segunda-feira, 8 de julho de 2013

RIO DE JANEIRO Construindo no dia a dia um programa e uma prática política para construir uma forte juventude pró-operária, combativa e desde a base

Por Ana Carolina Oliveira - estudante de Serviço Social da UERJ

Junto aos companheirxs da Juventude às Ruas temos buscado atuar junto a dezenas de companheiros das mais distintas trajetórias políticas (alguns deles de outros grupos como o “Operação Pare o Aumento”) para formar um programa que dê lugar a uma atuação comum nas manifestações, nos “fóruns de luta contra o aumento da passagem”, e, mais importante, para construir na base, nas escolas, universidades e levando o apoio da juventude a que os trabalhadores se organizem.

O cenário estratégico em que estamos inseridos, com centenas de milhares nas ruas e outras centenas de milhares que mesmo sem ir às ruas se politizam, não nos é permitido mais que fiquemos satisfeitos com nossas velhas práticas políticas, com nossas antigas conquistas e números. Podemos e devemos fazer parte de um processo de atuação comum de vários companheiros. Mas não queremos nos unir como um fim. Queremos nos unir na prática e conforme os acordos que forem possíveis.


Porém, somar números não é um fim. É um meio para fazer a diferença na luta de classes, para organizar o movimento na base. Estamos juntos buscando contribuir para que o movimento se organize da maneira mais democrática, fazendo assembleias nos cursos, faculdades e locais de trabalho (coisa que temos encontrado enorme resistência ou falta de iniciativa no restante da esquerda para fazermos juntos em diversos locais), para levantar em alto e bom som o programa de estatização sem indenização sob controle dos trabalhadores e usuários do sistema de transporte, para denunciar a violência policial, para lutar contra o estatuto do nascituro e várias outras demandas, para que o movimento se coordene democraticamente a partir de eleição de delegados nestes locais, e que uma fração da juventude se ligue a classe trabalhadora contribuindo com sua energia para que esta confie em suas forças, que exija assembleias das burocracias sindicais e saia a luta não para ajudar os governos mas para impor suas reivindicações! Com o programa à frente e uma prática política comum pautada em construir uma juventude pró-operária e decidida em organizar o movimento desde as bases podemos juntos contribuir para que o movimento seja mais massivos, mais combativo, e mais radical não só em seus métodos, mas fundamentalmente em sua política e organização!

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