sábado, 1 de outubro de 2011

Querem construir uma cidade contra a juventude, os trabalhadores e o povo!

A Copa do Mundo, as Olimpíadas apareceram nas propagandas eleitorais de Dilma e nas peças de propaganda e editoriais da mídia burguesa como grandes oportunidades para fazer o povo melhorar de vida, ter um grande legado dos eventos, tornar-se um “país de primeiro mundo”. Mas a realidade da juventude, dos trabalhadores e do povo pobre é completamente outra. Repressão sistemática, com diversos episódios de cerceamentos de direitos democráticos elementares, lembremos que 13 pessoas foram presas na manifestação contra a presença de Obama no Rio; que na primeira UPP do Rio, Santa Marta, não só uma rádio comunitária foi fechada, como festas e confraternizações tem hora para acabar a bel prazer da policia militar; que no Complexo do Alemão, a população se manifesta contra as humilhações e o seu cerceamento de direitos, nesta repressão diária perpetrada por soldados do exército brasileiro que são os mesmos que treinaram oprimindo o povo no Haiti. O Rio que avança para os negócios lucrativos de setores da burguesia como o da construção civil (que inclusive realizam obras sem ter que passar por licitações), é o Rio que avança sobre as vozes e corpos da juventude e do povo negro. O Rio que avança na expulsão dos pobres de regiões que tem potencial de aumentar ainda mais a especulação imobiliária como na região portuária, que avança no trabalho precário.


O Haiti ... é aqui!?

“O povo do Alemão é humilhado pelo Exército. Sai o Comando Vermelho, entra o Comando Verde” lia-se num cartaz em protesto de moradores do Alemão. Com estes questionamentos os moradores do Alemão, da Penha, e também nos diversos conflitos que tem estourado em áreas com UPPs, como na Cidade de Deus e na Tijuca, os trabalhadores e os pobres questionam a política repressiva de Dilma, Cabral e Paes e com isto toda esta cidade contra os trabalhadores que está sendo erguida. O questionamento carioca às UPPs tem que servir de alerta aos trabalhadores em todo país, pois Dilma defende que este projeto seja nacionalizado, e quatro UPPs já foram inauguradas em Salvador. Dizemos abaixo as UPPs e fora as tropas brasileiras do Haiti!


As UPPs como um projeto repressivo de cidade


As UPPs são muito mais que uma repressão diária e sistemática. São um projeto de cidade e uma expressão carioca (e agora também soteronapolitana) de que país a burguesia brasileira quer construir/mostrar nos grandes eventos dos próximos anos. Este projeto busca convencer os trabalhadores (e tem conseguido) que é preciso ordem para que exista atendimento a seus direitos, que exista "progresso". É uma expressão armada e ideológica do lema da bandeira nacional. É uma falácia este lema, pois esta ordem não está a serviço dos trabalhadores, está a serviço de sua repressão para continuidade e expansão dos negócios capitalistas, seja na especulação imobiliária, seja na precarização da moradia e transporte como partes constitutivas de ter uma força de trabalho barata (e mais lucrativa).

O Rio de Janeiro já tem um orçamento de guerra, onde os gastos com segurança pública são maiores que os gastos com saúde. Nós opomos frontalmente a esta militarização da cidade, não achamos que será com os braços armados do Estado que os trabalhadores terão melhorias em suas condições de vida. Neste sentido também nos opomos a todos aqueles, que por mais que façam corretas e importantíssimas denúncias sobre a polícia, mílicias, tráfico, entrem no mesmo jogo da burguesia de naturalizar a necessidade dos trabalhadores serem reprimidos pela polícia. Não dizemos "Upps sociais" como Marcelo Freixo (PSOL) porque isto significa tentar enfiar outras coisas mas naturalizar a repressão deste projeto. Dizemos não as UPPs e que lutemos por moradia, educação e saúde para os trabalhadores e o povo. 

"Dilma, Cabral e Paes estão vendendo o Brasil”
 O Rio “maravilha” que quer a burguesia e seus governantes, Cabral e Paes, é um Rio para os grandes negócios e um rolo compressor contra os interesses do povo. O rolo compressor de remoções de ocupações urbanas no centro se combina na privatização da cidade (como parte do projeto Porto Maravilha no qual o governo federal repassou as propriedades para a prefeitura que as jogou para a venda e ainda privatizou todos serviços públicos da área para o consórcio vencedor). Enquanto centenas agonizam dia a dia buscando um leito nos hospitais públicos o que estes mesmos governantes estão fazendo é avançar em sua precarização através de sua privatização via Organizações (supostamente) Sociais.


Fora polícia da Universidades!
Para quem tem dúvidas sobre a "cidadania" que está nos projetos das UPPs, Choque de Ordem, etc.: após fecharem a Rádio Comunitária Santa Marta, agentes da polícia federal levaram o transmissor da Rádio Pulga do IFCS! É a polícia garantindo o monopólio dos meios de comunicação quer calar os meios alternativos de comunicação. Contra a censura às rádios livres! Fora polícia das universidades e dos morros e favelas!

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