Juventude às Ruas!

Fim do massacre ao povo palestino! Fim dos ataques do Estado de Israel à Faixa de Gaza! Palestina LIVRE!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Panfleto UFRJ: BASTA DE DCE OMISSO!!!

BASTA DE DCE OMISSO!!!
ALIADO DOS GOVERNOS E DA REITORIA.
POR UM DCE PROPORCIONAL DE LUTA, DEMOCRÁTICO E PELA BASE



Estudar na UERJ hoje significa aprender a driblar os obstáculos impostos pelos ataques que precarizam a educação pública. Faltam bolsas no valor adequado para se viver nesta cidade, faltam professores, e por isso turmas inteiras de alguns cursos correm o risco de perder semestres, é constante a falta d'água nos bebedouros e banheiros. Enquanto isto, Pezão blindado pela REItoria, veta  o repasse de 6% do orçamento que deveria ser investido nas universidades do Estado. Esta casta corrupta de políticos não está a serviço para gerir a universidade pública, mas para desmontá-la, são responsaveis diretos pela crise da universidade.  Beneficiam  os interesses dos empresários, tem salários exorbitantes, estão envolvidos em escandalos de contratação de funcionários fantasmas. Cedeu espaço da universidade à Globo para que cobrisse a Copa do Mundo, assim como colocou a UERJ à serviço de ser estacionamento da FIFA. Até hoje não sabemos onde está a dinheiro desta grande negociata feita às costas dos estudantes, dos técnicos e dos professores, mas já sabíamos há muito tempo que não seria para aumentar o valor das bolsas de assistência e das condições mínimas para estudar, mas sim para encher os cofres



A CRISE DA UERJ É ESTRUTURAL, é a REItoria aliada com o governo do Estado do Rio de Janeiro, que prefere investir bilhões nas UPPs que matam Amarildos e Cláudias todos os dias, enquanto os negros e os estudantes de baixa renda tem que dar o seu suor para se manter dentro da UERJ.


A partir de 2015 enfrentaremos no Brasil os efeitos da crise, Dilma já anuncia ajustes na economia, corte na saúde e a educação pública será um dos primeiros setores a sofrerem ataques do governo. A atual gestão do DCE, que abandonou o mandato depois de quase dois anos  sem convocar eleições é aliada da REItoria, do Governador Pezao e do governo Dilma,  aliança contra os estudantes que vão resistir à estes ataques. Por isso queremos arrancar estes burocratas do DCE, e tornar esta entidade uma ferramenta  para as lutas do movimento estudantil, ao invés do freio que tem sido até hoje. O DCE precisa estar à altura dos desafios colocados pela atualidade
Nós da Juventude Às Ruas que construímos o  CASS junto à vários independentes, Defendemos  os  que as entidades tem que ser democráticas (PROPORCIONALIDADE), para que todas as posições  possam se expressar democraticamente. Que o DCE se coloque a tarefa de organjzar pela base, com assembleias democráticas que sirvam para organizar os estudantes para lutar por permanência  estudantil, para que os estudantes sejam sujeito da própria luta contra a reitoria e os governos. Temos a ambição de levar os exemplos que construímos junto as integrantes da gestão do CASS, para o DCE, e todo o movimento estudantil da UERJ.


Nós da Juventude às Ruas colocamos a PROPORCIONALIDADE como primeiro passo pra derrubar o governismo do DCE. É Fundamental construir essas fundações necessárias para começar tornar as entidades estudantis mais democráticas e colocá-las a serviço do conjunto dos estudantes e trabalhadores da UERJ. As bases escolheram proporcionalidade. Chamamos a todos os estudantes a votarem pela PROPORCIONALIDADE entre os dias 9 e 11 de dezembro.


É FUNDAMENTAL que toda a esquerda faça esta campanha, caso contrário, serão CONIVENTES com a vitória do governismo na nossa entidade, deixando o caminho livre para mais um ano de DCE omisso e pelêgo. Sofreremos os ataques do governo completamente desarmados.A melhor forma de varrer o governismo é atuar em cada curso, construindo na base a luta dentro e fora da universidade.
Por isso não comporemos a formação de chapa da esquerda tradicional,  que não construiu com peso nenhuma luta dos estudantes, no entanto, agora darão todo peso para a disputa de cadeiras no DCE. não vemos exemplos práticos nas gestões de CAS dirigidas pela esquerda tradicional. Só  o movimento estudantil organizado pode dar uma resposta para a luta por permanecia e para varrer o governismo do DCE.



