militante<div class="MsoNormal" style="margin: 6.35pt 0cm 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<i style="text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: #141823; font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Francisco L. - Coordenador do CAFCA</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6.35pt 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6.35pt 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A Chapa Outros Junhos Virão
(independentes + Pão e Rosas + Juventude às Ruas) venceu as eleições do CAFCA e
será no próximo ano a gestão do Centro Acadêmico de Filosofia da UFMG. O
resultado (63 votos na chapa x 4 brancos) mostra o que a burocracia estudantil
petista, que hoje paralisa a maior parte dos C.A.s, D.A.s e o D.C.E., quer
esconder: os estudantes apoiaram a gestão do último ano e disseram
"Queremos entidades militantes e democráticas!". Nas eleições do
último ano havíamos derrotado, com a Chapa Jornadas de Junho, a chapa opositora
(PT e independentes), que abandonou o espaço que lhe cabia na gestão
proporcional e democrática que implementamos. O abandono deste espaço por parte
da chapa governista desmoralizou essa corrente frente aos estudantes, e neste
ano não formaram uma chapa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6.35pt 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Se fortaleceu um projeto de
Movimento Estudantil independente dos governos e da reitoria, que junto aos
trabalhadores e à juventude de fora da universidade pública procura questionar
o caráter de classe desta instituição que serve aos empresários, contra o
projeto de educação de Dilma e do PT, lutando pelo fim do vestibular, pelo fim
da terceirização (e a efetivação de todos trabalhadores terceirizados), pela
derrubada da atual estrutura de poder e para colocar a universidade e seu
conhecimento a serviço dos trabalhadores e do povo explorado e oprimido. Ao
contrário do que dizem as correntes de esquerda como PSOL e PSTU, que se
adaptam ao regime universitário e à despolitização construída pela burocracia
estudantil governista, no último ano mostramos como é possível construir esta
ferramenta (uma entidade militante), como os estudantes entendem estas ideias e
as tomam pra si. Ao longo do ano fomos certamente a entidade estudantil mais
ativa da UFMG (desde um pequeno CA), organizando blocos dos estudantes do curso
para ir às manifestações contra o aumento das passagens (onde levantamos a
necessidade da estatização do sistema de transportes sob controle dos
trabalhadores e usuários), questionando a utilização do campus público para a
Copa do Mundo da FIFA e a presença da PM (com uma paralisação e aula pública na
rua, com a presença de mais de 150 estudantes), prestando solidariedade às
greves de BH e do país (por meio de um comitê de solidariedade aos
trabalhadores votado em assembleia estudantil do curso) e organizando diversas
atividades contra as opressões, pelo direito ao aborto, contra a homofobia e
contra o racismo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 6.35pt 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Na próxima gestão levaremos à frente uma
campanha pela abertura de todas informações sobre matrícula e currículo para
nos apoiarmos nisto e exigirmos democracia (cada cabeça um voto, estudantes,
funcionários e professores) nas decisões sobre o curso, uma demanda que sabemos
que a burocracia do departamento não concederá com facilidade e exigirá dos
estudantes mobilização e combate a ela. Também buscaremos fazer com que as
secretarias se tornem referências militantes (como foi a Secretaria de Mulheres
e LGBT na gestão passada), gerando ativismo de base em torno a cada uma delas.
N<span style="color: #141823;">a nossa campanha mostramos como o questionamento
de cada problema que vivem os estudantes na sala de aula, seja por más
condições na infraestrutura, pelo produtivismo do curso ou a pela falta de
assistência estudantil que reproduz e se aproveita das opressões da sociedade
(como a falta de assistência aos estudantes negros ou a falta de creches para
as mães) se liga ao projeto que implementa a burocracia universitária
privilegiada, que “tapa os poros” da universidade e a coloca a serviço dos
empresários e dos governos.</span> <span style="color: #141823;">Organizar os
estudantes desde a base para questionar profundamente o caráter destas
universidades que têm regimentos herdeiros da ditadura, é o caminho para
colocar o movimento estudantil como ator nacional que possa se ligar aos
trabalhadores e ao povo oprimido, para revolucionar a universidade e lutar
pelas demandas de toda população, que emergiram em junho de 2013 e nas grandes
greves deste ano, e que Dilma, aliada à direita e a diversos setores
reacionários, já garantiu desde a campanha – e agora mostra nas ações – que não
concederá.</span><o:p></o:p></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-80358862147569360272014-11-14T22:43:00.003-02:002014-11-14T22:48:11.160-02:00Na UFRJ, é preciso avançar para ter um movimento estudantil democrático, combativo e pela base<div class="MsoNormal">
Encerraram na última
quinta-feira (06) as eleições para o Diretório Central dos Estudantes – Mario
Prata da UFRJ, entidade máxima de uma das maiores universidades do país, em um
universo de mais de 40 mil estudantes.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ganhou a chapa da
esquerda “Quero me livrar desta Situação Precária”, composta por Nós Não Vamos
Pagar Nada (RUA-PSOL e independentes), Correnteza (PCR) e UJC (PCB),que eram
parte da última gestão, somados ao Coletivo Marxista e Não Vou me Adaptar (PSTU
e independentes), com mais de 1000[1] integrantes, saiu com um saldo de 74% dos
votos válidos (7612 votos), barrando a chapa branca da UNE (Kizomba e UJS).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A chapa da
esquerda focou sua campanha na
assistência estudantil e permanência. O apelo, e por isso, a alta votação se
deve à realidade da universidade hoje. Sem vagas para o Alojamento, que por sua
vez está caindo aos pedaços, sem a possibilidade de se alimentar em
restaurantes universitários e com o transporte caro, faz com que estudar, mesmo
em uma universidade pública, continue sendo um privilégio para poucos,
aumentando as evasões. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um estudante de baixa
renda ou filho de um trabalhador, como é a maioria da população, depois de
passar pelo ENEM e SISU tem que passar por outro teste, manter-se dentro da
universidade por conta própria, sem contar com apoio da instituição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Governo perde novamente<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
A Chapa 1, uma correia
de transmissão da política educacional do governo Dilma, cumpriu seu papel
empurrando goela abaixo a versão fantasiosa da política educacional do governo
PT como a “grande democratização do ensino superior”. De fato, aumentou
parcialmente o acesso ao ensino superior público, mas o que a chapa do governo
não diz é que esta política está subordinada à condição seguir defendendo os
interesses capitalistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aumentaram as
privatizações dentro das universidades, abrindo espaço para as fundações e
investindo em cursos pagos, destinando quantias milionárias aos grandes
monopólios da educação como Kroton-Anhaguera. Ao centrar todos os seus esforços
para esconder estes fatos, os governistas estão em oposição à realidade de
milhões de jovens, filhos de trabalhadores, de baixa renda, negros, que ainda não
tem acesso à educação pública, ou que tem que pagar por este direito, ou que,
quando conseguem ter acesso, não tem condições materiais para se manter dentro
da universidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A caricatura desta
mesma política se repete ao defenderem os royalties do pré-sal para a educação,
omitindo para os estudantes que estes royalties vêm de uma das maiores
privatizações da nossa história recente, com o PT batendo o recorde dos tucanos
em número de áreas que foram leiloadas, inclusive a maior de todas, o campo de
Libra. Ainda assim, conseguiram se aproveitar do desgaste do DCE, arrancando
alguns votos contra uma gestão que dura 7 anos, terminando com 26% dos votos e
reavendo uma das quatro cadeiras que haviam perdido no conselho universitário
em 2013. Pesa nesta conta o fato de que a maioria dos votantes não viveu a
experiência de ter um DCE funcionando como pau mandado do Governo Federal e da
Reitoria, como é a UNE hoje.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Nem nas jornadas de junho este DCE saiu do
imobilismo, construir um movimento pelas reivindicações dos estudantes! <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Em uma das cidades
mais caras do país, a parte da burocracia universitária responsável, entre
outras coisas, pelas bolsas de acesso e permanência (que sempre atrasam, às
vezes meses), aconselha em nota oficial para os que fizeram ENEM, que se, caso
dependessem da assistência, deveriam tentar outras universidades, para
conseguir manter os estudos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 7 anos de gestão,
ou durante a efervescência de junho, as correntes que compõe esta chapa não
usaram a entidade para impulsionar assembléias nos cursos, se abstendo do
combate contra o imobilismo do Movimento Estudantil. Este imobilismo continuou
durante as greves que atravessaram o primeiro semestre em nossa cidade, e mesmo
na defesa de interesses estritamente estudantis como as bolsas e alojamentos.
