Nessa segunda-feira, dia 22 de julho, as
trabalhadoras terceirizadas da limpadora Centro da Unicamp, decidiram cruzar os
braços e iniciar uma greve contra as precárias condições de trabalho, por
aumento no salário e garantia de direitos, além da readmissão das trabalhadoras
que foram demitidas politicamente, por denunciarem essas condições de trabalho.
Nós, da Juventude Às Ruas! viemos prestar a nossa solidariedade ativa a luta
desses trabalhadores.
O trabalho precarizado, no qual os
trabalhadores são submetidos a uma jornada diária de 12 horas com forte assédio
moral, sem direito a faltas médicas, sem nenhum direito garantido, para
receberem muitas vezes menos
de um salário mínimo (como ocorre aqui na Unicamp) é a realidade de diversos
trabalhadores por todo país, que para o governo contam como trabalhadores
formais, escondendo a precariedade desse trabalho semi-escravo.
Sabemos, que a maioria desses trabalhos
precarizados, ligados a extensão do serviço doméstico, são realizados por
mulheres, recebendo menos que os homens. A “precarização tem rosto de mulher”!
E hoje, o governo e os empresários estão preparando mais um ataque à classe
trabalhadora, com o projeto de lei PL 4330 que permite a legalização da
terceirização em todas as atividades, ou seja, a regulamentação do trabalho
semi-escravo em todos os níveis na empresa - hoje apenas as atividades
consideradas meios, ou seja, atividades “secundárias” da empresa como por
exemplo a limpeza, o refeitório, podem ser terceirizados.
Na universidade o trabalho terceirizado é a outra face
da moeda do projeto da universidade de excelência, cada vez mais privatizada e
elitista. Ao invés de funcionários efetivos contratados pela Unicamp, o Reitor
e a burocracia da universidade mantém a terceirização como uma via de enxugar
os seus gastos com funcionários, mantendo seus acordos com as máfias das
empresas terceirizadas que estão na limpeza, no restaurante, nas construções da
universidade e se isentando de qualquer responsabilidade sob as condições de
trabalho a que estão submetidas estes trabalhadores. Além disso, a
terceirização também é uma forma de dividir os trabalhadores, dificultando a
sua organização e diminuindo as suas forças de mobilização. Recentemente, os
trabalhadores da limpeza da USP, da empresa Higilimp, também entraram em greve
para receberem os seus salários atrasados, o mesmo ocorreu em 2011 com a
empresa União, e em 2007 com a empresa Dima, em todas estas lutas as
trabalhadoras organizadas conseguiram conquistar os seus salários atrasados.
Mas com um diferencial da atual greve na
Unicamp, que seguindo o espírito de lutas e mobilizações instalado no Brasil,
não é uma luta de defesa de postos de emprego e salários frente demissões, mas
sim uma luta que vai por mais conquistas, essas trabalhadoras
se colocam na ofensiva contra a precarização do trabalho e do projeto de
universidade que paga super salários para os reitores e cargos de chefia
enquanto para xs terceirizadxs recebem menos que um salário mínimo. Projeto de
Universidade esse que impedem que elas tenham acessos ao conhecimento
produzidos nas salas e laboratórios que elas mantem limpos, em ordem e em
condições para o uso diário. Uma luta que escancara a fundo o caráter machista
da universidade, empregando centenas de mulheres para cumprirem as tarefas de
limpeza em condições sub humanas de acidentes de trabalho, legitimando a
ideologia que a mulher é inferior, que seu trabalho vale menos e que sua única
função social é a da reprodução, da limpeza, de um trabalho repetitivo e
embrutecedor.
Os sindicatos desses trabalhadores são em grande
parte diretamente patronais, passando demissões, denunciando trabalhadores,
estão totalmente a serviço dos interesses dos chefes. Por isso é central que xs
trabalhadores se auto organizem por fora e em combate a essas burocracias
patronais, para que eles mesmos reconquiste os sindicatos como instrumento de
luta próprio, servindo seus interesses. Nós como juventude e estudantes estamos
ao lado de todas as iniciativas de luta dos trabalhadores, como também em
defesa em caso de ataques que possam vir dessas burocracias e patrões.
