segunda-feira, 28 de julho de 2014

Um Chamado pela Libertação de Fábio Hideki e todos os presos por lutar, fim dos processos contra os lutadores, readmissão dos 40 metroviários demitidos.


Chamado a construir uma semana nacional de atos, ações e cortes de rua:


Pela Libertação de Fábio Hideki e todos os presos por lutar, fim dos processos contra os lutadores, readmissão dos 40 metroviários demitidos e nenhum corte de ponto a greve das universidades estaduais paulistas!

O Brasil não é mais o mesmo desde as enormes jornadas que varreram o país em junho de 2013. Em cada canto do país, há um ano, a juventude relembra e discute a grande vitória e repercussão das maiores mobilizações em décadas, que não apenas derrotaram, impondo a redução das tarifas do transporte, os governos estaduais e acuaram o governo federal, como trouxeram à tona, para massas de milhões de jovens, a ideia de que é possível vencer e é necessário lutar.

Tal onda não passaria sem influenciar profundamente a classe trabalhadora que, se em Junho de 2013 atuou de maneira diluída no processo de milhões, em maio e junho de 2014 trouxe aquilo que começamos a chamar de “meses operários” com diversas mobilizações e greves nas portas da Copa do mundo, lutando por melhoria de direitos, salários e condições e escancarando a precarização estrutural que segue no país da “Copa das copas”.

 O ponto mais agudo, um pouco antes disto, no carnaval, foi a enorme vitória e luta dos garis do RJ que, gritando alto “Não tem arrego”, derrotou exemplarmente os Governos e prefeitura do RJ, conquistaram quase todas suas demandas e impuseram a obtenção de um reajuste salarial de 37%, demonstrando que, com decisão, organização e firmeza, a classe operária pode obter enormes vitórias!

Este exemplo, seguindo o processo de junho, desferiu um golpe profundo nos interesses dos capitalistas e empresários que, interessados na organização da Copa, que militarizou cidades e bairros em todo o país, buscaram endurecer sua linha, arriscando o que fosse necessário para frear a ofensiva de luta da juventude e dos trabalhadores.

Como parte deste processo, realizou-se uma greve no Metrô de SP que, do ponto de vista de sua importância e métodos, pode ser considerada histórica.
Piquetes combativos, atos de rua, mobilização de quase toda a categoria ao redor da paralisação e uma greve de 5 dias no maior metrô do Brasil, tudo isto foi conseguido com muita disposição da categoria dos metroviários que, lembrando-se do exemplo dos garis espontaneamente avançava aos cantos de “Não tem arrego”.

O governo do Estado de SP, encampado pelo PSDB, encarando este combate como estratégico para os interesses dos empresários e da Copa, não apenas manteve uma linha intransigente desde o início como, frente a disposição de luta dos metroviários e a pressão de seus mandantes empresariais, adotou a linha de terror, descontando os dias parados dos grevistas e demitindo 42 metroviários,  tudo isto num país aonde, em tese, se garante o direito de greve aos trabalhadores.
O objetivo do governo, em confluência com os partidos nacionalmente hegemônicos, como PT que segue calado frente as demissões, era simples: mandar um recado a Juventude e aos trabalhadores de que não haverá mais “Garis”; de que Junho e toda a esperança que trouxe devem acabar.