Nós da Juventude às Ruas Fazemos um CHAMADO a todos os estudantes que concordem que para construir uma forte luta contra essa estrutura de poder corrupta que é a REItória do VieiraAlves, o primeiro passo é a luta pela vitória da PROPORCIONALIDADE.
POR UM DCE PROPORCIONAL, DEMOCRÁTICO, QUE CONSTRUA A LUTA PELA PERMANENCIA DOS ESTUDANTES E CONTRA A CORRUPÇÃO DA REITÓRIA COM ASSEMBLEIAS DESDE AS BASES!!!


REUNIÃO QUARTA FEIRA 26/NOVEMBRO 18H HALL DO 9ª ANDAR


www.juventudeasruas.blogspot.com.br

Uma segunda onda de mobilizações da juventude no mundo

Nas últimas semanas, México, França e Hong Kong estiveram no centro das mobilizações de juventude de todo o mundo. Desde a eclosão da crise capitalista em 2008, a juventude vem cumprindo um papel social e político de protagonismo entre os que saem a enfrentar as consequências desta. É um dos setores mais atingidos pelas políticas de precarização do trabalho, pelas consequências dos cortes, pelo desemprego e pela pobreza. Com diferentes alcances e limites, poderíamos tomar estas últimas mobilizações como uma nova onda após as grandes manifestações que haviam tido forte presença da juventude: os jovens da Praça Tahrir, os indignados do Estado espanhol, Occupy Wall Street, o movimento da juventude antifascista na Grécia e as enormes manifestações nas ruas do Brasil no início deste ano. Além disso, foi a juventude negra nas periferias de Missouri que enfrentou a polícia militarizada após o assassinato de Michael Brown, nos Estados Unidos.

México. Os estudantes acenderam o pavio.

Sem dúvida, o desaparecimento dos 43 normalistas em Ayotzinapa se transformou em um problema estatal e geopolítico de magnitude, não só para o governo mexicano, mas também para os Estados Unidos, que compartilha com esse país milhares de quilômetros de fronteira. O desaparecimento dos jovens desencadeou um profundo sentimento de insatisfação de amplos setores da população que adotaram o grito de #YaMeCansé para expressar o profundo rechaço deles ao regime. O grito que pede a aparição dos normalistas "Vivos os levaram. Vivos os queremos" foi aos poucos se misturando com a denúncia dos responsáveis políticos pelos desaparecimentos: “Fora Peña Nieto” e uma fogueira com sua figura no centro do Zócalo, em uma manifestação de centenas de milhares de pessoas, foi um exemplo de que é o conjunto do regime político e sua decomposição que aparecem no centro do questionamento.

O ataque aos jovens normalistas que estavam se mobilizando para arrecadar fundos frente à comemoração do massacre de Tlatelolco acabou abrindo uma rachadura de difícil conserto para o governo, sendo que o fenômeno de juventude/ estudantil nas mobilizações, com demonstrações importantíssimas como as assembleias massivas na UNAM, começa a confluir com o conjunto dos setores que se puseram em movimento: professores, pais, funcionários públicos, camponeses e setores médios.

França. Nos temem porque não tememos

O medo parece estar empurrando algumas decisões do governo francês.
O assassinato no sul do país do jovem Rémi Fraisse, militante ambientalista que protestava contra a instalação de uma represa detonou uma série de manifestações, passeatas e protestos que receberam uma resposta contundente do governo: proibição das manifestações, repressão aberta, 21 detenções e 16 processados. Algumas universidades até foram fechadas para evitar a confluência dos estudantes e dissipar as tendências à organização. A política de Hollande frente ao incipiente mas decidido movimento dos estudantes secundaristas que tinham começado uma série de ocupações de institutos passou da esfera educacional; agora quem está cuidando da questão é a mesma polícia dando caminho à aberta militarização dos distritos populares da "Grande Paris". A polícia montada transitando pelas ruas de Saint-Denis é uma imagem crua da firme decisão do governo de enfrentar a mobilização juvenil com mão pesada tentando evitar um possível "efeito de contágio". Aqueles que se lembram das manifestações de 2006 e da radicalidade dos protestos na Banlieu Parisina, quando se incendiava os carros policiais colocando em questão a "ordem" em Paris, perceberão a preocupação do governo em conter o protesto.

