terça-feira, 9 de abril de 2013

CALOURADA 2013 - Juventude às Ruas Rio de Janeiro














 
Longe do que a burguesia tanto propagandeou de “fim da classe operária e de revoluções”, chegamos
ao sexto ano de uma crise capitalista que só pode ser comparada a crise dos anos 30, onde a luta de classes volta a ser um elemento determinante para decidir o futuro coma derrubada de ditadores no Oriente Médio e levantes da juventude pelo mundo. Em meio a este cenário internacional, temos que nos preparar para impactos mais agudos da crise no Brasil e mesmo para derrotar os reacionários como Feliciano, que são aliados de Dilma, e dos ataques ao movimento estudantil e movimentos sociais nacionalmente.

O sistema universitário que temos é completamente elitista e racista. As cotas existem apenas em alguns lugares e centenas de milhares de negros e a juventude pobre ficam de fora da universidade mesmo com as cotas, o sistema de educação impede que a classe trabalhadora tenha acesso às universidades públicas. A educação básica, as creches, hospitais, quando existem são precarizados.

É preciso lutar para que todos possam estudar, acabando com o funil social que é o vestibular! Precisamos lutar pela estatização das universidades privadas sem indenização, para garantir uma universidade a serviço da classe trabalhadora, que coloque seu conhecimento a serviço das necessidades da população e não de interesses da burguesia! É preciso lutar para que todos possam permanecer na universidade com restaurantes e alojamentos de qualidade, gratuitos e sem terceirização do trabalho! Pois a terceirização serve para escravizar pois com ela paga salários menores, cortando direitos dos trabalhadores, humilhando criando um setor de trabalhadores supostamente "inferiores" e divide a classe trabalhadora entre efetivos e precários para que não se vejam como uma única classe! 
Por isso devemos lutar pelo fim da terceirização e efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso publico!

A precarização do trabalho está presente em todos os lugares, dos canteiros de obras do PAC e das obras das Olimpíadas e Copa do Mundo até as universidades, baseado na superexploração dos trabalhadores que na grande maioria são negros e mulheres. O Brasil Potência vendido como projeto de país de Lula e Dilma esta baseado no trabalho precário e que aqui no Rio tem fortes aliados como Cabral e Paes, que pelas mãos das UPP´s, reprime e assassina cotidianamente a juventude negra e pobre das favelas, como vimos nos brutais assassinatos no Jacarezinho e em Manguinhos.


Não são só os tucanos e peemedebsitas tomam medidas contra os lutadores, mas as patronais, os latifundiários e também o governo Dilma. Por isso, consideramos fundamental em meio repressão dos governos lutar contra a repressão e prisão dos trabalhadores em Jirau e Amapá, os assassinatos de militantes do MST no campo, o brutal ataque contra o Pinheirinho, o despejo da Aldeia Maracanã, a perseguição e internação compulsória aos usuários de crack em São Paulo e no Rio de Janeiro, a repressão cotidiana a juventude negra e pobre dos morros, favelas e periferias. Nesse sentido, consideramos uma das tarefas centrais da Assembléia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) coordenar nacionalmente as lutas contra o governo e a repressão, em defesa dos 72 estudantes da USP e de todos os lutadores que vem sendo processados e perseguidos, como os estudantes da UFMT que foram violentamente reprimidos pela PM por lutar por permanência estudantil. Relacionando a repressão dentro das universidades com a repressão cotidiana nas periferias, morros e favelas, é preciso colocar de pé uma ampla campanha contra a repressão!



 A juventude hoje precisa dar um basta aos ataques racistas, machistas e homofóbicos que aliados de Dilma como Marco Feliciano vem fazendo. Porém não achamos que isto será feito só com pressão ao parlamento e substituindo Feliciano por algum congressista‘progressista’. Para realmente lutar pelo direito ao aborto, livre, legal, seguro e gratuito, contra a homofobia e pelo direito ao casamento igualitário e pela livre expressão da sexualidade não será pela via de parlamentares e do parlamento que arrancaremos nossos direitos, mas sim pela mobilização independente da juventude junto a classe trabalhadora!


