quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ESTUDANTES DA UNESP CORTAM RODOVIA E FAZEM ATO NA DIREÇÃO DE MARÍLIA CONTRA A REPRESSÃO E EM APOIO À LUTA DA USP

ESTUDANTES DA UNESP CORTAM RODOVIA E FAZEM ATO NA DIREÇÃO DE MARÍLIA CONTRA A REPRESSÃO E EM APOIO À LUTA DA USP

O movimento estudantil da Unesp realizou na manhã desta quinta feita (31) na unidade de Marília (interior de São Paulo) uma importante manifestação como resposta aos processos de repressão abertos tanto contra os próprios estudantes que lutaram na grande greve ocorrida no primeiro semestre na instituição, quanto contra a repressão aos movimentos sociais e à juventude negra nas periferias de todo o país, por todos os Amarildos e Douglas! Também manifestávamos nosso apoio aos estudantes da USP e UNICAMP que se mobilizam no último período.

Foi apenas através de métodos de luta como greves e ocupações que os estudantes da Unesp garantiram no primeiro semestre a ampliação das políticas de permanência estudantil da instituição (para que os estudantes da classe trabalhadora pobre possam permanecer na universidade e não sejam obrigados a abandonarem seus cursos). Durante as mobilizações do primeiro semestre deste ano lutamos também contra a estrutura de poder e o PIMESP (Programa de Inclusão por Mérito) que era mais um ataque à democracia e ao acesso à universidade. Após o final da greve, a REItoria da Unesp, nas últimas semanas, em uma clara demonstração da estrutura de poder anti-democrática que temos, abriu processos de sindicância contra os lutadores, a partir de um regimento que data da época da ditadura militar. Os artigos pelos quais os estudantes estão sendo sindicados são muito próximos a artigos do AI-5, como “promover ou apoiar manifestação de cunho político-partidário racial ou religioso”, e até ferir à “moral e os bons costumes”.
Na unidade de Marília estudantes estão passando também por um “processo de apuração” local que pode se desdobrar em punições aos lutadores. Este processo foi aberto por um professor que durante a greve tentou passar por cima da deliberação dos estudantes e dar aula. Após o diálogo com o professor e sua relutante intransigência, os estudantes fizeram um ato impedindo a aula do fura-greve, garantindo a deliberação coletiva da assembléia estudantil. Por este motivo hoje fizemos um ato na diretoria local exigindo a não punição aos estudantes.
Os eixos políticos do corte de rodovia em Marília foram:

- Contra a repressão ao movimento estudantil, abaixo as sindicâncias e à estrutura de poder antidemocrática na universidade!
- Contra a brutal repressão aos movimentos sociais, aos trabalhadores, e à juventude negra nas periferias! Pelo fim da Polícia!
- Todo apoio aos estudantes em luta na USP! Pela unidade dos movimentos com a USP e UNICAMP!

Os militantes da Ler-qi, Juventude às Ruas e Pão e Rosas atuaram em todos estes processos ativamente. Não deixaremos a repressão passar!
Desde já chamamos todos os movimentos sociais à construção de um ato na reitoria em São Paulo, como indicação do DCE-provisório da Unesp, para o dia 6 de Novembro (dia em que os primeiros estudantes sindicados estão sendo chamados para darem seus depoimentos)!

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