Juventude às Ruas!

Fim do massacre ao povo palestino! Fim dos ataques do Estado de Israel à Faixa de Gaza! Palestina LIVRE!!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

NOTA DE APOIO À LUTA DAS E DOS ESTUDANTES DA EACH EM DEFESA DOS ESPAÇOS ESTUDANTIS

     Quarta-feira 25/02, dezenas de estudantes da EACH USP (USP Leste) organizadas/os em assembleia decidiram pela ocupação do espaço da incubadora no campus. As/Os estudantes reivindicam um espaço estudantil que atenda as suas demandas, já que o espaço que eles tinham foi desapropriado pela direção em pleno período de férias do início do ano (dia 27/01), sendo essa a terceira vez que a direção ataca os espaços estudantis nos últimos 3 anos. Não é de hoje os esforços do movimento estudantil do campus de dialogar (sem resposta) com a direção em seus órgãos representativos exigindo que se debatesse essa questão que vem se arrastando há tanto tempo, por isso consideramos essa uma luta legítima em seu conteúdo e método.
      Os espaços estudantis (e de trabalhadores) são de extrema importância para a organização política e socialização. Por isso, nós da Juventude Às Ruas! nos colocamos lado a lado a esses lutadores e lutadoras, apoiando e construindo a mobilização junto com esses que já começaram o ano em movimento, e em plena calourada estão se mobilizando.
     Apenas com a luta poderemos arrancar os nossos direitos, não somente o espaço estudantil, mas também a descontaminação da EACH, verdadeiros programas de permanência e tantos outros problemas vivenciados pelo conjunto dos setores que realmente constroem a universidade. Chamamos a todas as organizações e entidades a apoiarem política e financeiramente essa luta legítima.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Juventude Às Ruas realiza importante oficina na USP




Nesta quarta-feira, dia 25/02, ocorreu a primeira atividade da Juventude Às Ruas da USP em 2015, onde realizamos uma oficina com o tema "Nem água na torneira, nem pátria educadeira".


Em formato de roda de conversa, a discussão foi aberta por Odete, estudante de Letras da USP, que nos forneceu um completo panorama das lutas que se apresentam na universidade hoje, onde os cortes dos governos já começam a ser sentidos e os problemas tendem a se aprofundar, como é o caso da crise hídrica que já atinge também as universidades e pode ter graves consequências para seu funcionamento.


Os cortes do governo precarizam a universidade também com as recentes demissões de trabalhadores, em que o REItor Zago deu inicio ao Programa de Demissão Voluntária que já teve mais de mil e quatrocentos funcionários adeptos sem que seus postos de trabalho sejam preenchidos por novas contratações, o que gerou fechamento de bandejões, não abertura de vagas nas creches e uma crescente precarização das condições de trabalho na USP.


Também pudemos ter mais acesso às informações sobre este sucateamento das condições de trabalho na universidade com o relato de Babi, trabalhadora do Hospital Universitário, que além de nos contar sobre as importantes batalhas que fizeram na greve do ano passado para defender a saúde pública da região, o que unificou os trabalhadores e lhes deram força para vencer, também nos apresentou a situação degradante em que os trabalhadores se encontram hoje no HU, por conta dos ataques da REItoria e do governo que buscam sua privatização e sucateamento.


Outro importante debate que fizemos em nossa oficina, com a presença da Patrícia, trabalhadora da FFLCH, foi o caso da Biblioteca da faculdade, que nesta semana de calourada se encontra fechada por causa de contaminação cancerígena em alguns de seus livros. Isso levou os trabalhadores a terem que enfrentar a direção de Sergio Adorno para que os livros fossem isolados e os funcionários não sofressem mais com os problemas de saúde que a contaminação já vinha gerando. Patrícia nos relatou a força que os trabalhadores vinham tendo neste conflito, assim como a intransigência da direção, que não queria retirar os livros contaminados da biblioteca mesmo sabendo do risco à saúde eles representam.