Vimos milhares de jovens saindo as ruas no Brasil e conquistando direitos reivindicando melhores condições de saúde, educação, transporte. Essa foi a prova viva de como a juventude pode cumprir um papel central nas lutas, mas sozinhos sua luta fica pela metade, só com os trabalhares que são os reais produtores de riquezas, é possível arrancarmos direitos e colocar os governos e reitorias em xeque. A solidariedade dos estudantes pode fazer a diferença, dar maior impulso e visibilidade a luta das terceirizadas da Unicamp, ao mesmo tempo em que a luta contra a precarização do trabalho e as condições desumanas sob a qual se ergue a Unicamp é também a luta por outro projeto de universidade. Pelo fim da terceirização e pela incorporação dessxs trabalhadorxs sem concurso público, uma vez que já mostram diariamente que são capazes de realizar esse serviço! Pelo fim do vestibular, acesso a toda população a universidade publica, com creches, moradia, e auxilio alimentação, transporte, e estudos, garantindo o acesso a todos que necessitem!
Fazemos um chamado às entidades estudantis para se posicionarem e fazerem um chamado aos estudantes para se mobilizarem. Achamos que é fundamental o movimento estudantil estar preparado para apoiar os trabalhadores para que todas as suas reivindicações sejam aceitas e nenhuma punição seja passada!
Vimos milhares de jovens saindo as ruas no Brasil e conquistando direitos reivindicando melhores condições de saúde, educação, transporte. Essa foi a prova viva de como a juventude pode cumprir um papel central nas lutas, mas sozinhos sua luta fica pela metade, só com os trabalhares que são os reais produtores de riquezas, é possível arrancarmos direitos e colocar os governos e reitorias em xeque. A solidariedade dos estudantes pode fazer a diferença, dar maior impulso e visibilidade a luta das terceirizadas da Unicamp, ao mesmo tempo em que a luta contra a precarização do trabalho e as condições desumanas sob a qual se ergue a Unicamp é também a luta por outro projeto de universidade. Pelo fim da terceirização e pela incorporação dessxs trabalhadorxs sem concurso público, uma vez que já mostram diariamente que são capazes de realizar esse serviço! Pelo fim do vestibular, acesso a toda população a universidade publica, com creches, moradia, e auxilio alimentação, transporte, e estudos, garantindo o acesso a todos que necessitem!
Fazemos um chamado às entidades estudantis para se posicionarem e fazerem um chamado aos estudantes para se mobilizarem. Achamos que é fundamental o movimento estudantil estar preparado para apoiar os trabalhadores para que todas as suas reivindicações sejam aceitas e nenhuma punição seja passada!
Por
salários dignos, melhores condições de trabalho e aumento do quadro de
funcionários!
Pela
readmissão das trabalhadoras demitidas por perseguição política! Abaixo o
assédio moral aos trabalhadores!
Pelo
fim da terceirização e pela incorporação dessxs trabalhadorxs sem concurso
público, uma vez que já
mostram diariamente que são capazes de realizar esse serviço!
Pelo
fim do vestibular, acesso a toda população a universidade publica, com creches,
moradia, e auxilio alimentação, transporte, e estudos, garantindo o acesso a
todos que necessitem!
Que
a UNICAMP se responsabilize pelas condições de trabalho, chega de precarização
e super-exploração do trabalho enquanto a universidade paga super-salários a
seus dirigentes!
1 comentários:
Aula da profesora de for a: Tudo isto e "greasy kids stuff": O problema do Brasil e 500 anos debaixo a Igreja Catolica - nao a "limpeza" duma rua, enquanto os EUA e seus "parceiros" da OTAN estao comecando outros 500 anos de colonia... A juventude universitaria do Brasil parece idioticada pelos anglos. So precisam um pricipe ingles como novo emperador. Os protestos deveriam ser frente as embaixadas dos EUA, Bretanha, Alemanha - nao contra os PAC ou Belo Monte. Viu ? THINK BIG!
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