Para nada disto vimos o DCE se movimentar e buscar organizar assembleias,
movimento estudantil.Defendemos que, para barrar os ataques, como enfrentam os
estudantes do Alojamento, não basta que se mobilize uma somatória dos CAs para
pressionar alguma reunião de conselho universitário. As entidades devem servir
de ferramenta para organizar a luta, através de assembléias nos cursos, espaços
de deliberação mais amplos, necessários para forjar uma nova tradição de
movimento, democrático, e pela base, que busque a massificação de suas
demandas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Para sermos
consequente em barrar os ataques, os estudantes que votaram e militaram pela
Chapa 2, os coletivos e os 1000 integrantes que compuseram a chapa, devem se
colocar o desafio de forjar um movimento estudantil que cerre fileiras, ombro a
ombro com os trabalhadores dentro e fora da universidade, como nós da Juventude
às Ruas fizemos fomos parte de uma pequena fração do movimento estudantil junto
aos trabalhadores na greve vitoriosa da USP. Este pequeno exemplo ilustra o que
o movimento estudantil, sob outra concepção pode fazer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por isso defendemos
que os CAs e o DCE, junto ao lado dos 1000[1] integrantes da chapa 2 devem ter
a ambição de ampliar o movimento estudantil e organizar a luta a partir de
assembléias nos cursos, aonde a base seja sujeito ativo na tomada de decisões e
nas ações que decididas democraticamente nestes espaços. Para que o programa de
assistência e a permanência seja aplicado integralmente, e não à conta-gotas e
à depender da boa vontade da burocracia universitária. Força para isto existe.
Agora resta saber se esta vitória contra o governismo será um passo adiante
para colocar um novo movimento estudantil em ação ou será a continuidade de
mais um ano destes 7 anos de uma gestão apática. O primeiro e elementar passo é
a realização de assembleia e reuniões por unidade!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i> [1]Segundo </i><span lang="ES-CO"><a href="http://anelonline.com/?p=2122"><i><span lang="PT-BR">http://anelonline.com/?p=2122</span></i></a></span><i> .<o:p></o:p></i></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-62257373625838330702014-10-19T18:56:00.001-02:002014-10-19T19:08:23.833-02:00Um amplo movimento democrático toma as ruas mexicanas!<h4 style="background-color: white; line-height: 15.3599996566772px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.3599996566772px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A crescente mobilização e a ampla indignação popular com o massacre de Ayotzinapa, recria o que vimos em outros momentos da história recente: frente aos ataque às liberdades democráticas, surge um profundo movimento na ruas.</span></span></h4>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><span style="background-color: white; line-height: 15.3599996566772px; text-align: left;">Artigo de Pablo Oprinari em </span><a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=1431888320420117" href="https://www.facebook.com/LaIzquierdaDiario" saprocessedanchor="true" style="background-color: white; cursor: pointer; line-height: 15.3599996566772px; text-align: left; text-decoration: none;">La Izquierda Diario</a></i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKpa9fsi2ccgbv6qYUrRKlbNq5PUhJhezljXaqKG3_o5CiKJMwDPedQk55K8L9LO2d83SKBKwvSH1nSV-iKki3WOWbFM-rQ-Y2xg4j0bch6JAiLpbJP_bH4_KcSq8nn18yANncA2AttCE/s1600/43+com+vida+j%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKpa9fsi2ccgbv6qYUrRKlbNq5PUhJhezljXaqKG3_o5CiKJMwDPedQk55K8L9LO2d83SKBKwvSH1nSV-iKki3WOWbFM-rQ-Y2xg4j0bch6JAiLpbJP_bH4_KcSq8nn18yANncA2AttCE/s1600/43+com+vida+j%C3%A1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-indent: 35.4pt;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-indent: 35.4pt;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Existe
no México uma grande tradição de luta contra as atrocidades perpetradas pela
democracia dos ricos e poderosos. Em 1994, a ofensiva militar contra a revolta
indígena-campesina de Chiapas, despertou importantes ações nas cidades, que
rodearam de solidariedade o movimento encabeçado pelo Exército Zapatista de
Libertação Nacional (EZLN). O ano de 1994 deixou uma profunda marca, e nos anos
seguintes se forjou uma nova geração de jovens.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em
fevereiro de 2000, o governo acabou com uma greve de mais de 9 meses na UNAM
(Universidade Nacional Autônoma do México), com uma ocupação policial-militar.
Isso provocou uma mobilização que obrigou o Partido da Revolução Institucional
(PRI) a libertar os estudantes presos <a href="http://www.ler-qi.org/Da-UNAM-a-USP-Um-resgate-do-elemento-estrategico-da-auto-organizacao">[1]</a>.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mais
recentemente, no ano de 2006, ante a fraude que levou o conservador Felipe
Calderón a presidência, milhões se mobilizaram em todo o país durante semanas.
Isso fazia lembrar os massivos protestos que em 1988 surgiram com outra fraude,
naquele momento contra o candidato do Partido da Revolução Democrática (PRD),
Cuauhtémoc Cárdenas. Além disso, a repressão selvagem aos professores de Oaxaca
em Junho desse ano abriu caminho para uma heroica luta de todo o povo desse
estado e ao surgimento da Comuna de Oaxaca.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Se
as décadas recentes do México estão marcadas pelos ataques às liberdades e
direitos mais elementares, também é um fato que vez ou outra emergem impetuosos
movimentos democráticos.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esses
são motivados pelas aspirações de milhões cansados do autoritarismo. Mostram a
irrupção de novos setores populares, de trabalhadores e jovens, que rapidamente
os partidos do regime político tratam de conter.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nos
anos recentes, a degradação das instituições chamadas “democráticas” se
expressou em uma “guerra às drogas”. A mesma gerou cerca de 200 mil mortos e
desaparecidos, a maioria trabalhadores, camponeses e estudantes, enquanto que o
Estado e as distintas facções de traficantes se mostraram em conluio de
múltiplas formas.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O
movimento atual se concentra em repúdio a esta “guerra às drogas” e a
indignação frente a um massacre cujas vítimas são reconhecidos ativistas
sociais: os estudantes normalistas, crucificados pelos meios de comunicação e
pelos poderosos. Mais uma vez, a luta democrática é a forma que assume, no
México, o descontentamento com as instituições responsáveis pela repressão e
pelas reformas estruturais.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os
estudantes no centro do palco</span></b><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Novamente,
nada cai do céu. Em 2012, o movimento <a href="https://www.facebook.com/hashtag/yosoy132?source=feed_text&story_id=143117215882777">#YoSoy132</a> (<a href="https://www.facebook.com/hashtag/eusou132?source=feed_text&story_id=143117215882777">#EuSou132</a>)
irrompeu no céu calmo e sinalizou que a juventude estudantil mexicana se
colocava em sintonia com o que se passava em outros lugares do mundo, desde o
mundo árabe até as ruas de Santiago no Chile. Surgiu em uma Universidade
Privada, como parte do repúdio a candidatura de Enrique Peña Nieto por parte do
PRI, e se estendeu às casas de estudo mais politizadas. O ano passado, depois
de uma selvagem repressão contra um acampamento de professores, milhares de
estudantes se organizaram em assembleias e se mobilizaram, abraçando com sua
solidariedade os professores reprimidos.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Atualmente,
milhares receberam os normalistas na Cidade Universitária e protagonizaram
ocupações e paralisações de suas escolas com uma demanda unificada <a href="http://www.laizquierdadiario.com/Paran-universidades-y-exigen-la-presentacion-con-vida-de-los-normalistas-desaparecidos">[2]</a>:
que apareçam já, com vida, os 43 normalistas desaparecidos de Ayotzinapa.