Contamos em nossa roda de discussão com professores da rede estadual de ensino, que nos apresentaram a calamidade que se encontram as escolas devido a não contratação de professores neste ano. Com salas superlotadas, professores desempregados, e o ensino público atacado como um todo, as professoras presentes nos deram a perspectiva de que a categoria entre em greve já na sua primeira assembleia do ano, dia 13/03. Isto será um primeiro momento importante de luta contra os ataques do governo, onde os professores de São Paulo poderão seguir os professores do Paraná, que deram verdadeiras aulas de como se luta contra os cortes: fazendo greve, indo às ruas e ocupando assembleia legislativa para barrar os pacotes de ajustes que o governo de lá queria implantar.


Os ingressantes saudaram a oficina como um espaço muito importante de discussão, apresentando a vontade de levar aquelas informações para todos os que estão entrando na universidade esta semana, reforçando a perspectiva de que este ano será necessária uma ampla unidade entre nós estudantes, com profundos debates, para que possamos fazer frente aos ataques dos governos à educação pública e às condições dos trabalhadores em geral.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A crise da UERJ precisa de uma resposta à altura

Por Carolina Cacau, coordenadora do Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ e militante da Juventude Às Ruas.



A UERJ está em uma imensa crise. Atrasam bolsas estudantis e dos residentes, atrasam salários dos técnicos e professores contratados, constantes quedas de energia, salas de aula sem climatização em meio a um verão com recorde de calor, déficit de professores e neste momento a escandalosa situação de centenas de famílias que passam fome pelo atraso de já dois meses nos salários dos terceirizados da limpeza, manutenção e segurança. E esta situação, se não a derrotarmos tende a se repetir e piorar nos próximos meses.


Esta precarização da universidade atinge a toda educação e a saúde da população atendida pelo Hospital Pedro Ernesto, mas antes de mais nada atinge os negros. Justamente na universidade que era um símbolo nacional por ser a primeira universidade a ter cotas, quem fica sem salários são os terceirizados, em sua maioria negros, e os bolsistas, que são em uma grande parcela justamente os negros cotistas. Ou seja esta precarização da UERJ é também sua elitização e “embranquecimento”.


Quem faz estes ataques? O reitor Vieiralves que atua de forma ditatorial na universidade, fazendo tudo via decretos e sem a menor discussão com a comunidade universitária sobre o que deve ser priorizado, como ela deve funcionar. E isto é feito sob as ordens do Governador Luiz Fernando Pezão que está implementando um corte em todo o funcionalismo. Ele anunciou um corte de 25% no orçamento de custeio em todas as áreas no Estado do Rio de Janeiro. Com a queda da arrecadação no estado do Rio de Janeiro pretendem arrochar os salários, cortar verba nos serviços públicos, como na saúde e educação, aumentar várias tarifas e impostos, como luz e transporte, ao mesmo tempo continua milionárias isenções de impostos às grandes empresas e continuam as obras faraônicas das Olímpiadas, entre outras.. Na UERJ, UEZO e UENF, o ataque vai atingir maiores proporções: na última semana Pezão declarou que cortará 144 milhões das estaduais. Ou seja a atual situação da UERJ só tende a piorar.


Um ataque neste nível exige uma resposta à altura: a perspectiva que estudantes, trabalhadores e professores construam uma grande greve massiva, que mobilize dezenas de milhares em cada unidade e curso para barrar este ataque. É preciso que uma forte greve de todos os setores da universidade que permita defende-la mas também reorganizá-la, democraticamente, escolhendo sua forma de funcionamento, financiamento, etc. Para avançar em organizar uma força e perspectiva como esta que nós propomos todos os setores da universidade: estudantes, funcionários, professores, terceirizados, trabalhadores do Hospital Universitário Pedro Ernesto, e CAP à construir um Congresso da UERJ que debata a luta que precisaremos travar e um programa com o conjunto da universidade para responder a crise. Um espaço como este é fundamental para a construção da luta e que fortaleça com uma saída de fundo a greve em unidade desde a base de todos setores.