Hong Kong. Fecham-se os guarda-chuvas?
Após quase 8 semanas de protestos, os guarda-chuvas parecem estar se fechando nas ruas de Hong Kong. Depois dos primeiros momentos em que milhares de manifestantes lotaram as ruas com seus guarda-chuvas abertos, resistindo às tentativas de dispersão por parte da polícia e gerando um impacto no centro do gigante asiático, parece que as manifestações estão entrando em um certo refluxo. A estratégia de ocupar as ruas começa a mostrar os seus limites e agora são só alguns acampados os que ficaram no centro da cidade. A estratégia do governo foi apostar no desgaste, sabendo que, ainda que houvesse objetivos comuns que davam vida ao movimento, não estava clara qual era a política dos jovens dos guarda-chuvas para conquistar suas demandas. Nos últimos dias, o grau de desaprovação dos protestos e ocupações chegava a 70% da população de Hong Kong.

Da ação às conclusões políticas

Ainda que com muitos limites, tanto nos objetivos que se propõem quanto nos meios para alcançá-los, as manifestações de diferentes setores da juventude continuam expressando de forma distorcida e não linear, uma resposta – ainda que elementar – às consequências da crise capitalista dos últimos 6 anos. Pela própria dinâmica da crise e os limites ao desenvolvimento de seus traços mais catastróficos, as respostas ainda são limitadas, mas marcam uma tendência ao questionamento de diversos aspectos do regime e dos governos. A onda anterior de mobilizações – de maior intensidade e impacto político global – em que a juventude havia sido um ingrediente essencial teve rumos diferentes, ainda que em todos os casos estas caracterizassem-se pelo objetivo "negativo" de suas reivindicações. No momento, os fenômenos juvenis estão fazendo uma experiência política em uma situação onde o movimento operário ainda não aparece à frente das reivindicações e demandas de setores sociais mais amplos.

O lema dos indignados contra a casta política e contra a monarquia, que foi canalizado pelo PODEMOS como fenômeno político no Estado espanhol, é uma mostra de que as experiências políticas e de luta que a juventude está fazendo ao redor do mundo ainda têm um longo caminho a trilhar no que diz respeito à luta de estratégias. Em certo sentido, as respostas de setores da juventude mostram que se encontra politicamente muito mais atrasada do que expressam suas tendências para a mobilização, coordenação, confronto com a polícia, etc.

Na Argentina, onde não assistimos à manifestações massivas, a insatisfação que atravessa os jovens e trabalhadores vem se expressando de maneira muito mais paciente, mas com mais força política e clareza sobre quais são as alternativas para superar "pela esquerda" os problemas do momento. O fato de que os setores que rompem com o governo encontram uma esquerda revolucionária, expressa no PTS e na FIT, com alguns pontos de apoio em locais de trabalho e estudo, com deputados e com presença nacional, faz muito mais simples a tarefa de apontar uma via de organização a uma juventude que, por mais que ainda não seja um ator de grandes demonstrações de força, vem fazendo uma experiência sustentada com os principais conflitos operários que ocorreram nos últimos tempos. O fortalecimento objetivo e subjetivo do movimento operário, e de uma esquerda que é parte fundamental desse desenvolvimento, deve ser considerado dentro do "capital" com o qual conta a juventude trabalhadora e estudantil para conquistar suas demandas, e mais em geral, para propor-se a construir uma força revolucionária com chances de cumprir um papel central em momentos de maior crise.

Parte dos problemas postos para uma nova geração de jovens de todo o mundo parece uma obviedade, mas não é. O problema da revolução como uma saída para os grandes problemas que a crise capitalista põe em questão, deve voltar ao centro dos debates dos movimentos e organizações de juventude em todo o mundo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Na Filosofia-UFMG os estudantes votaram pela continuidade de uma entidade militante

