Por: Juventude às ruas - Rio
As manifestações de
junho desse ano mudaram o país. Depois de anos de lutas isoladas, a situação do
transporte público, o estopim das manifestações, levou milhares às ruas de todo
o país. No dia 11 de julho alcançamos um passo a mais na luta: os trabalhadores
também entraram em cena, com greves, fechamento de estradas e rodovias por todo
o país.
O que gritamos naqueles dias de junho foram
coisas que sempre estiveram na ponta da língua: saúde, educação, transporte. Em
nosso estado temos condições de dar um grande passo à frente para retomar o
caminho das mobilizações de junho.
Pela construção de uma greve geral da educação no Rio de Janeiro,
como parte da construção da greve de 30/08!
Os professores
municipais estão na maior greve em 20 anos. No dia 14/08 foram mais de 15 mil
às ruas. Os professores estaduais e a FAETEC também estão em greve – e os
professores estaduais enfrentam mais uma das ordinárias medidas de repressão do
governador Sérgio Cabral: corte do salário dos grevistas. Sabemos que o salário
dos professores já é um “salário de fome” e o governador quer calar o protesto
dos professores, que é um direito: o direito a greve.
As reivindicações dos
professores e funcionários da educação são justíssimas: por salários e melhores
condições de trabalho. As greves se somam as manifestações de junho e também as
paralisações que os trabalhadores da saúde têm feito contra a privatização dos
hospitais federais com a empresa EBSERH; e se junta às paralisações que várias
categorias votaram a favor no Rio de Janeiro e em todo o resto do país para o
dia 30/08.
Podemos continuar o
caminho aberto em 2012, quando todo o funcionalismo federal parou. Agora é unificar
toda a educação para construirmos uma greve geral em todo o Estado e país!
Não faltam recursos aos
empresários, a corrupção e à repressão!
A educação é precária:
dos salários às condições de trabalho e estudo; há poucas vagas nas universidades
públicas e escolas públicas de qualidade. Falta ar-condicionado, mesa e
cadeiras nas escolas, bandejão, bibliotecas, laboratórios adequados nas
universidades e escolas técnicas.
Porém, Sérgio Cabral e Eduardo
Paes nunca poupam recursos para fazer “mobilizações” para que eles controlem o
dinheiro do petróleo, nem poupam recursos para armar suas polícias e guardas-metropolitanas
para nos reprimir em manifestações e matar nas favelas. Continuaremos nas ruas!
Não faltam recursos às
obras faraônicas da Copa do Mundo e Olímpiadas, para ajudar o seu amigo e
empresário, Eike Batista, e o seu outro amigo e milionário do transporte, Jacob
Barata – e tantos outros empresários que lucram com as privatizações. Também
não faltam recursos para intermináveis privilégios aos deputados, vereadores,
juízes, Ministério Público, Tribunal de Contas da União etc.
São salários mais de 20
vezes maiores que o salário de um professor ou merendeiro, auxílios gravata,
viagem, e muitos outros. A situação é tão absurda que a ALERJ tem um orçamento
similar ao da UERJ incluindo o hospital Pedro Ernesto! Educação não é
mercadoria! Que nenhum parlamentar,
juiz, funcionário indicado e de alto escalão ganhe mais que um professor! Que
nenhum professor ganhe menos do que prevê a constituição R$ 2.800,00!
Podemos e devemos
começar a dar um FIM nesta situação construindo esta greve geral da educação.
Fortalecer os setores que estão em luta, nos apoiar na força dos professores
municipais para barrar o corte de ponto no estado. Fazendo assembleias e
mobilizações na volta às aulas das universidades e escolas, e assim construirmos
uma greve geral que nos ajudará a retomar o caminho de junho e julho – e
superá-lo. Este será o caminho não só para conquistar salário e condições de
trabalho e estudo, mas demonstrar para todo o país um passo adiante e colocar a
pauta da educação no centro do debate. Este será um grande passo para lutar
pelo “Fora Cabral” e contra seu aliado Eduardo Paes.
Todo apoio à luta dos
professores e trabalhadores da educação! Não ao corte de ponto! Pelo imediato
atendimento das reivindicações! Pela greve geral da educação!
Não a EBERSH e
privatização da saúde!
Pelo imediato
atendimento das pautas pendentes das greves das universidades de 2012!
Chega de privilégios: que
todo parlamentar e juiz ganhe o mesmo que um professor!
Imediata reversão
destes recursos para garantir que nenhum funcionário da educação ganhe menos
que o salário mínimo do DIEESE (R$ 2750,00)!
Pelo confisco dos bens
de corruptos e corruptores e conversão desses recursos na educação!
Pelo uso de TODOS OS
RECURSOS do petróleo na educação, saúde e moradia! Pelo controle operário e popular destes
recursos!
Não basta pararmos ao mesmo tempo: é
preciso coordenar a luta
Diversas vezes em que várias
categorias estão em greve, ocorre alguns atos unificados. São um passo adiante.
No entanto, é preciso muito mais. Precisamos nos coordenar para apoiar as lutas
um do outro, unir as forças, o que permitirá muito mais que a soma, será a
multiplicação. As ideias de uma categoria ajudam a outra, as pessoas se completam
e pensam novas iniciativas.
É preciso criar
comandos de greves (incluindo as direções sindicais) eleitos nas bases de cada
categoria e coordená-los. Os estudantes poderiam fazer o mesmo e assim termos
uma efetiva greve geral da educação! Chega de divisão, o SEPE pode e deve
unificar as lutas dos professores municipais e estaduais, primeiro passo para
uma coordenação de toda a educação!
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