Muitos desses foram protagonistas das lutas mencionadas, outros tantos,
“meninos” e “meninas” de recente ingresso, que participam de sua primeira
paralisação, sua primeira ocupação, sua primeira mobilização. Isso, enquanto a
Politécnica, casa de estudo governada com mão de ferro pelo PRI e suas tropas
de choque, está parada por seus estudantes, um fato impensável meses atrás.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Uma
nova geração estudantil está emergindo no calor da luta contra os aspectos mais
bárbaros deste regime político. E o fazem com uma onda ao fundo de ampla e
profunda indignação que percorre o México e que está fazendo tremer os de cima.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
primeira grande crise</span></b><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta
é, sem dúvida, a primeira grande crise do governo de Enrique Peña Nieto <a href="http://www.laizquierdadiario.com/La-masacre-de-Iguala-el-regimen-y-las-perspectivas-de-la-movilizacion">[3]</a>,
que enfrenta a indignação popular frente uma “democracia” baseada na
militarização e na repressão aos opositores.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O
governo tentará evitar a escalada, buscando, possivelmente, que a culpa recaia
sobre o PRD, que governa o estado de Guerrero. No entanto, para além da
dinâmica imediata, o descrédito e a perda de legitimidade “democrática” do
governo e do regime político aparecem como algo difícil de superar, e requererá
toda a “engenharia política” de um governo que não atingiu nem dois anos.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Certamente,
as mobilizações atuais se potencializariam e a luta de classes se expressaria
em um nível superior se as organizações sindicais participassem das mesmas. O
movimento operário vem de duras derrotas prévias <a href="http://www.laizquierdadiario.com/Guerrero-es-un-polvorin-con-una-larga-mecha-explosiva">[4]</a>;
sem ir mais longe, a reforma energética passou sem uma paralisação nacional e
nem uma mobilização unificada das principais organizações operárias. E enquanto
as direções sindicais majoritárias não participaram das recentes ações por
Ayotzinapa, setores de professores e outros sindicatos começaram a juntar-se.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Enquanto
as organizações de trabalhadores não estão presentes, o movimento democrático e
os estudantes ocupam o proscênio, o centro do palco, repetindo a história de
outros episódios como os mencionados acima.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Há
um antes e um depois de Ayotzinapa. Cabe perguntar-se se este amplo movimento
conseguirá impactar e abrir o caminho para que setores importantes da classe
operária irrompam, com seus métodos de luta. Há que se apostar que irrompa em
toda sua potência, forte e profundo, o México.</span><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">(fonte: </span><a href="http://www.laizquierdadiario.com/Contra-la-barbarie-capitalista-surge-un-amplio-movimiento-democratico" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small; text-align: left; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: blue;">http://www.laizquierdadiario.com/Contra-la-barbarie-capitalista-surge-un-amplio-movimiento-democratico</span></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">)</span></div>
</div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-1374723435846439592014-09-29T00:20:00.000-03:002014-09-29T00:20:14.443-03:00Greve da USP: Algumas Lições de uma “escola de guerra”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgij_u78IXORqrs_7KeQOL7DhRCpf9B8ezrOuju_c8xuPICFpij6QlFJIrowRk0pQ8opJGZp4QoVIGCoe4QtsBuNKazftE565LlSvHAWhjq7WZf7fkSaxGvaEz9UtDCBZ5dT6qv6BOo1X4/s1600/usp0-620x264.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgij_u78IXORqrs_7KeQOL7DhRCpf9B8ezrOuju_c8xuPICFpij6QlFJIrowRk0pQ8opJGZp4QoVIGCoe4QtsBuNKazftE565LlSvHAWhjq7WZf7fkSaxGvaEz9UtDCBZ5dT6qv6BOo1X4/s1600/usp0-620x264.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>por Mateus Pinho e André Bof</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aos operários, a
classe de quem um novo futuro depende, a História não negou as ferramentas para
a superação da burguesia, que hoje, como classe, leva a sociedade à catástrofe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A cada combate e
greve se coloca a possibilidade de constituir uma verdadeira “Escola de
guerra”, capaz de ensinar como vencer e ligar a história de cada luta com a
história de todas as lutas dos trabalhadores, apontando o caminho para uma nova
sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É neste espírito que
devemos encarar as lições deixadas a todos os trabalhadores pela Greve da USP e
seus heroicos exemplos operários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Uma estratégia para vencer!</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A greve dos
trabalhadores da USP durou 116 dias conseguindo importantes conquistas como o
reajuste salarial de 5,2%, contra os 0% que a REItoria buscava impor; abono de
28,6% referente ao reajuste desde maio, início da greve; nenhuma punição ou
corte de salários e uma conquista de que não pagarão o total de horas paradas;
a libertação do delegado do comando de greve, Fabio Hideki; além de adiar o
ataque da REItoria em desvincular o Hospital Universitário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disto, no plano
da “consciência”, se consolida uma tradição de “combate de classe” que já era
marca dos trabalhadores da USP os quais, saindo de greve com os gritos de “Não
teve arrego”, após todas as experiências pelas quais passaram, são agora a
principal “pedra no sapato” contra os planos do PSDB e seu REItor Zago de
imporem seus projetos de privatização, como querem com a desvinculação do HU
(Hospital Universitário da USP) e HRAC (hospital de anomalias craniofaciais de
Bauru/USP).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isto não se
conquistou por acaso. Os trabalhadores da USP, lado a lado de seus companheiros
na UNESP e Unicamp, cruzaram uma conjuntura dificílima, batendo de frente com a
suposta crise orçamentária que, segundo a REItoria, seria culpa de seus
salários.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante quatro meses,
se enfrentaram com o difícil momento da Copa do Mundo, as mentiras da imprensa,
a intransigência da REItoria, os ataques do governo Alckmin, a sabotagem dos
fura-greves, a repressão da Polícia, os desalojamentos de piquetes…<br />
Ainda mais difícil se tornou sua situação frente ao duro ataque que o Governo
Alckmin desferiu contra os metroviários, em junho, demitindo 42 para dar um
exemplo de que em SP, diferente de como impuseram os garis do RJ, ia “ter
arrego”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em nenhum momento, no
entanto, perderam de vista sua estratégia para vencer: lutar, sim, por seus direitos
mais “sentidos” – salários, reajustes e benefícios – mas, sobretudo, tornar a
sua greve um verdadeiro “combate de classe”, que oponha os interesses dos
trabalhadores – não apenas da USP, mas de toda a cidade – aos interesses dos
empresários, donos de fundações, em suma, dos magnatas capitalistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Aliança com o povo trabalhador</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em sua greve, os
trabalhadores da USP buscaram demonstrar que os seus interesses são os mesmos
de todos os trabalhadores, não apenas levantando em suas pautas a construção de
hospitais na região do Butantã; a efetivação dos milhares de trabalhadores
terceirizados aos quadros da USP, fazendo atos contra as demissões destes, etc.
