quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Juventude às Ruas ao lado dos trabalhadores da Unicamp em greve, por uma universidade que esteja a serviço dos trabalhadores e do povo pobre!



Há uma semana os trabalhadores da Unicamp decidiram decretar greve contra as políticas de ataque que a Reitoria vinha implementando no último período. Para a Reitoria os trabalhadores não possuem nenhuma importância para o funcionamento da Universidade, e isso se demonstrou quando quebrou o acordo de isonomia salarial (direito de receber o mesmo salário, pelo mesmo serviço, tendo o mesmo empregador) que havia sido firmado concedendo reajustes salariais somente para professores.
Nós, da Juventude às Ruas, nos colocamos desde o primeiro momento ao lado desses trabalhadores em greve, nos solidarizando com essa luta pela isonomia que, mais do que justa, vem acompanhada de uma luta contra a repressão aos lutadores, pelo direito de greve (que vem sendo minado pelo governo Dilma, vide a greve dos Correios), de lutar por seus direitos. Estivemos junto a esses lutadores prestando solidariedade ativa a essa greve, com cartazes de apoio e falas que mostravam que essa luta deve ser uma só, travada com aliança entre os trabalhadores e os estudantes, pois sabemos que a reitoria que ataca os salários dos trabalhadores e ataca também seu direito de greve, ao processar criminalmente 9 deles pela greve de 2010, é a mesma reitoria que ataca os estudantes. Ataca também mulheres, jovens, pobres e negros que são diariamente explorados pela terceirização, que lhes impõe a vil precarização da vida! Uma universidade onde os trabalhadores só possuem espaço para ocupar precárias condições de trabalho!
Expressão disso ocorreu ha pouco tempo quando os trabalhadores terceirizados do bandejão também paralisaram contra as péssimas condições de trabalho às quais estão submetidos. Isso mostra a real necessidade da efetivação, sem concurso público, desses trabalhadores, e da necessidade de que os trabalhadores efetivos junto ao Sindicato dos trabalhadores da Unicamp tomem para si essa luta, que significa lutar pela unidade dos trabalhadores, a exemplo das lutas que tem travado o SINTUSP!
Exigimos por isso em primeiro lugar o imediato atendimento por parte da reitoria da reivindicação da isonomia salarial, sem que isso seja um ataque futuro, como fizeram na USP, oferecendo um plano de carreira que implementava uma série de ataques contra os trabalhadores,  como os que vimos na UNICAMP com G34, estágio probatório e uma série de manobras no sentido de abrir espaço para perseguições, assédio moral e repressão. Não deixaremos passar nenhum ataque e repressão que possa vir contra a greve que está em curso! Em defesa de uma real aliança operário-estudantil, contra as punições, pela isonomia salarial já, e pela efetivação sem concurso público dos terceirizados! Infelizmente na assembléia geral dos estudantes o PSOL (do DCE) e PSTU não tiveram acordo em construir imediatamente um comitê em solidariedade aos trabalhadores! Mas nós vamos continuar dialogando com todos estudantes e com todos os CAs a necessidade de um comitê para organizar nossa solidariedade ativa aos trabalhadores e aumentar a mobilização, discutindo em assembléias nos institutos a possibilidade de paralisar nossas aulas, com alguns indicativos de greve, para colocar todas as nossas forças a serviço dos trabalhadores. ÀS RUAS!

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