segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Movimento Estudantil da UNESP deve organizar uma forte Campanha Estadual contra a Repressão!

Dia 28/08, na Unesp Franca, um grupo de alunos conservadores (articulado em torno de idéias integralistas) e o Diretor do campus, “abriram” as portas da universidade para o auto-intitulado “príncipe” do Brasil - Bertrand de Orleans e Bragança (herdeiro da família real brasileira, e líder de um movimento que prega abertamente a violência no campo contra os trabalhadores sem terra) e seu “fiel escudeiro”, o jornalista José Carlos Sepúlveda (membro da TFP, inimiga dos direitos humanos e defensora saudosa e ativa do regime militar), sob o pretexto de resgatarem a “importância” da família real no Brasil. Como se já não ocupassem espaços e cargos demais nas universidades de todo o país, os defensores do latifúndio, da propriedade privada e da criminalização da pobreza, foram convidados de honra da burocracia acadêmica.

Apoiados numa estrutura de poder completamente antidemocrática (análoga ao regime monárquico dos Orleans), que concentra as decisões nas mãos de pouquíssimos professores, os atuais “REIS” da universidade afirmam da pior maneira que não há espaço aos que questionam esse projeto de educação elitista, lançando mão do aparato repressivo (físico e ideológico) e de manobras acadêmicas para expulsar e punir os estudantes e demitir trabalhadores.

Na USP, pelas mãos do REItor Rodas (figura emblemática da ditadura militar), foram 73 presos na luta contra a presença da polícia militar na universidade, expulsões, sindicâncias, demissões e processos administrativos a trabalhadores, estudantes e professores. Na Unicamp e na Unesp, a repressão aos que lutam também é regra.

Partindo do exemplo de Franca, onde mais de 200 pessoas expulsaram da universidade o “príncipe” e o “bobo da corte“, reafirmando a aliança com os trabalhadores da cidade e do campo, está na ordem do dia a articulação com outras universidade em que estudantes e trabalhadores são reprimidos pelos governos federal e estadual. É preciso que o ME se coloque a frente de uma grande CAMPANHA ESTADUAL CONTRA A REPRESSÃO e que o CEEUF se organize nessa perspectiva, para unificar os lutadores dentro das universidades junto com sindicatos, entidades, grupos políticos, de direito humanos, para barrar a escalada repressiva e construirmos uma universidade a serviço dos trabalhadores e da população pobre. É nesse sentido que nós da Juventude Às Ruas nos colocamos!

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