<span style="font-size: xx-small;"><a href="http://www.sintusp.org.br/2013/files/Pauta_2014.pdf" target="_blank">[1]</a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deram, também,
exemplos concretos desta estratégia quando marcharam por horas até o hospital
das Clínicas de SP e doaram sangue, as centenas, ao escasso banco sanguíneo;
organizaram cortes de avenidas e atos de centenas no Metrô em solidariedade a
Greve de metroviários que ocorria às vésperas da Copa; percorreram com seu
carro de som a Zona Oeste e a favela São Remo exigindo mais UBS (unidades
básicas de saúde) para a região; denunciaram a hipocrisia do governo que
aumenta o salário do governador e parlamentares, enquanto o povo não tem água,
frente à crise hídrica em SP; ou quando, com o dinheiro arduamente arrecadado
para o fundo de greve doaram cestas básicas para os moradores da favela do
Piolho, vitimas de um incêndio criminoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta busca incessante
pela hegemonia operária, que atenda às demandas de todo o povo explorado na
sociedade não é um mero detalhe, em que as direções sindicais “podem ou não”
buscar para alcançar a vitória: esta busca é, pelo contrário, um movimento
essencial para que as greves vençam e extrapolem sua demanda “coorporativa”,
lutando pelas “causas populares” contra os exploradores, a fim de expressar que
são os trabalhadores, que tudo produzem, os únicos que podem responder às
demandas dos oprimidos.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Aliança com os estudantes</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os trabalhadores
buscaram, também, uma ofensiva aliança com os estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar de toda a
passividade e ceticismo das correntes que dirigem o movimento estudantil –
PSOL, PSTU e correntes ligadas ao PT e Consulta Popular – que, nesta greve,
praticamente viram o “bonde da história” passar e não colocaram nela um décimo
da energia que colocam para suas eleições estudantis e parlamentares, ainda
assim, a aliança operária-estudantil mostrou sua importância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo pesquisa
recente, realizada por estudantes de engenharia, cerca de 77% dos estudantes
apoiavam a luta dos trabalhadores. Isto, igualmente, não é por acaso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo de duas décadas, desde a
ditadura, diversos são os exemplos das vitórias e combates construídos por
trabalhadores e estudantes. Os trabalhadores, nesta greve, tornaram esta
história escrita em panfletos distribuídos aos milhares aos estudantes,
demonstrando as conquistas de contratação de professores, moradia, contra os
decretos privatizantes de Serra, por mais verbas a educação etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Buscaram a unidade de
ação com atos, cortes de rua, criando o “cantinho das crianças”, mantido
por estudantes e fundamental para que as trabalhadoras mães pudessem ser
sujeitas da greve, piquetes e debates buscando ligar o conteúdo aprendido
pelos estudantes com a realidade dos trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Demonstraram, assim,
como se dava a unidade contra o corte de verbas, que atinge tanto os salários
dos trabalhadores quanto as bolsas dos estudantes; contra os processos de
desvinculação dos hospitais e também contra as propostas de desvinculação da
permanência estudantil (moradia, bolsas auxilio, restaurantes universitários),
demonstrando como nos unificamos contra o projeto privatista para a
universidade. <span style="font-size: xx-small;"><a href="http://www.sintusp.org.br/2013/index.php/publicacoes/campanha-salarial/761-campanha-salarial-2014-indicativo-de-pauta" target="_blank">[2]</a></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para essa unidade se
efetivar, os trabalhadores contaram com a participação de grupos como a
<a href="https://www.facebook.com/JuventudeAsRuas" target="_blank">Juventude Às Ruas</a> e o <a href="http://nucleopaoerosas.blogspot.com.br/" target="_blank">Pão E Rosas</a>, que, ainda que pequenos, demonstraram como
se organiza uma aliança na base da Universidade entre trabalhadores e
estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Uma organização democrática: O comando
de greve e as assembleias</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na contramão a toda
tradição sindical brasileira, consolidada pelo PT e sua CUT e reproduzida até
por setores da esquerda como PSOL e PSTU, uma das lições mais importantes desta
greve se refere a forma como os trabalhadores se organizaram para seguir sua
luta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta greve, os
trabalhadores mantiveram vivo o melhor da democracia operária, para que todo
trabalhador expressasse suas opiniões e se tornasse sujeito ativo dos rumos da
greve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todas as decisões
eram tomadas pelas reuniões de unidade e, sobretudo, pela assembleia geral,
órgão máximo de deliberação política da greve, nas quais qualquer trabalhador
podia propor e dizer o que quisesse.<br />
Para colocar a direção da greve nas mãos de seus trabalhadores, foi criado o
Comando de Greve dos Trabalhadores, com centenas de delegados, revogáveis a
qualquer momento, eleitos pelas assembleias de base.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao se formar o
comando de greve, a direção do SINTUSP – da qual a <a href="http://www.ler-qi.org/" target="_blank">LER-QI</a> faz parte como ala
minoritária e revolucionária – se “dilui” dentro do comando, igualando seus
membros da direção sindical aos delegados de greve e alçando o Comando como
direção da greve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este tipo de
“auto-organização” dos trabalhadores tem um sentido estratégico pois possibilita
seu desenvolvimento como sujeitos críticos e ativos da greve refletindo os
melhores passos, decidindo como responder rapidamente aos ataques, propondo
atividades, pensando os problemas da greve e levando-os para a base nas
unidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em resumo, o Comando
consolida um espaço de formação e ação desta “escola de guerra”, possibilitando
surgirem novas camadas de dirigentes e ativistas no calor da luta e plantando o
“embrião” de uma nova sociedade, na qual os trabalhadores pensam a grande
política e são sujeitos de sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Salta aos olhos a
diferença com práticas sindicais das mafiosas Força Sindical e UGT, que disputa
eleições “na bala” e no espancamento, com as da CUT ou CTB, baseadas em impor
“figuras de burocratas”, que praticamente dão as ordens para as bases
“ignorantes” cumprirem passivamente ou, até mesmo, com a tradição expressa por
PSOL e PSTU, que restringe debates e falas, impede a formação de comandos de
greve impedindo a iniciativa da base e se mantém, no fundamental, baseada em
“figuras”- como é o caso de Altino dos metroviários- que ensinarão aos
trabalhadores, que “não gostam muito de discutir”, os caminhos a seguir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Os trabalhadores em ação: “todas as
armas são boas na luta de classes”!</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta greve trouxe
momentos históricos para a classe trabalhadora brasileira. Ao fechar os três
portões da Cidade Universitária por um dia todo, exigindo a libertação de Fábio
Hideki e confrontando a REItoria de Zago, os trabalhadores fizeram algo que não
acorria há anos, tendo Fábio Hideki sido liberado no mesmo dia depois de meses
preso e muitos atos em sua defesa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este tipo de ação
direta, para pressionar a burguesia, foi uma das armas mais eficazes de
luta dos trabalhadores, no entanto, não a única neste “combate de classe”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo da greve,
estes entenderam que na luta de classes “todas as armas são boas”. Apesar de
também lutar através da justiça (burguesa) para, por meio de suas brechas,
colocarmos a REItoria, o governo e os patrões contra a parede e desmascarar
suas intenções, não incorreram no erro de acreditar que apenas por este meio,
ou por qualquer outra medida por dentro desta “democracia dos ricos”,
venceriam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lutando “com
inteligência”, aproveitando as declarações contraditórias dos membros da
Burocracia universitária, jogando-as contra a REItoria e aproveitando a divisão
no “campo do inimigo” (como o racha que a discussão do HU causou na
burocracia acadêmica), utilizando-se das ferramentas jurídicas e espaços
parlamentares, sem em nenhum momento enfraquecer a mobilização nas unidades, os
piquetes, atos de rua, a “ação direta” e debates na base, desnortearam a
REItoria e venceram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isto, no entanto,
também não foi por acaso. Só foi possível graças a uma combinação entre os
“novos e velhos lutadores”, na direção deste combate.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Uma tradição combativa e uma direção
revolucionária: os velhos e jovens lutadores!</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estes exemplos só se
tornaram realidade graças a um elemento fundamental em toda greve, combate e,
até mesmo, revolução. O papel da tradição e da direção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Toda uma camada de
dirigentes, resistindo aos “anos de cão” do Neoliberalismo e, posteriormente,
aos “anos de submissão”, dos movimentos e sindicatos, ao PT no governo,
consolidou, ao longo dos anos, uma tradição que foi capaz de imprimir nos
trabalhadores a “força moral” que mostrou que , quando se luta,
