sábado, 1 de outubro de 2011

Em várias universidades, canteiros de obras trabalhadores precários saem à luta! Apoiemos suas lutas e contribuamos a construir um grande movimento contra precarização do trabalho!

Em todo país os trabalhadores precários e terceirizados tem lutado em seus canteiros de obras, nas universidades e fábricas. São lutas por salário, direitos e segurança no trabalho (coisas elementares como equipamentos de proteção individual, comida não-estragada, etc).

Estas lutas questionam objetivamente o trabalho precário que predomina em todo o país. É uma oportunidade e necessidade que apoiemos estas lutas e ao mesmo contribuamos para que seja uma luta contra a precarização do trabalho. É desde esta perspectiva que algumas lutas que em número de grevistas eram menores que as lutas do Maracanã, Mineirão, Jirau, etc, deram e dão grandes passos para questionar a precarização e terceirização.

Não é só nas grandes obras que trabalhadores precários caem dos andaimes pingentes e morrem em acidentes de trabalho completamente evitáveis. É no cotidiano de nossa universidade também. Queimaduras, doenças ocupacionais nos bandejões, queimaduras por produtos químicos na limpeza devido à falta de luvas e outros equipamentos, etc.

A luta das trabalhadoras da União (limpeza) na USP pelos seus direitos trabalhistas tornou-se uma luta pela incorporação à universidade. Cantando pela universidade “ô estudante, eu limpo o chão, mas sou contra a escravidão” comoveram estudantes que apoiaram a luta, com uma greve estudantil na história em apoio, e junto ao SINTUSP (Sindicato de Trabalhadores da USP) ajudaram a fazer estes trabalhadores invisíveis virarem uma grande discussão e questionamento à universidade e trabalho precário. Esta situação fez intelectuais escreverem como era a “insurreição das vassouras” (e críticas da Veja, óbvio). A reitoria sem estar forçada legalmente cedeu e pagou os direitos que eram obrigação da empresa para tentar fazer sumir este questionamento. Semana passada uma nova luta aconteceu na USP quando os trabalhadores da BKM (jardinagem) ocuparam uma sala por seus direitos, e rapidamente o SINTUSP e os estudantes organizaram um ato em apoio à mesma. Resultado em menos de um dia a reitoria fez o mesmo pagou o que era obrigação da empresa.

Esta força dos trabalhadores efetivos e estudantes apoiando os trabalhadores terceirizados e combatendo a terceirização mostra como podemos dar passos nas universidades para questionar a terceirização e lutar para que todos trabalhadores tenham iguais salários e direitos através da incorporação (sem concurso) às universidades e locais de trabalho. É nesta perspectiva que atuamos na USP, na luta que começou esta semana no bandejão terceirizado da UNICAMP e temos que fazer em cada universidade, fábrica e canteiro de obra do país. Esta luta é também uma luta contra as reitorias que são coniventes e sócias desta precarização do trabalho. 

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