Podemos e devemos buscar o apoio da classe trabalhadora ajudá-la a superar os preconceitos que as patronais, as igrejas e a burocracia sindical incutem! O machismo, o racismo, a homofobia são funcionais à burguesia! Na luta os trabalhadores avançam contra os preconceitos e contra a divisão das fileiras da classe trabalhadora!

LUTEMOS CONTRA TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!



Desde o último sábado, 30 de março, dia em que uma jovem norte americana foi estuprada por 3 homens dentro de uma van no Rio de Janeiro, notícia que estampou manchetes no mundo todo, novos casos de estupro contra mulheres vêm vindo a tona gerando grande repercussão, inclusive vítimas dos mesmos agressores que antes não conseguiram denunciar os estupradores romperam agora com o silêncio. O caso se tornou tão noticiado e os agressores foram punidos rapidamente pois compromete o projeto de cidade implementado pela burguesia e os governos de Dilma, Cabral e Eduardo Paes frente aos grandes eventos que a cidade sediará cuja atratividade para o turismo também encontra respaldo numa política de “segurança pública” que tem como um dos principais pilares as UPPs. Porém é necessário lembrarmos que estupros e casos de violência contra as mulheres ocorrem diariamente na cidade e no Brasil, inclusive mulheres estupradas por policiais, mas que não ganham tamanha proporção na mídia.

O estupro é uma forma de violência brutal contra a mulher, e estima-se que nos últimos anos os dados têm aumentado bastante em diferentes cidades no Brasil como em São Paulo que só no mês de janeiro foram registrados 1.138 contra 944 no mesmo mês de 2012, e no Rio de Janeiro com 509 casos denunciados, ou seja, 22 a mais que em janeiro do ano passado. Porém não existem mecanismos fornecidos pelo Estado para uma interpretação mais apurada capaz de afirmar se são os casos de estupro que vem aumentando ou se são as mulheres vítimas da violência que agora denunciam mais do que antes. O fato é que cerca de 70% das mulheres em todo o mundo sofrem algum tipo de violência no decorrer de sua vida, e em sua imensa maioria por integrantes do seu núcleo familiar. Por mais que as mulheres possam de sentir mais seguras com a Lei Maria da Penha, muitos casos nos mostram que mesmo denunciando os agressores à polícia, sua segurança não é garantida.

A lei Maria da Penha, criada em 2006 durante o governo Lula permite que agressores que fazem parte do núcleo doméstico ou familiar das mulheres agredidas sejam presos em flagrante ou de forma preventiva caso sejam denunciados, sendo que desde a denúncia, são policiais que acompanham as mulheres durante todo o processo. É necessário refletirmos qual é o papel da polícia, que reprime manifestações de trabalhadores, estudantes e do povo nas ruas, assassina a juventude negra e pobre nas favelas e morros, esculacha e humilha moradores e estupra as mulheres. Temos que denunciar a violência da polícia, que defende com unhas e dentes a propriedade privada e não exigir mais delegacias femininas. Numa sociedade como essa, que respira opressão por todos os poros, seja contra as mulheres, contra os negros, contra os LGBTT´s, e que usa todas essas opressões para legitimar a exploração que é sua coluna vertebral, é mais do que necessário que nós sejamos sujeitos e lutemos contra todas as formas de violência contra as mulheres, partindo na nossa auto-organização, independente do Estado, dos governos, da burguesia e sem qualquer ilusão de que a polícia, braço armado do Estado, possa dar qualquer resposta.

Defendemos a necessidade de levar adiante uma enorme campanha que parta de exigir o fim da violência às mulheres, ao mesmo tempo em que exigimos refúgios e casas transitórias para as mulheres vítimas de violência e seus filhos e filhas, garantidos pelo Estado e sob controle das próprias vítimas, organizações de mulheres e trabalhadoras, com profissionais e sem a presença da polícia e da justiça. Nos locais de trabalho e nos sindicatos defendemos a criação de comissões de mulheres, independentes dos patrões, que deem atenção aos casos de assédio sexual e trabalhista ou de discriminação às trabalhadoras. Defendemos subsídios de acordo com o custo de vida para as vítimas de violência que estejam desempregadas, acesso à moradia e trabalho para todas. Licenças remuneradas para as trabalhadoras que atravessam situações de violência, com acesso à saúde pago integralmente pela patronal. Nos casos de estupro e assassinato, exigimos a prisão dos culpados.