independentemente dos patrões, é possível vencer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Companheiros como
Brandão, Magno e Neli personificam esta tradição que alarma a burguesia,
assustada frente aos 380 dias de greve feitos em 10 anos. Estes, fundidos com o
melhor de uma camada surgida no calor da luta e organizada ao redor do Comando
de Greve, são como uma “espada forjada em brasa”, que continuará a tradição
exemplar dos operários da USP, combinando a tradição e ousadia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para vencer, no
entanto, não basta a “força moral”; é necessária, também, uma compreensão
estratégica de porque se luta, com quem se luta e com que meios se deve lutar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste sentido,
cumpriu um papel central a intervenção revolucionária, como ala minoritária do
SINTUSP, dos militantes da <a href="http://www.ler-qi.org/" target="_blank">LER-QI</a> que, a cada passo, buscaram ligar a luta mais
imediata dos trabalhadores com a compreensão da necessidade de uma nova
sociedade e de uma ação plenamente independente dos trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando muitos teriam
desistido, insistiram que era possível vencer, desde que usassem todas as armas
disponíveis, reconhecessem os aliados e os inimigos e, acima de tudo,
confiassem apenas em suas próprias forças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Recusando-se a iludir
os trabalhadores em busca de “atalhos”, não “embelezaram inimigos”, não
confundiram aliados, disseram apenas a verdade e fortaleceram a idéia de que
todo e cada operário pode dirigir sua greve, sua vida e até mesmo uma sociedade
a serviço de seus interesses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isto demonstrou a
diferença que faz um grupo que busca ligar o mais avançado da vanguarda com a
base, fazendo sua luta se chocar contra os patrões e o capitalismo de conjunto.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, também,
impulsionaram o <a href="http://movimentonossaclasse.blogspot.com.br/" target="_blank">Movimento Nossa Classe</a>, junto de dezenas de trabalhadores, para
cumprir este papel de forjar uma nova camada de direção revolucionária na USP.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um exemplo
emblemático está expresso no exemplo de democracia operária quando, num ato em
que aliados levaram uma bandeira pedindo a liberdade de José Dirceu e outros
“mensaleiros do PT”, abriu-se um importante debate sobre qual posição os
trabalhadores teriam frente aqueles corruptos burgueses. Neste caso, a pressão
fez com que se abaixasse a bandeira e os trabalhadores tiveram a clareza de que
não é de seu interesse prestar apoio aos patrões ou agentes destes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Salta aos olhos aqui
também, as enormes diferenças com organizações de esquerda como o PSTU que,
utilizando o mesmo lema “Não tem arrego”, durante a greve do metrô, na qual
eram direção do sindicato, deram um sentido completamente distinto ao “lema”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Colocando membros da
UGT, CUT, CTB, NCST e outras siglas sindicais ligadas aos patrões na negociação
com o Metrô; prometendo que, caso houvesse demissões, estas centrais fariam uma
greve geral; construindo a retirada quando a greve poderia impedir as demissões;
após as demissões, deixando tudo a cargo do “jurídico” e, durante a greve
construindo uma pauta e prática restrita aos interesses salariais e embelezando
a Justiça e tribunais, levaram a um setor importante da classe operária a
confusão sobre quem são seus aliados, como vencer e a ficar isolado frente aos
enormes recursos de repressão e intimidação que o Governo do PSDB tem em mãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A greve da USP deste
ano já ficou para a história do movimento operário brasileiro pelas vitórias
que obteve frente à dura intransigência e, principalmente, pelas lições que
deixa para todos os trabalhadores do país.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 16.8pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-71594661144929723252014-09-27T23:24:00.001-03:002014-10-02T12:28:50.664-03:00Nota unificada de repúdio ao ataque racista feito pelo professor Edson Leite e seus advogados à estudante da EACH-USP<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Manifestamos
aqui nosso completo repúdio ao ataque racista que o professor Dr. Edson Roberto Leite, ex-vice diretor da EACH-USP, cometeu contra uma
estudante ativista da EACH após a sessão da <span class="st">Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) “das áreas contaminadas”, nessa terça-feira (23/09) na
Câmara Municipal de Vereadores de São Paulo.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="st" style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Edson
Leite havia sido intimado judicialmente para prestar esclarecimentos e em seu
depoimento afirmou cinicamente mais uma vez que não teve relação com as
decisões do aterro ilegal no campus, o que minimamente já evidencia sua
negligência perante a comunidade universitária. Leite também tem um histórico
de autoritarismo: foi o responsável pela entrada da Tropa de Choque no campus
da USP Leste em 2013, que foi acionada para reprimir os estudantes que
legitimamente ocupavam a diretoria exigindo, entre outras coisas, seu
afastamento.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="st" style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Justamente
por isso, após a sessão, estudantes foram questioná-lo e Leite, junto aos seus
advogados, se direcionou a uma estudante negra (linha de frente nessa e em
outras lutas, sendo uma ativista reconhecida no movimento estudantil da EACH) e
numa clara tentativa de desmoralizá-la disseram: “Vá se lavar”. A estudante
respondeu questionando se eles diziam isso pelo fato de ela ser negra e eles
apenas repetiram: “Vá se lavar”. Imediatamente os outros estudantes que ali
estavam pegaram câmeras digitais e outros dispositivos que pudesse gravar essa
declaração racista, mas dessa vez Leite e seus advogados se calaram.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="st" style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Sabemos
que o racismo segue presente em nossa sociedade e na universidade não é
diferente. Ao contrário, como é gritante nesse caso, o racismo é uma questão
que permeia todos os debates sobre educação superior. Sabemos por exemplo que
apesar de serem a maioria da população brasileira, são justamente os negros os
que menos têm acesso às universidades. Esse número despenca assustadoramente
quando se trata das universidades públicas. O caso da Universidade de São Paulo
é ainda mais agravante, pois sua estrutura de poder, que está intrinsecamente
ligada a ditadura militar, se nega a debater medidas de democratização no
acesso, como as cotas raciais e sociais e o fim do vestibular e também medidas de
permanência estudantil, que são as que garantiriam o direito ao estudo àqueles
poucos pobres e negros que conseguem entrar na USP. Nessa universidade, a
maioria dos negros está na categoria de trabalhadores e, dentro dela,
geralmente assumindo os postos de trabalho mais precarizados, como é o caso dos
trabalhadores terceirizados. Na reunião do Conselho Universitário que pautou a
discussão sobre cotas, por exemplo, alguns diretores afirmaram que o índice de
violência na universidade aumentaria caso aumentasse o número de estudantes
negros e/ou oriundos de escola pública. Outro exemplo é a brutal agressão racista
que estudantes da Escola Politécnica cometeram contra um estudante negro dentro
do </span></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Centro de Práticas Esportivas (CEPE) também no ano
passado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="st" style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Por
entendermos por um lado que Leite não é o único racista frente à direção da
universidade e sim que é mais um dos que estão – apoiados na estrutura de poder
autoritária – servindo a um projeto de universidade cada vez mais racista e
elitista e que sirva inclusive aos próprios interesses desse setor e, por outro
lado, justamente pouco depois de uma vitoriosa greve da categoria de
trabalhadores e professores, que mostrou a força dos que realmente constroem a
universidade pública e de qualidade, por vermos como o debate entorno do
racismo e seu combate volta a surgir no cenário nacional, mas também
internacional, não podemos tolerar que criminosos como esse sigam impunes,
fazendo da universidade que deveria ser para todos, um balcão de negócios dos
seus interesses.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="st" style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Colocamos
aqui toda nossa solidariedade a estudante e reafirmamos que não nos calaremos
diante de crimes de racismo dentro da nossa universidade. Seguiremos junto com
ela na luta pela punição a estes criminosos, mas também na luta por um projeto
de universidade não racista e não elitista que sirva aos interesses da
população que a financia.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="uficommentbody" style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 115%;">“Minha cor não é sujeira! Sujeira é a
contaminação da EACH!”<o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="uficommentbody" style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 115%;">“Fora Edson Leite e toda essa corja
