quarta-feira, 24 de abril de 2013

NÃO AS EXPULSÕES E SUSPENSÕES NA FSA (Fundação Santo André)! EM DEFESA DOS LUTADORES PARA SEGUIRMOS LUTANDO POR UM PROJETO DE UNIVERSIDADE ABERTA AOS TRABALHADORES E POVO POBRE!


Desde segunda-feira (22.04), os estudantes de Ciências Sociais, Geografia e História decidiram paralisar em defesa dos estudantes perseguidos politicamente por lutarem pela democratização da universidade. Essa luta passava por retomar o D.A fechado ILEGALMENTE pela reitoria de Oduvaldo Caccalano, sóbrios da história de nosso país como os anos de chumbo da ditadura civil-militar. Essa mesma REItoria profundamente anti-democrática, foi a mesma que impediu os estudantes de se organizarem contra a privatização do estacionamento da universidade (que sempre foi caótico e não atendia a demanda dos estudantes, que este ano foi privatizado e passou a ser cobrado uma quantia mensal), fecharam a quadra da universidade que era de TODOS os estudantes e colocaram na mão da atlética, que é o principal aliado da reitoria hoje dentre os estudantes, impedindo o acesso a quadra com a implementação de catraca,. para restringir ainda mais o acesso à Universidade, cerceando os espaços que são dos estudantes!

Toda a perseguição política ao movimento estudantil representada pelas expulsões e por essas suspensões de 15 dias são de total responsabilidade do reitor Oduvaldo Caccalano e seus “companheiros” Flavio Morgado, Edna Mara, a da família Lernic; Assim tentam com essas medidas expulsar os lutadores da universidade e disciplinar o movimento estudantil de conjunto a não lutar, para que fiquem livres para fazer o que bem entenderem com universidade.

Sendo assim, não podemos confiar na reitoria e na atlética que defende esse mesmo projeto dentro do movimento estudantil, é preciso relembrarmos o último processo do qual o movimento estudantil tirou suas conquistas para não repetirmos os mesmos erros novamente. Oduvaldo Cacalano, atual REI-tor da universidade se elegeu às custas do movimento estudantil que se levantava contra o antigo reitor que roubou 20 milhões da universidade. 

Essa luta ficou a merece da figura de um professor que se mostrava bastante próximo das posições dos estudantes, professores e funcionários e impedia que o movimento estudantil enxergasse a estrutura de poder que está por traz dos candidatos decididos pela prefeitura da cidade.A ilusão que é possível ter um reitor que defenda os interesses da maioria da universidade se desfaz com a experiência que tivemos em 2011 com o avançar do projeto de privatização, onde a mesma empresa que implementa as catracas também receberá parte dos lucros com o estacionamento. Só será possível que nossos intereresses decidam os rumos da universidade se superarmos essa estrutura de poder de reis e os setores orgânicos da universidade: professores, estudantes e alunos se auto-organizem, conformando assembléias estatuintes, onde cada cabeça equivalha a um voto, para constuição um governo universitário tripartite, com maioria estudantil  .

O mesmo projeto privatista, elitista e repressivo que a REItoria da Fundação Santo André quer fazer avançar é a expressão de um projeto de educação voltado a atender somente os interesses das grandes empresas capitalistas. Não a toa, a mobilização dos estudantes da FSA acontece concomitantemente coma luta dos estudantes da Unesp por permanência estudantil, e da greve dos professores da rede pública por melhores condições de trabalho e salário. Os campus de Ourinhos e Marília já estão com uma greve estudantil aprovada, sendo que em Marília os estudantes ocuparam o prédio da Administração do campus, para lutar por política de permanência estudantil que possibilite que os filhos dos trabalhadores possam se manter dentro da universidade pública. Estamos ao lado dos estudantes da Unesp, dos professores da rede estadual, e dos  perseguidos políticos da FSA para lutar por outro projeto de educação.  É necessário nos unificar à esses processos vivos para somarmos forças contra mais esse ataque perpetrado pela Reitorias do Estado de São Paulo.

É necessário que encararmos a política repressiva como uma política de Estado que visa silenciar os lutadores e impor seu projetos reacionários. A repressão se generaliza como uma prevenção aos futuros conflitos que virão fruto do avançar da crise, vemos desde o caso mais emblemático dos 72 estudantes e trabalhadores que foram denunciados no inicio do ano pelo Ministério Público exigindo a prisão destes estudantes por formação de quadrilha, com pena mínima de 8 anos. Seguem as perseguições a Bia Abramidez (Professora da PUC) e Ricardo Antunes (Professor da Unicamp), seguem três operários desaparecidos nas obras do PAC em Belo Monte, seguem dezenas de estudantes processados na Unifesp de Guarulhos e seguem a repressão policial cotidiana nos morros, periferias e favelas, para além dos constantes assassinatos no campo conta os militantes da reforma agrária, como também o violento despejo da Aldeia Maracanã (RJ) para “preparar o Brasil para a Copa”. Para dar um basta a tudo isso, defendendo nossos lutadores é mais do que necessário que levantemos uma grande campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais, sendo essa uma tarefa central que está colocada para todas as entidades estudantis, como CA’s, DCE’s, e as organizações nacionais estudantis ANEL e UNE, como também para os movimentos sociais, partidos de esquerda´, intelectuais da universidade, e centrais sindicais. 
Somente assim será possível levantar uma ampla campanha democrática que consiga barrar esses ataques na defesa de nossos lutadores!

Por isso que nós da Juventude ÁS RUAS, que construímos a ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), uma entidade anti-governista, achamos que é fundamental rumo ao nosso II Congresso  conseguirmos levar essas experiências e demandas para que seja um congresso bastante vivo com reflexo dos últimos processos de mobilização que a juventude se colocou a frente e que possamos coordenar um plano de luta nacional contra a repressão, em defesa dos lutadores perseguidos em diversas universidades e escolas e assim fazer a ANEL ser um instrumento real de organização dos estudantes brasileiros na luta contra a precarização do trabalho e do ensino, contra as perseguições políticas aos lutadores. Não deixaremos que nos ataquem novamente!

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