Tomemos como exemplo as nossas irmãs indianas, que após o escabroso caso de uma jovem estuprada coletivamente dentro de um ônibus e morta poucos dias depois no último mês de dezembro estão indo às ruas travando uma luta exemplar contra a violência às mulheres e inclusive contra as medidas do próprio Estado! Façamos da dor de cada mulher violentada uma força a mais para lutar contra a exploração e todas as formas de opressão às mulheres! Não somos uma mulher no poder, temos que ser milhares nas ruas!!!



É PRECISO DIFUNDIR AS LUTAS DAS MULHERES TRABALHADORAS PORQUE NÓS NÃO COMEÇAMOS DO ZERO!


A nova edição impulsionada pelo grupo de mulheres Pão e Rosas conta a apaixonante experiência da luta das trabalhadoras terceirizadas da limpeza na USP em 2005, que travaram uma luta pelos seus direitos e contra os patrões, além de outras experiências mais recentes de trabalhadores precarizados que decidem se organizar denunciando suas péssimas condições de trabalho. Mostra ainda que no Brasil de Lula e Dilma são as mulheres, e em especial as mulheres negras, quem ocupam os postos mais precários de trabalho e que sua auto organização e luta é a verdadeira resposta frente a opressão e a exploração.

Mostra ainda a necessidade de que a juventude e os estudantes na universidade sejam porta voz desses setores mais precários, unificando suas lutas diárias com as lutas dos trabalhadores forjando uma verdadeira aliança operária estudantil contra esse sistema de exploração que escraviza, humilha e divide a classe trabalhadora!


Te convidamos a conhecer o livro e discutir conosco! EM BREVE LANÇAMENTO NO RIO


JUVENTUDE ÀS RUAS ORGANIZA ATIVIDADES 
SOBRE QUESTÃO NEGRA E MARXISMO


O Brasil é o maior país de população negra fora da África. Isto é assim porque foi o país que mais traficou e escravizou negros no planeta. Ao contrário do que diz a academia, a escravidão não foi “cordial”, “maleável”. Aqui, na pele dos negros foram inventadas várias técnicas de tortura. Ao contrário do que quer a burguesia, a escravidão também não é uma coisa do passado! Ela vive no trabalho doméstico, precário, na terceirização que atinge em primeiro lugar os negros e negras. Sobrevive nas mãos da polícia mais assassina do planeta com seus “autos-de-resistência”.

Contra o mito da “democracia racial” sabemos também qual é a cor da maioria que mora nas favelas. Esta realidade é garantida pelos diferentes representante da burguesia como os governos Dilma, Cabral e Paes. 

Nós da Juventude às Ruas, ao contrário de uma nefasta tradição da esquerda que não se importava com a questão negra pensamos que é impensável uma revolução no Brasil que não tenha como um de seus motores centrais acabar com o racismo e com a precarização do trabalho que atinge principalmente os negros, e assim, que não tenha como sujeitos da revolução a classe trabalhadora e sua maioria negra. Também não achamos que a questão negra é algo para ser debatida só em “datas comemorativas”. É algo para o cotidiano! Por isto temos realizado uma série de atividade e iniciativas como seminários para discutir marxismo e questão negra e passeios pelo centro do Rio para lembrar da história não contada nos livros de história. História de dor e luta do maior pólo de tráfico de escravos do planeta que era nossa cidade! Precisamos estudar e nos armar para intervir na realidade para erguermos uma teoria revolucionária, baseada no marxismo para enfrentar a realidade nacional calcada neste passado escravocrata e neste presente igualmente racista.

Participe de nossas atividades! Conheça e faça parte da juventude Às Ruas!



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