Além disto, numa operação arquitetada pelo DEIC e a PM de SP, foi preso num dos atos contra a copa, Fábio Hideki, trabalhador em greve da USP, acusado dentre outras coisas de ser um líder dos “blackblocs” e portar artefatos explosivos. Testemunhas próximas gravaram o momento da prisão e provam que as acusações são forjadas numa operação dos governos que claramente visa criminalizar as lutas e fazer as mobilizações de juventude recuarem. O mesmo se dá no RJ, aonde 23 ativistas seguem perseguidos, com ameaça de prisão e tendo a divulgação de escutas telefônicas, numa maquinação digna da espionagem da ditadura militar.
Como parte desta Juventude e trabalhadores que se levantou em junho e neste um ano de lutas, consideramos que é uma tarefa fundamental defender cada um dos lutadores que participou e atua lutando por direitos básicos, sejam os grevistas que buscam melhores salários ou a juventude que foi as ruas exigindo acesso e melhores serviços básicos como saúde, educação e transporte.
Fabio, estudante, trabalhador da USP e membro do comado de greve é um símbolo de nossa luta, que mostra como o governo buscam formas ilegais para criminalizar os movimentos sociais e prender ativistas.
Não toleramos a demissão de Adailson, rodoviário de Porto Alegre que foi linha e frente na greve do começo do ano que dizia que os ônibus só estavam parados porque os prefeitos não queriam ceder o passa livre para a população. Para nós é combate  estratégico defender os 42 demitidos do metrô , buscando sua readmissão como parte da luta para impedir que os governantes e empresários, os mesmos que diziam pouco antes de serem derrotados em 2013 que era impossível reduzir a tarifa e de que aquele movimento era “utópico”, retirem da Juventude e dos trabalhadores este sonho de mudança, esta ideia perigosa de que é possível vencer e necessário lutar.
Assim como repudiamos a ameaça de corte do ponto das universidades estaduais paulistas que seguem em greve a mais de 50 dias, defendendo que as universidades mais elitistas do país fossem não apenas abertas a população, mas que estivessem a serviço de responder as demandas do povo, dos trabalhadores e da juventude.

Sabemos que é por lutar por uma educação de qualidade para todos, que os governos atacam e prendem lutadores. Igualmente, defender os presos é uma questão de vida ou morte para o futuro do direito de lutar da juventude e dos trabalhadores e um princípio que não devemos jamais esquecer. 

Este combate cumpre, neste momento de conjuntura pré-eleitoral, na qual os governos e capitalistas querem tranqüilidade, um papel crucial para impedir que a estratégia de isolamento dos lutadores e trabalhadores triunfe.

Nestas semanas, temos construído uma verdadeira aliança com os trabalhadores da USP, UNICAMP e UNESP, colocando nossos aprendizados à serviço da luta, seja construindo um “cantinho para as crianças” que garanta que mais mulheres trabalhadoras possam participar ativamente da greve, seja debatendo as doenças causadas pelo trabalho repetitivo, entre outros. Construímos diversos atos em frente única pela libertação de Fabio Hideki, e participamos de todas as iniciativas pela readmissão dos 42 e libertação dos presos. 

Acreditamos que, como parte dos objetivos de “frear” a ofensiva dos trabalhadores e da juventude, o governo de SP e federal, tem a estratégia de “diluir” as demissões e prisões na conjuntura das eleições. É por isto que, neste momento, ganha enorme importância a ação unitária da Juventude em defesa e ao lado dos trabalhadores.

Neste chamado, chamamos em especial aos companheiros da ANEL, com os quais construímos a entidade, tivemos um companheiro torturado pela polícia e temos diversos pontos de acordo, mas também ao PSTU, Juntos, RUA, MPL, MNN, RIZOMA, UJC, POR, independentes e demais agrupamentos a assinarem a nota proposta pelo CACH da Unicamp, já assinada por diversas entidades e a construir a articulação para uma Semana de atos, manifestações ou cortes de Rua pela readmissão dos 42 metroviários e libertação dos presos do RJ e SP, para que possamos, com esta medida inicial de frente única construir uma articulação de luta urgente e fechando estas vias, abrir caminho para a defesa de nossos atacados mantendo acesa a chama que nos incendeia desde Junho.

Igualmente, chamamos todos ao ato chamado para o dia 30 de Julho, pela libertação de Fábio e dos presos, como uma medida inicial para impulsionar esta frente única defensiva.
ÀS RUAS!







1 comentários:

Meu nome é Wagner Farias e sou membro do Comitê Central do PCB, além de integrar a Direção Estadual de São Paulo.

Temos completo acordo com a linha e necessidade deste movimento e desejamos somar nossas forças à esta Luta!

Se possível, peço para quem algum(a) companheir@ nos envie por e-mail telefones de contato, ou outros canais de comunicação, para que possamos não somente participar do ato de amanhã, mas das futuras iniciativas desta Frente!

Saudações Comunistas e Revolucionárias!

Pela Liberdade de Todos os Presos Políticos!
Liberdade para Hideki!
Pela Readmissão Imediata dos Trabalhador@s Demitid@s do Metrô!
Contra a Criminalização das Lutas e dos Movimentos Sociais!

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