Panfleto distribuído pela Chapa 1 da Letras USP para o comando de greve, composta pela Juventude às Ruas e independentes.
Na madrugada desta
terça-feira, a mando de Alckmin e Rodas, 250 policiais da tropa de
choque efetivaram a reintegração de posse do prédio da reitoria da
USP. Além de reiterar a indisposição da reitoria e do governo para
qualquer possibilidade de diálogo democrático, a ação da polícia
prendeu dois estudantes da filosofia, Inauê e João Vitor, fora do
prédio da reitoria, quando estes voltavam de uma festa e passavam
ali perto. Os policiais não só inventaram um absurdo “flagrante”,
acusando os estudantes de ocupar um prédio no qual sequer estavam,
como espancaram os dois dentro do camburão e os torturaram
psicologicamente, trazendo para dentro da universidade aquilo que é
a prática cotidiana da polícia em cada periferia com o assassinato
da população pobre e negra, como escancarou para todos o caso de
Amarildo. Os estudantes, mesmo tais acusações completamente
forjadas, chegaram a ser transferidos para o Centro de Detenção
Provisória até que os advogados conseguissem sua libertação
(relaxamento), pois a própria juíza reconheceu que não havia
flagrante algum.
Nós, estudantes da USP
e da Letras, não podemos ficar calados diante de tamanha repressão
à nossa mobilização política. A assembleia geral de ontem, para
dar uma resposta a isso, votou pela continuidade da greve por 299
contra 237 votos, e votou um calendário de mobilização para esta e
a próxima semana. Nós da chapa 1 de delegados do comando de greve
viemos convocar a todos os estudantes da Letras para retomarmos nossa
luta, nos incorporando ao calendário geral e construindo a
assembleia de nosso curso na próxima segunda-feira, na qual podermos
retomar a greve no curso e dizer à reitoria que não aceitaremos
passivamente as práticas ditatoriais de prisão e a tortura dos que
se mobilizam por democracia na USP. Se não nos levantamos para lutar
contra o opressor, estaremos sendo coniventes com suas práticas. Não
podemos aceitar nenhuma repressão!
Quinta-feira (14/11):
passagem nos cursos de manhã e ato às 17h com concentração no
MASP e ida ao Tribunal de Justiça.
Segunda-feira (18/11):
Assembleia da Letras – 12h e 18h.
Terça-feira (19/11):
Reunião do comando geral de greve –18h.
Quinta-feira (21/11): Ato
no centro da cidade e assembleia após seu término na Faculdade de
Direito.
Chamamos também os
estudantes para a reunião aberta da Chapa 1 para conformação de
chapa para o CAELL: Terça-feira, 19/11, 12h, em frente à Letras.
Para construir uma alternativa de direção que possa responder à
apatia das atuais direções do movimento!
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