Francisco L. - Coordenador do CAFCA

A Chapa Outros Junhos Virão (independentes + Pão e Rosas + Juventude às Ruas) venceu as eleições do CAFCA e será no próximo ano a gestão do Centro Acadêmico de Filosofia da UFMG. O resultado (63 votos na chapa x 4 brancos) mostra o que a burocracia estudantil petista, que hoje paralisa a maior parte dos C.A.s, D.A.s e o D.C.E., quer esconder: os estudantes apoiaram a gestão do último ano e disseram "Queremos entidades militantes e democráticas!". Nas eleições do último ano havíamos derrotado, com a Chapa Jornadas de Junho, a chapa opositora (PT e independentes), que abandonou o espaço que lhe cabia na gestão proporcional e democrática que implementamos. O abandono deste espaço por parte da chapa governista desmoralizou essa corrente frente aos estudantes, e neste ano não formaram uma chapa.
Se fortaleceu um projeto de Movimento Estudantil independente dos governos e da reitoria, que junto aos trabalhadores e à juventude de fora da universidade pública procura questionar o caráter de classe desta instituição que serve aos empresários, contra o projeto de educação de Dilma e do PT, lutando pelo fim do vestibular, pelo fim da terceirização (e a efetivação de todos trabalhadores terceirizados), pela derrubada da atual estrutura de poder e para colocar a universidade e seu conhecimento a serviço dos trabalhadores e do povo explorado e oprimido. Ao contrário do que dizem as correntes de esquerda como PSOL e PSTU, que se adaptam ao regime universitário e à despolitização construída pela burocracia estudantil governista, no último ano mostramos como é possível construir esta ferramenta (uma entidade militante), como os estudantes entendem estas ideias e as tomam pra si. Ao longo do ano fomos certamente a entidade estudantil mais ativa da UFMG (desde um pequeno CA), organizando blocos dos estudantes do curso para ir às manifestações contra o aumento das passagens (onde levantamos a necessidade da estatização do sistema de transportes sob controle dos trabalhadores e usuários), questionando a utilização do campus público para a Copa do Mundo da FIFA e a presença da PM (com uma paralisação e aula pública na rua, com a presença de mais de 150 estudantes), prestando solidariedade às greves de BH e do país (por meio de um comitê de solidariedade aos trabalhadores votado em assembleia estudantil do curso) e organizando diversas atividades contra as opressões, pelo direito ao aborto, contra a homofobia e contra o racismo.

Na próxima gestão levaremos à frente uma campanha pela abertura de todas informações sobre matrícula e currículo para nos apoiarmos nisto e exigirmos democracia (cada cabeça um voto, estudantes, funcionários e professores) nas decisões sobre o curso, uma demanda que sabemos que a burocracia do departamento não concederá com facilidade e exigirá dos estudantes mobilização e combate a ela. Também buscaremos fazer com que as secretarias se tornem referências militantes (como foi a Secretaria de Mulheres e LGBT na gestão passada), gerando ativismo de base em torno a cada uma delas. Na nossa campanha mostramos como o questionamento de cada problema que vivem os estudantes na sala de aula, seja por más condições na infraestrutura, pelo produtivismo do curso ou a pela falta de assistência estudantil que reproduz e se aproveita das opressões da sociedade (como a falta de assistência aos estudantes negros ou a falta de creches para as mães) se liga ao projeto que implementa a burocracia universitária privilegiada, que “tapa os poros” da universidade e a coloca a serviço dos empresários e dos governos. Organizar os estudantes desde a base para questionar profundamente o caráter destas universidades que têm regimentos herdeiros da ditadura, é o caminho para colocar o movimento estudantil como ator nacional que possa se ligar aos trabalhadores e ao povo oprimido, para revolucionar a universidade e lutar pelas demandas de toda população, que emergiram em junho de 2013 e nas grandes greves deste ano, e que Dilma, aliada à direita e a diversos setores reacionários, já garantiu desde a campanha – e agora mostra nas ações – que não concederá.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Na UFRJ, é preciso avançar para ter um movimento estudantil democrático, combativo e pela base

Encerraram na última quinta-feira (06) as eleições para o Diretório Central dos Estudantes – Mario Prata da UFRJ, entidade máxima de uma das maiores universidades do país, em um universo de mais de 40 mil estudantes.

Ganhou a chapa da esquerda “Quero me livrar desta Situação Precária”, composta por Nós Não Vamos Pagar Nada (RUA-PSOL e independentes), Correnteza (PCR) e UJC (PCB),que eram parte da última gestão, somados ao Coletivo Marxista e Não Vou me Adaptar (PSTU e independentes), com mais de 1000[1] integrantes, saiu com um saldo de 74% dos votos válidos (7612 votos), barrando a chapa branca da UNE (Kizomba e UJS).

A chapa da esquerda  focou sua campanha na assistência estudantil e permanência. O apelo, e por isso, a alta votação se deve à realidade da universidade hoje. Sem vagas para o Alojamento, que por sua vez está caindo aos pedaços, sem a possibilidade de se alimentar em restaurantes universitários e com o transporte caro, faz com que estudar, mesmo em uma universidade pública, continue sendo um privilégio para poucos, aumentando as evasões.