corrupta e racista da EACH e da USP!”</span></b></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span class="uficommentbody"><b><span style="line-height: 115%;">Assinam: </span></b></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span class="uficommentbody"><span style="line-height: 115%;">Juventude Às Ruas</span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span class="uficommentbody"><span style="line-height: 115%;">Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional</span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span class="uficommentbody"><span style="line-height: 115%;">Movimento NOSSA CLASSE</span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span class="uficommentbody"><span style="line-height: 115%;">Grupo de Mulheres Pão e Rosas</span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span class="_5yl5" data-reactid=".35j.$mid=11412082144851=2a90720e28d64f29c91.2:0.0.0.0.0"><span class="null">CAELL - Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários - USP</span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">CASI - Centro Acadêmico de Sistemas de Informação - UFRA</span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span class="_5yl5" data-reactid=".3a1.$mid=11412082150951=269761d4e16cb36a522.2:0.0.0.0.0" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="null">Levante Popular da Juventude </span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">DCE - Diretório Central dos Estudantes - UFRA</span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Território Livre</span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0">CEAGRO - Centro dos Estudantes de Agronomia - UFRA</span></span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0">Reconquistar a UNE</span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0">ANEL - </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180944706=251067deb1d83260052.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180944706=251067deb1d83260052.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180944706=251067deb1d83260052.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0">Assembleia Nacional dos Estudantes Livre</span></span></span> </span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180861003=23ec9c85327c1285f03.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0"><span class="_5yl5" data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0"><span data-reactid=".o0.$mid=11412180920139=2c9ff919ba433598c06.2:0.0.0.0.0.0.$end:0:$0:0">FEAB </span></span></span> </span></span></span> </span></span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">SINTUSP</span><br />
<span class="uficommentbody"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></b></span><br />
<span class="uficommentbody"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></b></span><br />
<span class="uficommentbody"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></b></span><br />
<span class="uficommentbody"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-25598670403802403602014-09-12T14:53:00.002-03:002014-09-12T15:17:40.842-03:00Queremos justiça para João Antônio Donati, e também queremos outra sociedade<div align="right" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><i>texto escrito por Bruno Portela publicado originalmente no blog: </i></span></div>
<div align="right" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><i>http://minhavidaealutadeclasses.blogspot.com/2014/09/queremos-justica-para-joao-antonio.html</i></span></div>
<div align="right" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><i>em homenagem aos familiares e amigos de João</i></span></div>
<div align="right" style="text-align: right;">
<span style="font-size: small;"><i> </i> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkrNy42f69Pge-89m4La-_Vu5d0lVhStPfFy6941sT5qtrk9qgy_qlkObX_0kV3e6L3RkTUXLRtY5WF_yOVEn2qCk5JKkFGUhgszFDHGkanahRNWhGkEt9eVFEqsTdpsAJT7QVa0Uu9-E9/s1600/joao2.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkrNy42f69Pge-89m4La-_Vu5d0lVhStPfFy6941sT5qtrk9qgy_qlkObX_0kV3e6L3RkTUXLRtY5WF_yOVEn2qCk5JKkFGUhgszFDHGkanahRNWhGkEt9eVFEqsTdpsAJT7QVa0Uu9-E9/s1600/joao2.jpg" height="400" width="318" /></a><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">João Antônio Donati, jovem de família humilde,
de 18 anos, foi encontrado morto </span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">nessa quarta-feira (10 de setembro) </span>com a boca cheia de sacos plásticos e papeis, num terreno baldio da região metropolitana
de Goiânia. Segundo a polícia, ele apresentava hematomas nos olhos e nariz,
além de aparentemente estar com o pescoço e pernas quebradas. A polícia nega que em um
dos papeis da sua boca havia um bilhete escrito "vamos acabar com essa
praga".<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4567289086693374876#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a>
Não importa. João era assumidamente gay, e ainda que a polícia não queira
afirmar (como geralmente faz) que é um crime de homofobia, nós sabemos que foi,
porque não foi a primeira vez que aconteceu algo desse tipo, inclusive dessa
forma: homicídio carregado com tanta crueldade. O corpo de João foi enterrado
nessa manhã, mas a tristeza de sua morte continua, assim como o ódio contra essa
sociedade miserável em que vivemos. Sinto que com João, nós morremos um pouco,
mas que por ele e por tantos outrxs violentadxs por essa sociedade, devemos
seguir buscando justiça. Coloco aqui toda a minha solidariedade aos
familiares e amigos de João, aos quais também dedico esse texto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> O assassinato de João acontece em meio a um
cenário contraditório, mas que é fundamental que seja analisado para que se
consiga dar uma resposta, não somente a esse caso, mas a todos os outros casos que
vêm acontecendo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Nesse ano, a Anistia Internacional divulgou o resultado
de um estudo que mostra que há um grande aumento de casos de homofobia em nível
internacional, no entanto, o assessor de Direitos Humanos desta afirma que o
Brasil melhorou muito em termos de leis no que diz respeito à comunidade LGBT<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4567289086693374876#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a>.
Ao mesmo tempo que esse tipo de lei “avança”, vemos contraditoriamente um
grande aumento nos registros de homicídios e agressões por motivação de
homo/lesbo/transfobia. É importante também visualizarmos a relação cada vez
mais ampla e intrínseca de setores religiosos e conservadores ao estado, como
aumento da bancada evangélica, financiamento milionário para garantir a vinda
do Papa Francisco I ao país na JMJ, acordos entre candidatos e seus partidos
com setores religiosos e etc. Esse é o plano de fundo em que acontece não só o
caso de João, mas também o de Kaique (que a polícia encerrou o caso dizendo que
foi um suicídio) e de diversos outros casos, evidenciando que nem as “melhorias”
pequenas, alcançadas aqui e ali questionam de fato não somente a homo/lesbo/transfobia,
mas toda a estrutura que a mantém com uma razão de ser. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> Devemos entender que não é a toa que o PLC
122/06 que visa criminalizar a homofobia<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4567289086693374876#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a>
tramita há tantos anos na justiça e que o mesmo motivo que faz com que ele não seja aprovado
é o motivo pelo qual poderá leva-lo a ser “apenas” uma lei no papel, caso ele
seja aprovado em algum momento: o estado e suas instituições servem para manter
“as coisas como estão”, ainda que com discursos diferentes, “quem paga a banda
escolhe a música”, ou seja, os políticos e seus partidos, para se manter no
poder, fazem compromissos políticos com os setores conservadores e religiosos
em troca de financiamento para suas campanhas e projetos, logo, os mesmos nunca
irão afrontar os setores que os financiam, aliás, ao contrário, vão agir
conforme os interesses dos seus patrocinadores. Para além disso, a autonomia
sobre nossos corpos e nossas vidas, em diversos sentidos (seja com o direito de
escolha da mulher sobre a gravidez, a livre construção da identidade de gênero
do indivíduo, a liberdade para exercer sua orientação sexual etc), confronta
diretamente o princípio da família e da moral, essas que por sua vez são
ferramentas fundamentais para a manutenção da propriedade privada, uma das
bases da sociedade capitalista. O que quero dizer com tudo isso, é que não
basta lutarmos pela aprovação de leis que nos reconheçam esse ou aquele
direito, aliás, é perigoso que tenhamos ilusões no estado capitalista e suas
instituições (legislativo, executivo e judiciário, para além é claro da racista,
machista e homofóbica polícia), temos mesmo é que nos organizar conjuntamente e
entender que só através de uma luta incansável conseguiremos acabar com tudo
que nos oprime. O mesmo estado que nos nega nossos direitos, como no caso da
criminalização da homofobia, é o estado homofóbico que é conivente com as
agressões que sofremos, por exemplo, como quando muitxs de nós vão à delegacias
registrar B.O. e os policiais (civis e militares) fazem o possível para que
desistam das denúncias e nunca acham muito menos punem os agressores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Os debates que vêm sendo abertos agora nesse
momento pré-eleições também nos coloca questões para se pensar em
relação à “comunidade
LGBT”, no sentido de pensar qual resposta e com qual estratégia podemos
seguir
na luta contra a homo/lesbo/transfobia. Os três candidatos “principais”
(Dilma,
Aécio e Marina) são financiados por empresas, empreiteiras e todos os
três têm
relações afinadas com comunidades religiosas e setores dos mais
conservadores, ligados por exemplo à ditadura militar. A única coisa que
os três
