quinta-feira, 20 de outubro de 2011

GREVE DE TRABALHADORES NA UNICAMP!


A luta pela isonomia é também contra a repressão e pela  efetivação dos terceirizados!  

Isonomia salarial: direito de receber o mesmo salário, pelo mesmo serviço, tendo o mesmo empregador. Ou, para as reitorias das Universidades Estaduais Paulistas: termo sem nenhum sig­nificado.
No último dia 18, os trabalhadores da Unicamp decidiram que não mais aceitariam esse ataque da reitoria, e deflagraram uma greve por tempo indeterminado, exigindo que a isonomia salarial entre a USP, Unicamp e UNESP seja retomada, tendo como base o salário dos trabalha­dores da USP. Nós, da Juventude às Ruas, nos colocamos desde o primeiro momento ao lado desses trabalhadores em greve, travando junto a eles essa batalha, nos solidarizando com essa luta pela isonomia que, mais do que justa, vem acompanhada de uma luta contra a repressão aos luta­dores, pelo direito de greve (que vem sendo minado a nível federal, vide a greve dos Correios), de lutar por seus direitos. Em seu primeiro dia de greve, os trabalhadores que aderiram à mesma se mostraram cheios de força e ânimo para lutar e convencer os outros trabalhadores que continu­aram em seus postos. Estivemos junto a esses lutadores prestando solidariedade ativa a essa greve, com cartazes de apoio e falas que mostravam que essa luta deve ser uma só, travada com alian­ça entre os trabalhadores e os estudantes, pois sabemos que a reitoria que ataca os salários dos trabalhadores e ataca também seu direito de greve, ao processar criminalmente 9 deles pela greve de 2010, é a mesma reitoria que ataca os estudantes, ao não permitir a permanência dos mesmos na Universidade, devido a falta de moradia, e ainda processa administrativamente os que lutam por esse direito. Ataca também mulheres, jovens, pobres e negros que são diariamente explorados pela terceirização, que lhes impõe a vil precarização da vida!
No mês de setembro, os trabalhadores terceirizados do bandejão também paralisaram contra as péssimas condições de trabalho às quais estão submetidos. Isso mostra a real necessidade da efetiva­ção, sem concurso público, desses trabalhadores, e da necessidade de que os trabalhadores efetivos junto ao STU tomem para si essa luta, que significa lutar pela unidade dos trabalhadores!
Todos esses ataques não são isolados à reitoria da Unicamp. Fazem parte de um projeto de Universidade que está hoje colocado para nós, projeto este de uma universidade elitista que quebra a isonomia salarial dos trabalhadores e os divide entre efetivos e terceirizados; que persegue politicamente e reprime estudantes e trabalhadores que se colocam em luta; que está a serviço não da grande maioria da população, mas sim de uma ínfima minoria, a burguesa detentora do capi­tal, que decide para onde vai todo o conhecimento produzido por esses “centros de excelência”; que impede, utilizando o vestibular, a juventude pobre e negra de estar dentro da universidade para estudar, permitindo a apenas alguns poucos jovens brancos de classe média fazer parte dessa elite intelectual; ou seja, é o projeto de uma universidade que serve apenas aos lucros dos grandes, da burguesia, e que cresce em base ao esmagamento da maioria, da juventude, dos trabalhadores. Queremos que essa universidade que funciona por dentro deste projeto venha abaixo!

Não deixaremos passar nenhum ataque e repressão que possa vir contra a greve que está em curso! Em defesa de uma real aliança operário-estudantil, contra as punições, pela isonomia salarial já, e pela efetivação sem concurso público dos terceirizados! Viva a greve dos trabalhadores da Unicamp! Juventude, estudantes e trabalhadores: ÀS RUAS!

0 comentários:

Postar um comentário