sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Viva a luta dos professores municipais, estaduais e da FAETEC! Abaixo o corte de ponto de Cabral! Pela greve geral da educação!

Por: Juventude às ruas - Rio


 As manifestações de junho desse ano mudaram o país. Depois de anos de lutas isoladas, a situação do transporte público, o estopim das manifestações, levou milhares às ruas de todo o país. No dia 11 de julho alcançamos um passo a mais na luta: os trabalhadores também entraram em cena, com greves, fechamento de estradas e rodovias por todo o país.
 O que gritamos naqueles dias de junho foram coisas que sempre estiveram na ponta da língua: saúde, educação, transporte. Em nosso estado temos condições de dar um grande passo à frente para retomar o caminho das mobilizações de junho.
Pela construção de uma greve geral da educação no Rio de Janeiro, como parte da construção da greve de 30/08!
Os professores municipais estão na maior greve em 20 anos. No dia 14/08 foram mais de 15 mil às ruas. Os professores estaduais e a FAETEC também estão em greve – e os professores estaduais enfrentam mais uma das ordinárias medidas de repressão do governador Sérgio Cabral: corte do salário dos grevistas. Sabemos que o salário dos professores já é um “salário de fome” e o governador quer calar o protesto dos professores, que é um direito: o direito a greve.
As reivindicações dos professores e funcionários da educação são justíssimas: por salários e melhores condições de trabalho. As greves se somam as manifestações de junho e também as paralisações que os trabalhadores da saúde têm feito contra a privatização dos hospitais federais com a empresa EBSERH; e se junta às paralisações que várias categorias votaram a favor no Rio de Janeiro e em todo o resto do país para o dia 30/08.
Podemos continuar o caminho aberto em 2012, quando todo o funcionalismo federal parou. Agora é unificar toda a educação para construirmos uma greve geral em todo o Estado e país!
Não faltam recursos aos empresários, a corrupção e à repressão!
A educação é precária: dos salários às condições de trabalho e estudo; há poucas vagas nas universidades públicas e escolas públicas de qualidade. Falta ar-condicionado, mesa e cadeiras nas escolas, bandejão, bibliotecas, laboratórios adequados nas universidades e escolas técnicas.
Porém, Sérgio Cabral e Eduardo Paes nunca poupam recursos para fazer “mobilizações” para que eles controlem o dinheiro do petróleo, nem poupam recursos para armar suas polícias e guardas-metropolitanas para nos reprimir em manifestações e matar nas favelas. Continuaremos nas ruas!
Não faltam recursos às obras faraônicas da Copa do Mundo e Olímpiadas, para ajudar o seu amigo e empresário, Eike Batista, e o seu outro amigo e milionário do transporte, Jacob Barata – e tantos outros empresários que lucram com as privatizações. Também não faltam recursos para intermináveis privilégios aos deputados, vereadores, juízes, Ministério Público, Tribunal de Contas da União etc.
São salários mais de 20 vezes maiores que o salário de um professor ou merendeiro, auxílios gravata, viagem, e muitos outros. A situação é tão absurda que a ALERJ tem um orçamento similar ao da UERJ incluindo o hospital Pedro Ernesto! Educação não é mercadoria! Que nenhum parlamentar, juiz, funcionário indicado e de alto escalão ganhe mais que um professor! Que nenhum professor ganhe menos do que prevê a constituição R$ 2.800,00!
Podemos e devemos começar a dar um FIM nesta situação construindo esta greve geral da educação. Fortalecer os setores que estão em luta, nos apoiar na força dos professores municipais para barrar o corte de ponto no estado. Fazendo assembleias e mobilizações na volta às aulas das universidades e escolas, e assim construirmos uma greve geral que nos ajudará a retomar o caminho de junho e julho – e superá-lo. Este será o caminho não só para conquistar salário e condições de trabalho e estudo, mas demonstrar para todo o país um passo adiante e colocar a pauta da educação no centro do debate. Este será um grande passo para lutar pelo “Fora Cabral” e contra seu aliado Eduardo Paes.
Todo apoio à luta dos professores e trabalhadores da educação! Não ao corte de ponto! Pelo imediato atendimento das reivindicações! Pela greve geral da educação!
Não a EBERSH e privatização da saúde!
Pelo imediato atendimento das pautas pendentes das greves das universidades de 2012!
Chega de privilégios: que todo parlamentar e juiz ganhe o mesmo que um professor!
Imediata reversão destes recursos para garantir que nenhum funcionário da educação ganhe menos que o salário mínimo do DIEESE (R$ 2750,00)!
Pelo confisco dos bens de corruptos e corruptores e conversão desses recursos na educação!
Pelo uso de TODOS OS RECURSOS do petróleo na educação, saúde e moradia! Pelo controle operário e popular destes recursos!



 Não basta pararmos ao mesmo tempo: é preciso coordenar a luta
Diversas vezes em que várias categorias estão em greve, ocorre alguns atos unificados. São um passo adiante. No entanto, é preciso muito mais. Precisamos nos coordenar para apoiar as lutas um do outro, unir as forças, o que permitirá muito mais que a soma, será a multiplicação. As ideias de uma categoria ajudam a outra, as pessoas se completam e pensam novas iniciativas.

É preciso criar comandos de greves (incluindo as direções sindicais) eleitos nas bases de cada categoria e coordená-los. Os estudantes poderiam fazer o mesmo e assim termos uma efetiva greve geral da educação! Chega de divisão, o SEPE pode e deve unificar as lutas dos professores municipais e estaduais, primeiro passo para uma coordenação de toda a educação!

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