Um estudante de baixa renda ou filho de um trabalhador, como é a maioria da população, depois de passar pelo ENEM e SISU tem que passar por outro teste, manter-se dentro da universidade por conta própria, sem contar com apoio da instituição.

Governo perde novamente

A Chapa 1, uma correia de transmissão da política educacional do governo Dilma, cumpriu seu papel empurrando goela abaixo a versão fantasiosa da política educacional do governo PT como a “grande democratização do ensino superior”. De fato, aumentou parcialmente o acesso ao ensino superior público, mas o que a chapa do governo não diz é que esta política está subordinada à condição seguir defendendo os interesses capitalistas.

Aumentaram as privatizações dentro das universidades, abrindo espaço para as fundações e investindo em cursos pagos, destinando quantias milionárias aos grandes monopólios da educação como Kroton-Anhaguera. Ao centrar todos os seus esforços para esconder estes fatos, os governistas estão em oposição à realidade de milhões de jovens, filhos de trabalhadores, de baixa renda, negros, que ainda não tem acesso à educação pública, ou que tem que pagar por este direito, ou que, quando conseguem ter acesso, não tem condições materiais para se manter dentro da universidade.

A caricatura desta mesma política se repete ao defenderem os royalties do pré-sal para a educação, omitindo para os estudantes que estes royalties vêm de uma das maiores privatizações da nossa história recente, com o PT batendo o recorde dos tucanos em número de áreas que foram leiloadas, inclusive a maior de todas, o campo de Libra. Ainda assim, conseguiram se aproveitar do desgaste do DCE, arrancando alguns votos contra uma gestão que dura 7 anos, terminando com 26% dos votos e reavendo uma das quatro cadeiras que haviam perdido no conselho universitário em 2013. Pesa nesta conta o fato de que a maioria dos votantes não viveu a experiência de ter um DCE funcionando como pau mandado do Governo Federal e da Reitoria, como é a UNE hoje.

Nem nas jornadas de junho este DCE saiu do imobilismo, construir um movimento pelas reivindicações dos estudantes!

Em uma das cidades mais caras do país, a parte da burocracia universitária responsável, entre outras coisas, pelas bolsas de acesso e permanência (que sempre atrasam, às vezes meses), aconselha em nota oficial para os que fizeram ENEM, que se, caso dependessem da assistência, deveriam tentar outras universidades, para conseguir manter os estudos.

Em 7 anos de gestão, ou durante a efervescência de junho, as correntes que compõe esta chapa não usaram a entidade para impulsionar assembléias nos cursos, se abstendo do combate contra o imobilismo do Movimento Estudantil. Este imobilismo continuou durante as greves que atravessaram o primeiro semestre em nossa cidade, e mesmo na defesa de interesses estritamente estudantis como as bolsas e alojamentos. Para nada disto vimos o DCE se movimentar e buscar organizar assembleias, movimento estudantil.Defendemos que, para barrar os ataques, como enfrentam os estudantes do Alojamento, não basta que se mobilize uma somatória dos CAs para pressionar alguma reunião de conselho universitário. As entidades devem servir de ferramenta para organizar a luta, através de assembléias nos cursos, espaços de deliberação mais amplos, necessários para forjar uma nova tradição de movimento, democrático, e pela base, que busque a massificação de suas demandas.
Para sermos consequente em barrar os ataques, os estudantes que votaram e militaram pela Chapa 2, os coletivos e os 1000 integrantes que compuseram a chapa, devem se colocar o desafio de forjar um movimento estudantil que cerre fileiras, ombro a ombro com os trabalhadores dentro e fora da universidade, como nós da Juventude às Ruas fizemos fomos parte de uma pequena fração do movimento estudantil junto aos trabalhadores na greve vitoriosa da USP. Este pequeno exemplo ilustra o que o movimento estudantil, sob outra concepção pode fazer.

Por isso defendemos que os CAs e o DCE, junto ao lado dos 1000[1] integrantes da chapa 2 devem ter a ambição de ampliar o movimento estudantil e organizar a luta a partir de assembléias nos cursos, aonde a base seja sujeito ativo na tomada de decisões e nas ações que decididas democraticamente nestes espaços. Para que o programa de assistência e a permanência seja aplicado integralmente, e não à conta-gotas e à depender da boa vontade da burocracia universitária. Força para isto existe. Agora resta saber se esta vitória contra o governismo será um passo adiante para colocar um novo movimento estudantil em ação ou será a continuidade de mais um ano destes 7 anos de uma gestão apática. O primeiro e elementar passo é a realização de assembleia e reuniões por unidade!