podem oferecer a nós é a certeza de que os nossos direitos serão
rifados, retirados e
reprimidos sempre que for necessário, basta vermos como tem
acontecido em diversos países da europa, onde os direitos das mulheres,
LGBTs e
outros setores (como imigrantes) vêm sofrendo duros ataques pelos
partidos que
assim como os de cá, são financiados pela burguesia. Mas para além
desses três
candidatos, entendendo que o próprio regime e suas estruturas estão
fundamentados no que há de mais conservador e reacionário, não podemos
nos
iludir que por meio desse regime, ou seja, da sociedade capitalista e
"democracia", poderemos conseguir nossa liberdade de construção da
sexualidade e de
gênero. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">A
nossa miséria sexual anda de mãos dadas com
a sociedade capitalista, a sociedade dos exploradores e dos opressores,
portanto, não há alternativa ou estratégia para a nossa luta que não
passe pela
nossa união enquanto oprimidxs, se aliando com tantos outros setores
oprimidos
que sofrem com a miséria da nossa sociedade, mas principalmente se
aliando com
a classe que justamente é a única que pode se colocar radicalmente
contra os
exploradores e opressores porque é a única que têm interesses
inconciliáveis
com os mesmos: a classe trabalhadora. É essa a resposta que podemos e
devemos
dar, para que consigamos avançar na luta para que não haja mais casos
como os
de João.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br clear="all" /></span></i></span></div>
<hr size="1" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px;" width="33%" />
<div id="ftn1" style="text-align: justify;">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4567289086693374876#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a> <a href="http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/09/policia-acredita-que-jovem-gay-lutou-com-agressor-antes-de-ser-morto.html">http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/09/policia-acredita-que-jovem-gay-lutou-com-agressor-antes-de-ser-morto.html</a></span></i></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br /></span></i></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="text-align: justify;">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4567289086693374876#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a> <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/geral,anistia-internacional-alerta-para-aumento-da-homofobia,1167980">http://www.estadao.com.br/noticias/geral,anistia-internacional-alerta-para-aumento-da-homofobia,1167980</a></span></i></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br /></span></i></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4567289086693374876#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a> <a href="http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=79604">http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=79604</a></span></i></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-8398000684067981032014-09-11T04:04:00.001-03:002014-09-11T04:13:47.140-03:00Quem foi João para os professores da Rede Estadual de Ensino de São Paulo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDM-O90aMXlCsk0q250ZpJ-m1o5OVnoGzlF8cOIYqyYL7UgbK_xgzv2-qxwNi_hsEnjxJxeFNFEuuBsL-oGbpBKppZgeqSlf0buMWJGRJrZ0W0ND0sOhNg1Tfd80eGzdRQsWG6NPfE4NI/s1600/materia-joao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDM-O90aMXlCsk0q250ZpJ-m1o5OVnoGzlF8cOIYqyYL7UgbK_xgzv2-qxwNi_hsEnjxJxeFNFEuuBsL-oGbpBKppZgeqSlf0buMWJGRJrZ0W0ND0sOhNg1Tfd80eGzdRQsWG6NPfE4NI/s1600/materia-joao.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 14.7200002670288px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 14.7200002670288px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="line-height: 14.7200002670288px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Por Guilherme Soares, professor da rede pública estadual de ensino da Zona Norte de São Paulo</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para quem é professor da Rede Pública
do Estado de São Paulo, a morte do João deveria ter tido um pouco mais de
atenção. A ideologia dominante educou os dominados a naturalizarem a
pobreza, ou seja, se tornou algo banal para muitos passar na rua e ver um morador
de rua deitado e nem minimante se perguntar: Por que este ser humano está na
rua? Ou até mesmo: qual é a historia deste individuo que está nas ruas?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">João foi um morador de rua que morreu
na última semana de agosto e que viveu o resto de sua vida na Cidade
Universitária. Ele, nos anos 70, se formou na USP em Letras e começou a
lecionar na rede pública de ensino do Estado de São Paulo. Esteve à
frente da greve de 2000 contra Mário Covas, do PSDB, onde ele e vários outros
professores foram demitidos pela greve e seus métodos de luta, como o
acampamento em frente à Secretaria de Educação Estadual. A partir de então, a
vida de João se degradou e, infelizmente, levou o fim que levou.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeiramente a sua vida se
materializa, antes de mais nada, nas estatísticas de pessoas que não conseguem
arrumar um emprego para poderem minimamente sobreviver neste sistema
capitalista. Ao mesmo tempo, se materializa na ofensiva neoliberal que atacou
os salários dos trabalhadores, as condições de trabalho e os direitos
trabalhistas e sociais, mas também, por muitos anos, na subjetividade dos
trabalhadores em que perderam confiança nas suas próprias forças. João se
materializa também na política neoliberal em favorecimento dos setores privados
em detrimento do setor público.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A morte do João é apenas um ponto para
entendermos a educação pública do Estado de São Paulo, mas ao mesmo tempo a
educação pública de todo o país. Falta professores na rede pública por
conta dos baixos salários, os que estão na rede trabalham mais de duas
escolas para poderem ter um salário minimamente digno e sobreviver. Para além
disso, professores que têm de trabalhar com salas superlotadas e sem
equipamento e com número insuficiente de escolas para cobrir a demanda.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A morte do João é um reflexo de uma
política que fez milhares de pessoas abandonarem a rede pública do Estado de
São Paulo. Como resposta à tal falta de professores, o Estado implementa a
política que criou o professor categoria <i>O</i>. Este não consegue
suprir a carência de professores da rede pública, ao mesmo tempo não possui
direito à falta, usar o hospital público (IAMSPE) e no final do ano é
abandonado pelo Estado para, no ano seguinte, enfrentar novamente as filas da
atribuição (que na Zona Norte foram das 10 horas da manhã até as 5 da
madrugada) para conseguir o seu ganha pão do ano.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Falta de direitos, baixos salários,
desemprego, péssimas condições de trabalho é o receituário neoliberal para a
educação, que foi aplicado à risca pelos Estados. E uma das coisas que não
podem faltar nesse receituário é a política de divisão da classe, a qual se
refletiu em nossa categoria. O governo dividiu os professores entre os
efetivos, os estáveis e os professores categoria <i>O,</i> e com as
derrotas da categoria, provocadas pela burocracia sindical da Articulação, que desmoralizou
a categoria docente estadual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> A morte do João questiona a burocracia da APEOESP</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">João foi demitido, assim como outros
professores que perderam seus empregos e aposentadorias. APEOESP, o maior sindicato
da América Latina, fez absolutamente nada para tais professores demitidos, mas
antes de que caiamos numa lógica antissindical (onde o senso comum prega que
"o sindicato bota o trabalhador na linha de frente, mas na hora do vamos
ver o deixa sozinho’’) temos que discutir o que é a burocratização dentro do
sindicato.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A primeira reunião da diretoria
estadual da APEOESP, após eleições sindicais, foi meramente para discutir os
privilégios dos diretores. A APEOESP virou uma máquina de privilégios em que
grande parte dos diretores têm uma vida totalmente distinta da que vive a
categoria. E quando existem privilégios, é bem comum cairmos na lógica do
‘’deixa cuidar do que é meu’’. E foi isso que aconteceu no caso de João,
enquanto Bebel, o Felício e toda a burocracia estão cuidando "do que é
seu", um professor que fazia parte da categoria e da classe trabalhadora
morreu.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tal burocratização do sindicato se deve
ao atrelamento do sindicato ao Estado burguês, onde os "dirigentes da
categoria" recebem inúmeros privilégios para servirem de correia de
transmissão da burguesia dentro em meio aos trabalhadores. As reformas dentro
da época imperialista só podem vir através de migalhas para os trabalhadores,
prova disso é a política de bônus para a categoria.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A categoria dos professores
protagonizou uma importante greve em 2000 e o seu principal obstáculo foi a
direção da APEOESP. A partir de então, aconteceu uma imensa desmoralização
dentro da categoria, e os professores passaram a não ter o mesmo poder de
reação como tiveram naquela greve. É preciso que nossa categoria ande em
conjunto com o espírito de junho e dos garis do Rio de Janeiro, o qual mostrou
que a luta é a saída para as mazelas do capitalismo. Mas para isso é preciso
que os professores recuperem a APEOESP e retomem seus métodos de
auto-organização. Assim, conquistaremos nossas demandas e reverteremos essa
situação.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6359816978215826055.post-36005668091742357492014-09-11T03:50:00.001-03:002014-09-11T04:08:02.144-03:00A morte de mais um joão-ninguém<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBGFbQAtjHegKmixy9oKhb45Bs9P-6gbq1MScvEsnVfsyRyHrI5gYKZhpJcaDCHtPe2PWM9Qy7UE6Pmtw_GIk4OITifFkw2Os8kSF4jGRr3lhpOITCIInQITYroAZrQhfGdcw0X7_TyO0/s1600/jo%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBGFbQAtjHegKmixy9oKhb45Bs9P-6gbq1MScvEsnVfsyRyHrI5gYKZhpJcaDCHtPe2PWM9Qy7UE6Pmtw_GIk4OITifFkw2Os8kSF4jGRr3lhpOITCIInQITYroAZrQhfGdcw0X7_TyO0/s1600/jo%C3%A3o.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Por Fernando Pardal</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ontem a
greve da USP completou cem dias.<span style="font-size: xx-small;">[1]</span><span class="apple-converted-space"> </span>Cem dias
de uma luta heroica, contra a polícia, o governo e a mídia. Uma luta que começa
motivada por um arrocho salarial, ou seja, um ataque às condições de trabalho
na universidade, mas que em seu decorrer transcendeu em muito essa luta,
mostrando que o arrocho salarial era apenas a ponta do iceberg. O ataque à
universidade, por mais que ela seja hoje uma ilha de elitismo, é um ataque à
população de conjunto, pois essas "reformas" irão elitizá-la cada vez
mais e tirar o que ela ainda tem de público, como o atendimento no Hospital
Universitário, que a reitoria pretende desvincular da universidade para, logo,
passar às mãos de alguma empresa privada disfarçada de OS (organização social).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para
continuar a luta, os trabalhadores da USP e das estaduais paulistas fizeram um
enorme ato, que foi até a porta da reunião de negociação com o Cruesp (Conselho
dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) cantar a plenos pulmões
aquilo que se tornou o lema dessa greve, tomado dos garis do Rio: Não tem
arrego!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas esse
texto não é sobre nada disso. É sobre algo que acontecia paralelamente, enquanto
essa luta ocorre. É sobre um cadáver encontrado ao lado do bloco F do Crusp,
virando logo uma "fofoca do dia" na universidade. Ou, mais
precisamente, sobre a pessoa que se tornou, naquela madrugada fria, um cadáver
que ficou ali estendido, por horas, tomando chuva, até que fosse encontrado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pessoa
por trás desse corpo era João. Eu nunca conversei com ele, mas sempre o via por
aí. As últimas vezes que em que o encontrei foi no acampamento que os
trabalhadores da USP ergueram diante da imponente reitoria da universidade,
como um marco de sua luta. João aparecia lá. A história dele eu não sabia. Como
todo mundo que anda pela USP sabe, ali é um lugar em que circula uma grande
quantidade de "loucos": Gautiê, Piauí, João...<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eles são
gente que não tem lugar nessa sociedade. Não vendem seu trabalho, não geram
mais-valia e, portanto, nessa sociedade não têm valor algum. São jogados à rua,
jogados à sua própria sorte. São olhados de canto, com medo, pelas
"pessoas de bem". Ficam na USP porque sabem que ali é, de certa
forma, um lugar um pouco menos hostil, que ali existem muitos trabalhadores e
estudantes que repudiam a presença da polícia, que para eles sempre representa
um perigo. Que ali, muitas vezes encontrarão alguém disposto a conversar, a
ceder uma bebida, uma ponta de um baseado, alguma coisa que os lembre que eles
também são gente, como os outros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essas
pessoas não nasceram na condição de párias sociais. É esse mundo, de um jeito
ou de outro, que os joga, pelas piores formas possíveis, nessa situação. Nossa
sociedade fecha os olhos para isso, finge que não é com ela. É o
"liberalismo aplicado à vida": cada um cuida do seu, e foda-se os
problemas do vizinho. João é mais um destes, que não nasceu como um sujeito
maltrapilho que andava pela USP. Eu não sei quase nada da sua vida. Mas sei que
ele foi um professor da rede pública de ensino do estado de São Paulo, e que,
como muitos outros, foi perseguido por lutar em defesa da educação pública. Na
histórica greve de 2000, o governo de Mario Covas do PSDB, muitíssimo bem
auxiliado pela burocracia sindical do PT que dirige o sindicato dos
professores, conseguiu consolidar a correlação de forças que até hoje persiste
nessa categoria: o governo os massacra, impõe novos ataques a cada dia,
precariza impiedosamente todas as suas condições de trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nenhuma
categoria de trabalhadores é derrotada sem resistência. E os professores, hoje
uma categoria que é marcada por muitas derrotas, resistiram bravamente. Essa
resistência foi feita, como hoje a luta da USP, contra a polícia, o governo, a
mídia. E tinham ainda um outro obstáculo, que era seu próprio sindicato. Os
protagonistas dessa luta foram milhares de homens e mulheres que estavam - ao
contrário dos diretores do sindicato - sofrendo a cada dia nas salas de aula a
precarização de seu trabalho. Entre eles estava João. Para que o governo
vencesse, ele precisou derrotar essas pessoas. E na greve de 2000 vieram muitas
demissões. Caçaram a aposentadoria de Tonhão, um lutador que conheci também nas
greves da USP, nas quais participa levando seu apoio. Exoneraram João.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que
aconteceu com João depois disso? Eu não sei. Não era seu amigo, nunca conversei
com ele. Mas sei do que esse mundo é capaz para derrotar um peão que ousa
levantar a cabeça para enfrentar seus patrões. E, o que quer que tenha passado
pela vida de João depois de sua demissão por lutar, foi o que o levou a virar
um peregrino da USP, andando maltrapilho por aí. Das pessoas que conversavam
com ele, ouvi muitas coisas: que ele tinha momentos de lucidez, em que contava
as histórias de sua luta, e outros de embriaguez - é muito provável que tenha
se tornado alcóolatra. Sobre esses outros momentos, há histórias nada bonitas
de João: que assediava as meninas, que ameaçava.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dou
crédito a essas histórias porque as ouvi de muitas pessoas, inclusive pessoas
em que confio. Mas não atribuo apenas a essas histórias o "mérito"
por ter ouvido comentários como esse sobre a morte de João: "Sinceramente?
Ainda bem que morreu. Foi tarde. Só metia medo nas pessoas. Não sei como
permitiam uma pessoa dessas ficar solta pela USP e colocar medo nas
estudantes."<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os
comentários como esse devem ser feitos às dezenas nas conversas da USP. Quando
não são públicas, como no caso acima, devem ser ainda piores. Não defendo em
nenhuma instância a atitude de João de assediar as meninas, independente da
forma como o fizesse. É uma dessas monstruosidades que ocorrem mil vezes por
segundo em nosso mundo, um testemunho inequívoco da podridão de nossa
sociedade. Isso, no entanto, está muito longe de ser tudo o que João era ou fez.
A mesma sociedade que o ensinou a assediar as mulheres foi a que lhe tomou seu
trabalho, seu sustento, lhe impôs uma vida de andarilho e alcoolatra. Sobre
isso, essas vozes "revoltadas" calam. A mesma sociedade que ensinou
João a assediar as mulheres é a que ensina cada estudante endinheirado da USP a
fazer a mesma coisa; mas eles não são barbudos maltrapilhos que não tomam
banho: são garotos perfumados, com roupas caras, malhados da academia, que o
fazem em festas open bar promovidas pelas suas atléticas, onde eles se
embebedam sem o olhar condenador de sua<span class="apple-converted-space"> </span>
sociedade, e onde podem tratar as mulheres como objetos sexuais sob a
conivência de todos, inclusive de grande parte dos que se revoltavam com a
forma como João assustava as estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando
João deu o melhor de si para o mundo, que foi colocar em jogo o seu ganha-pão
para defender uma escola digna para os filhos dos trabalhadores, ele foi punido
com todo o "rigor da lei". Quando ele passou a ser um
"vagabundo" andando pela USP, nenhuma instituição dessa sociedade se
preocupou com isso. Quando ele morreu, largado, possivelmente de frio, no mesmo
lugar em que estuda a elite desse país, que vai ali se formar para garantir a
continuidade desse mundo tal como ele é, e de tudo o que fizeram com João durante
sua vida, nesse momento muita gente lembra que João existiu. Não do que ele fez
para transformar esse mundo; lembram-se da sua aparência assustadora. Comemoram
sua morte. E, amanhã, já terão esquecido dele para sempre, embriagando-se com
as possibilidades que a vida lhes oferece. As possibilidades que foram
arrancadas brutalmente de João e de tantos bilhões de outros todos os dias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por todos
esses, seguimos lutando. Para que ninguém mais morra, após ser derrotado em uma
luta pelo mundo, largado no relento, tratado como alguém que não merece o
melhor que a humanidade é capaz de criar. A greve da USP e tantas outras lutas
que travamos, sem desistir, é por isso. E, se amanhã, algum lutador entre nós
tiver o mesmo destino que João, que continuemos lutando, incansavelmente, para
que isso nunca mais aconteça, e que às mortes de todos esses seja feita
justiça.</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[1] Texto publicado dia 04/09/2014 em <a href="http://jogodevoce.blogspot.com.br/2014/09/a-morte-de-mais-um-joao-ninguem.html" target="_blank">Entropia Dialética - A morte de mais um joão-ninguém</a></span></div>
Juventude Às Ruashttp://www.blogger.com/profile/09383557563995883414noreply@blogger.com0